“DEVEMOS LUTAR SEMPRE, AINDA QUE O PIOR ACONTEÇA, DEVEMOS LUTAR….”
FRASE CHAVE DO FILME
Minha dica de cinema de hoje vai para um filme super aguardado :
D U N K I R K
Considerando os três maiores sites de cinema do mundo, este filme recebeu as seguintes notas altas do público e da crítica :
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Nota 8,6 na opinião de quase 100.000 pessoas que o assistiram e o avaliaram no site IMDB
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Média de 93% de aprovação no site Rotten Tomatoes
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Média de 94% de aprovação no site Metacritc
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Minha avaliação pessoal – nota 9,1
Baseado em fatos históricos reais, Dunkirk impressiona pelo seu roteiro.
Durante a Segunda Guerra Mundial acontece a Batalha de Dunquerque.
É nessa cidade da França que as forças britânicas, belgas e francesas são encurraladas pelos alemães, enquanto aguardam por reforços que parecem não chegar.
Dessa forma entra em ação a Operação Dynamo, que visa evacuar pelo mar mais de 400 mil soldados.
Por trás das cenas, decisões tomadas como num jogo de xadrez por Churchill, Hitler e seus comandados.
Prepare-se para assistir a este filme como se tivesse o poder de entrar dentro dele e presenciar silenciosamente as cenas como se estivesse naquela época e naquele local ao vivo e em cores.
Panfletos intimidadores alemães são jogados do ar sobre os amedrontados soldados britânicos, belgas e franceses nas ruas de Dunquerque, pequena cidade litorânea da França e um porto tímido.
Parece sonho, ou melhor pesadelo no qual você se sente vivendo os momentos de tensão da segunda guerra mundial.
Os alemães dominadores e dominantes daquela época, ganhando a batalha de Dunquerque deixaram mais de 400.000 homens do exército dos aliados a ver navios.
O tempo passa de forma melancólica. Os soldados estão em terra aguardando por um milagre salvador.
Derrotados eles vivem sob o terror da chegada dos alemães a qualquer momento, correndo o risco de serem exterminados.
Uma espera angustiante é desenhada pelas cenas muito bem feitas e bem filmadas.
De repente, boom, barulhos de bombas lançadas pelos navios alemães e submarinos afundando os navios ingleses.
Na praia, metralhadoras nervosas ao lado de explosões que vão dizimando aos poucos homens apavorados.
Medo de morrer, raiva de estar ali, orgulho de servir por uma causa.
Tudo orquestrado com som e fúria.
Soldados uniformizados e mergulhados dentro do mar, tentando tampar os ouvidos para abafar o barulho das bombas inimigas e afogar o medo da morte.
Filme de guerra diferente, sem sangue exposto, mas cheio de tensão e pavor imaginário e psicológico que nos fazem senti-los como se fossem reais, como estivéssemos lá dentro da tela.
Espetáculo visual impecável em estrutura narrativa curiosa e interessante.
Preste atenção na atuação de Mark Rylance, no papel de Mr.Dawson, um simples e pacato dono de barco doméstico que se envolve na guerra junto com seu jovem filho e mesmo no mar demonstra incríveis conhecimentos sobre aviões que passam o tempo todo por cima de sua cabeça. Na verdade, o conhecimento que ele demonstra por fora da cabeça vem de uma força mental que ele tira de dentro da cabeça por razões pessoais e emotivas e que ele usa para tentar salvar o maior número possível de soldados.
O filme se passa em três cenários e em três tempos :
Na terra, no mar e no ar que duram 1 semana, um dia e uma hora respectivamente, que são narrados em sequência não linear de tempo, nos obrigando a prestar atenção nas cenas quando elas se misturam.
Esta não linearidade lembra muito outros filmes do diretor como A Origem e Amnésia.
Na terra soldados indefesos são alvos de bombas lançadas dos aviões de nariz amarelo.
No mar, pequenas embarcações de passeio são usadas na tentativa de evacuação do exército de homens sitiados em Dunquerque.
No ar, pilotos da RAF esboçam coreografias mortais num jogo de caça entre gato e rato, alterando os papéis de perseguidores e perseguidos.
Este filme tem uma linda e bela fotografia, em tom frio e sinistro que aumenta a nossa sensação de medo, tensão e drama por ocasião da Operação Dynamo.
Filme com tecnologia Imax, fica melhor se visto em salas com esta configuração.
Poucos diálogos por causa do roteiro, mas principalmente por causa da dificuldade técnica de sobreposição entre som e imagem – mas o diretor resolve este problema com maestria – ele transforma o silêncio em personagem com o qual nos identificamos para representar diferentes sensações.
Linda trilha sonora, violinos fantásticos, percussão que acompanha os batimentos do coração dos personagens e dos expectadores.
A música está muito bem alinhada com o barulho da bomba, o barulho do motor e com a presença ou a ausência do silêncio.
O filme inova na narrativa ao contar uma história de guerra onde os personagens principais não são os soldados – o filme foca na operação de resgate dos soldados como o personagem principal.
O filme fala sobre a importância da vida, a missão de cada um na terra, o quanto o medo da morte e a questão da sobrevivência move as pessoas em meio ao drama de suas próprias vidas.
O filme fala sobre a solidariedade humana e sobre o heroísmo do ser humano.
Show de direção do competente Cristopher Nolan de e de atuação talentosa de consagrados atores.
Vale muito o ingresso.
Depois de ver o filme, eu fiz uma visita aos livros de história que narravam a operação Dynamo sobre diferentes pontos de vista. Fiz uma visita a um mapa mundi detalhado e percorri com os dedos todo o caminho percorrido pelos soldados nesta operação. Visitei um calendário antigo da década de 40 passada, parei em cima do dia 23 de maio de 1940 e fui até meados de junho de 1940, seguindo o cronograma da grande operação de resgate. Esta experiência me fez relembrar fatos estudados na escola, me fez imaginar o horror da segunda guerra e combinada com o que eu vi no filme, acrescentou muito mesmo para mim. Sugiro que você tente algo parecido.
Curta o trailer, veja o filme, se puder.
EU DESEJO QUE VOCÊ FAÇA UM EXCELENTE FIM DE SEMANA!
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