A DIFERENÇA ENTRE O LOUCO E O EMPREENDEDOR
Para ilustrar este post, escolhi uma pintura, uma obra de arte, escolhi o quadro :
” A CURA DA LOUCURA” DE BOSCH – 1475 “
Bosch era um pintor que naquela época fazia parte da Irmandade De Nossa Senhora, para a qual pintou inúmeras horas muito comentadas na época e até nos dias de hoje.
Nesse seu quadro “A Cura da Loucura” Também conhecido como “A Extração Da Pedra Da Loucura”, um cirurgião tenta extrair a pedra da loucura do cérebro de um paciente e acaba surpreendido ao retirar em seu lugar uma simples e bela flor.
Diz a lenda que tal quadro inspirou um expressão popular holandesa :
“Cabeça de Tulipa” que significa uma pessoa com pouco ou nenhum juízo.
Esse quadro também me lembrou um sábio conselho da minha querida avó que vivia me dizendo quando eu era pequeno : “Juízo ou Alegria, meu neto” você escolhe – não pode viver a vida com os dois ao mesmo tempo (rs).
Analisando esse quadro, a gente tem a impressão que todos nele são loucos, a começar pelo médico que usa um funil em sua cabeça.
Ainda na obra é possível ver uma expressão holandesa que onde está escrito :
“Mestre, retire a pedra, meu nome é Lubbert Das (um famoso personagem da literatura holandesa da época, considerado uma espécie de bobo da corte daquele tempo).
Genial, a pintura, o tema da Loucura e a mensagem deste post – de alguma forma eles se relacionam entre si.
*Mauro Condé
“Louco não é a pessoa que queima dinheiro, é a pessoa que monta uma empresa kkk”
Essa foi a frase que um empresário pronunciou ao surtar por causa de uma forte crise de pânico e estresse provocada pelo fato de ter perdido completamente o controle e a direção da sua empresa.
Em crise, foi internado em uma clínica diferente, onde foi tratado de forma natural, sem medicamentos, apenas com um treinamento sobre práticas de administração mais saudáveis, como se estivesse num SPA para melhoria de suas finanças.
Para sempre ter recursos suficientes para pagar os boletos e as contas diárias das contas da empresa e garantir a continuidade de sua operação, o empresário aprendeu que deve:
Ter um excelente controle sobre os prazos de recebimentos e pagamentos, diminuindo substancialmente o tempo decorrido entre eles, aprendendo a realizar a gestão de sua necessidade capital de giro.
A síndrome de pânico e crise de estresse que ele teve foi provocada pelo fato dele ter permitido que a sua empresa realizasse o pagamento ao seus fornecedores em 30 dias, enquanto tinha que esperar 210 dias para receber de seus clientes, após passar pelas etapas de estoque, produção e vendas de seus produtos.
Fato que provocou que sua empresa passasse a ser refém do crédito e das despesas financeiras pelo longo período de 180 dias (210-30), fazendo com que ele deixasse de ser um empreendedor para se tornar um eterno e pobre devedor.
Para se livrar dos problemas e se curar em definitivo, ele aprendeu que precisa:
Reduzir ao máximo o volume e o valor do seu estoque, ao mesmo tempo em que reduz o prazo médio do mesmo, o tempo em que ele fica parado nesse estado dentro da empresa.
Reduzir significativamente seu ciclo (tempo) de produção.
Negociar com seus fornecedores para aumentar o prazo médio de pagamento junto aos mesmos, mostrando para seus parceiros que um prazo médio de pagamento a fornecedores mais longo, ajuda a aumentar as vendas das duas partes.
Antecipar seus ganhos – reduzindo ao máximo possível o prazo médio de recebimentos das vendas aos clientes, através de adiantamentos conseguidos juntos aos clientes e ou antecipação saudável de recebíveis, considerando o impacto das despesas financeiras (principalmente juros bancários) na rentabilidade do negócio.
A diferença entre o louco e o empreendedor é que o segundo não queima dinheiro, aprende a administrá-lo de forma inteligente.
*Condé é palestrante, consultor e fundador do
blog do maluco
Para encerrar esse post, escolhi como trilha sonora uma música que aborda o tema da loucura, como algo necessário para a sanidade :
Ouça : Balada De Um Louco – com Ney Matogrosso
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