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Dica de filme para ver e refletir : Histórias de crimes envolvendo fortes emoções. Um filme que mostra o vínculo entre a busca de audiência pela mídia e o desejo/interesse que as pessoas revelam por reportagens e imagens que contenham crimes, acidentes , sangue e violência.

“Meu lema é : Se quiser ganhar na loteria precisa ganhar dinheiro para comprar o bilhete.”

Frase de Lou Bloom, o protagonista neste filme.


Você – Uma pessoa melhor e mais bem sucedida – esta é a causa pela qual trabalhamos apaixonadamente no blog do Maluco:)

Você – Uma pessoa mais inteligente, culta e elegante – Com mais informação para avaliar o mundo à sua volta – é o objetivo deste post.


Por isto eu compartilho com você a minha crítica pessoal sobre um filme que assisti recentemente e prendeu minha atenção a ponto de achar que prenderia a sua :


“Você me verá em breve” – assim ele abre o trailer do filme que continua com ele mendigando um emprego com um discurso de que trabalha duro e traça metas ousadas.

Ele usa sua lábia, frases de efeito e um jeito empreendedor de falar na tentativa de convencer o jovem senhor a contratá-lo mas sua estratégia não funciona.

Como mais uma porta se fecha na sua cara, ele pega seu carro velho e sai para caçar à noite – sai desesperado para caçar um emprego, um ganha pão para o seu sustento, sai para descobrir outra porta onde bater.

No meio do caminho da madrugada, ele passa por um carro em chamas na estrada.

Para seu carro e observa os policiais tentando salvar a motorista grávida e fica intrigado e chocado com uma dupla que chega logo depois e filma toda a tragédia, detalhe por detalhe.

Mesmo chocado com a cena, ele trava um rápido diálogo com os rapazes da filmagem e descobre que eles fazem aquilo para vender e trocar as imagens para a TV por dinheiro.

É a primeira vez que ouve falar e vê atuar uma dupla de paparazzis de notícias policiais e sangrentas.

“Quanto mais sangue, mais audiência” ele escuta.

Então ele se atreve a perguntar se os paparazzi estão contratando e recebe como resposta o desprezo e um virada de costas de dupla que sai em disparada cantando pneus pelas ruas.

Aquilo o impressiona tanto que ele decide empreender no ramo, partindo de um nível abaixo de zero.

Em poucos dias ele está nas ruas com uma câmera velha, sozinho e meio desajeitado tentando conseguir seu primeiro furo de reportagem em meio à cenas muito sangrentas.

Filma um acidente e sai em disparada para sua primeira tentativa de vender as imagens para a TV, onde conhece uma diretora tão ousada e maluca como ele.

Com o primeiro pagamento, contrata um ajudante que funciona como co-piloto e filmador coadjuvante de suas caçadas pelo mundo do sensacionalismo.

Curioso, inteligente, intrigante, ele aprende rápido, domina o Google como ninguém, cria novas técnicas, descobre como chegar até mesmo antes da polícia e do resgate em cenas de acidente.

Até que um dia ele sai para a maior cobertura da sua vida na tentativa de ganhar muito dinheiro mostrando as imagens cruéis de um acontecimento horripilante.

Inteligente, ele percebe como manipular as cenas reais para ganhar mais audiência, aumentar o seu cachê e continuar a história mais adiante.

O que acontece à seguir é impactante, enervante e eletrizante.

De caçador ele e seu parceiro passam a ser caçados de todos os lados e usa seu espírito empreendedor para manipular a ética, os valores morais e a curiosidade mórbida das pessoas para ganhar dinheiro.

Este é o resumo do trailer e da história do filme que eu gostaria de te indicar hoje.


Eu adianto que o filme não faz muito o meu estilo, muito menos o tema que ele aborda me atrai.

Mas eu coloquei meu pré-conceito de lado e me dispus a assistir o filme até o ponto que eu achasse que valeria a pena.

Fui até o final, atraído pela excelente atuação do ator Jake Gyllenhall, como Lou Bloom (o abutre da história).

A maneira como Jake atua vai te hipnotizar – com seu olhar perdido no horizonte, semblante frio, olhos que não piscam, cabelo engomado e costas curvadas como as dos verdadeiros abutres.

Seu comportamento, frio, impiedoso, desprovido de emoções, solidariedade e compaixão é de impressionar, até mesmo sabendo que a história é fictícia.

Lou Bloom, como um verdadeiro abutre da vida real, vai se tornar um importante provedor de imagens chocantes para os espectadores ávidos por dramas acontecidos na cidade.

O filme mostra o quanto as pessoas também são sedentas por reportagens e imagens sobre crimes, acidentes e violência.

Enquanto tomam seu café da manhã, alimentam-se morbidamente com a desgraça alheia, numa espécie de sentimento de alívio esquisito, tal como a gente vê na vida real.

Na verdade Lou Bloom age como um psicopata, com requintes de seriedade e ironia, para o qual a tragédia, o sangue, os corpos sem vida, são apenas material para ser filmado e trocado por dinheiro, fama e poder.

O roteiro do filme prende ao montar um clima que começa frio, vai ficando morno e aquece num crescente obsessivo e hipnotizante para quem assiste se segurando na poltrona.

“O Abutre” é uma crítica ácida à sociedade de consumo em que vivemos, que engole fascinada o horror que acontece com os outros.

Abaixo indico a nota recebida pelo filme nos melhores sites sobre cinema do mundo

Nota (7,9) na opinião de quase 400.00 pessoas no site IMDB.


Veja o trailer do filme :

About Mauro Condé [ MaLuCo:) ] 3589 Articles
Nascido em Belo Horizonte, Mauro Lúcio Condé carrega uma bagagem profissional de muito prestígio. De simples operário, Condé chegou à diretoria da General Eletric e também passou por grandes empresas como EDS e GEVISA, mas consagrou de vez sua carreira no Citibank, do qual foi Diretor Executivo de Qualidade e depois como executivo do Banco Itaú e Telefônica. As mais de quatro décadas de experiências levaram Mauro Condé a abrir sua própria empresa de consultoria e ministrar palestras no Brasil e no mundo.
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