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Todos nós temos um “Q” de técnico de futebol. Todos achamos que sabemos tudo sobre o esporte e esbanjamos comentários baseados naquilo que achamos que sabemos. Só que aí aparece alguém e prova por “a+b” que tudo o que sabemos sobre futebol está errado. Polêmico não é? Então leia esse artigo e me diga se você mudaria sua opinião após a leitura (eu mudei rs) :

Mauro Condé*

Breve história do futebol – Naquele dia, o time disputava um amistoso internacional, na Costa Rica. O jogo estava empatado e para ganhar o troféu, o Botafogo precisaria fazer um gol. No finalzinho, Garrincha pegou a bola no meio de campo, driblou toda a defesa adversária e, estranhamente, quando chegou na frente do goleiro ficou paralisado como uma estátua por longos e intermináveis segundos. O banco inteiro, principalmente o técnico berrava bem alto: “Chuta Garrinha, Chuta Garrinha!” A aflição continuou até que o goleiro deu um passo à frente e Garrinha fez o gol chutando a bola por entre as pernas dele. Feito o gol, o juiz acabou o jogo e no vestiário Garrinha tomou uma enorme bronca do técnico: “O que aconteceu que você não chutou logo ao gol, ficou parado aquele tempão sem fazer nada a ponto do juiz quase encerrar a partida?” Mané, com toda sua simplicidade respondeu: “Uai, professor, a culpa não foi minha, o goleiro é que não queria abrir as pernas” rs.

Bons tempos eram aqueles do futebol arte e do futebol romântico.

O futebol de hoje está bem diferente, a começar pelo fato de ter virado um esporte dominado pela datificação.

No futebol moderno, ignorar as estatísticas é quase um suicídio.

Se antes as estatísticas eram usadas por técnicos e comentaristas, hoje todo torcedor que se preze, já assiste aos jogos do seu time favorito, com um computador do lado para analisar a matemática do jogo.

Os cientistas provam que o futebol hoje é 45% sorte e acaso e 55% previsão estatística contra 70% do basquete e 60% do baseball.

Entre as estatísticas atuais, a que mais me chama atenção é aquela que prova que um jogador costuma:

  • Treinar e ensaiar oito horas por dia, jogar uma ou duas partidas de 90 minutos cada por semana e nestes 90 minutos pegar ao todo na bola durante apenas um minuto (em média), correndo o risco de perder a posse da bola se a prender por mais de 1,1 segundo toda vez que encostar o pé nela.

Noventa minutos de jogo, para correr cerca de 11 quilômetros e só pegar na bola por um minuto. Oitenta e nove minutos ele fica assistindo a partida de dentro do campo, correndo para lá e para cá.

Os melhores craques que me desculpem, mas com tudo isso, eu concluo que o melhor jogador de futebol dos dias atuais é aquele que joga bem sem a bola.

(*) Palestrante, consultor e fundador do Blog do Maluco

Para encerrar esse post de forma ainda mais motivadora, deixo você na companhia de 03 obras de arte :

1-Visual :

Aprecie a foto de um drible histórico do Garrincha em jogo pela Seleção Brasileira:

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Brazil’s Garrincha, dribbles to past an unidentified Soviet Union player

2- Literária :

Para se atualizar sobre o tema, leia o livro Os Números do Jogo – “Porque tudo o que você sabe sobre futebol está errado”.

Um livro curioso, inteligente e interessante e que jogou a luz da evidência do contrário em cima daquilo que eu achava que sabia sobre futebol e descobri que estava errado rs. Adorei o uso da estatística aplicada ao esporte.

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3-Musical – ouça a música :

Shakira & Carlinhos Brown – com : “La La La” – Um Hit de abertura das Copas:

About Mauro Condé [ MaLuCo:) ] 3589 Articles
Nascido em Belo Horizonte, Mauro Lúcio Condé carrega uma bagagem profissional de muito prestígio. De simples operário, Condé chegou à diretoria da General Eletric e também passou por grandes empresas como EDS e GEVISA, mas consagrou de vez sua carreira no Citibank, do qual foi Diretor Executivo de Qualidade e depois como executivo do Banco Itaú e Telefônica. As mais de quatro décadas de experiências levaram Mauro Condé a abrir sua própria empresa de consultoria e ministrar palestras no Brasil e no mundo.
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