Agarre o destino pela garganta
Artigo que publiquei nos jornais de sábado – dia 1 de fevereiro de 2020
Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes livros sobre Música Clássica.
Eles me levaram para Viena, na Áustria de 1826, onde fui recebido por Ludwig van Beethoven, um dos maiores músicos da história (cujo sobrenome significa horta de beterrabas), a quem fui logo pedindo:
Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.
Aos 26 anos, o músico começou a sofrer com os primeiros sintomas de uma surdez progressiva, obstáculo praticamente intransponível para qualquer um que se atrevesse a viver de música.
A doença evoluiu para a surdez total no transcorrer de sua vida e isso significou uma gravíssima limitação física que, ao longo de sua carreira, afetou o sentido que para ele deveria ser mais aguçado do que em qualquer outra pessoa.
Após longo período de depressão, Beethoven escreveu para os irmãos dizendo que, durante muito tempo, pensou seriamente em cometer suicídio, até o dia em que criou coragem e resolveu agarrar o destino pela garganta.
Pouco antes de morrer, ele viveu um dos momentos mais sublimes de sua vida:
Ao final da execução de sua Nona Sinfonia, não ouvindo absolutamente nada e posicionado de costas para o público, concentrado na partitura, Beethoven foi puxado por uma jovem assistente e obrigado a se virar para a plateia que o aplaudia calorosamente de pé. Ele se inclinou e agradeceu, deixando cair as lágrimas que se acumularam no cantinho dos seus olhos.
Há dois séculos e meio de distância do seu nascimento, sua música ainda soa revolucionária e inesquecível, visto que proporciona a experiência de estarmos diante do melhor de nós mesmos, quando a escutamos.
Palestrante, consultor e fundador do Blog do Maluco
Para encerrar esse post de forma ainda mais inspiradora, deixo você na companhia de 02 obras de arte :
1-VISUAL – Aprecie a pintura:
Compositor alemão Ludwig van Beethoven em pintura de 1820
2-Musical – aprecie um trecho do famoso filme em que o gênio Beethoven interpreta a sua obra prima e que ele termina em êxtase, sem ouvir os aplausos da platéia até que sua assistente desperte sua atenção para o fato )trecho em 12:00 min ) – De Arrepiar:
Beethoven – Sinfonia n.º 9 – “À Alegria”
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