Minha dica de filme para você ver nos próximos dias vai para um senhor filme, estrelado por um senhor ator sobre um senhor personagem.
“O Destino de Uma Nação (Darkest Hour)”
A história se passa durante o histórico período do começo da Segunda Guerra Mundial – exatamente no mês que interliga a nomeação de Winston Churchill como primeiro-ministro (10 de maio de 1940) com a famosa retirada das tropas em Dunquerque.
O que aconteceu nesse intervalo poderia ter mudado o curso de toda a história mundial, caso as consequências de fortes decisões tomadas naquela época fossem diferentes.
Logo ao assumir, Churchill é instigado a decidir sobre qual postura tomar diante da ameaça nazista – ou fazer um acordo em torno de diálogos de paz ou declarar guerra contra Hiltler.
A Grã-Bretanha está prestes a negociar um tratado de paz com Hitler e, por se recusar a fazer um pacto com os nazistas, Churchill tem o seu próprio partido conspirando contra ele.
Mas os Aliados vencem, e a firme liderança e discursos de Churchill o alçam ao Olimpo dos grandes estadistas.
Bom, a própria história se encarrega de dizer por si mesma o que acontece.
Um belo filme, com um roteiro charmoso e bem elegante e principalmente de uma fotografia e de um visual excelente.
A simetria visual e a qualidade das imagens que refletem com perfeição o figurino e os cenários dos anos 40 com todos os recursos da tecnologia atual impressiona.
Um filme que contém bons diálogos e bons discursos, as maiores armas que Churchill usa quando os nazistas ganham força na Europa da Época.
O filme tem uma interpretação artística magnífica. Gary Oldman se desmancha como pessoa para se converter numa caricatura viva perfeita, numa verdadeira reencarnação atual do Churchill daquela época. É como se ator tivesse o poder de ressuscitar o personagem marcante.
Outra característica marcante da história e da atuação é a desconstrução da clássica figura de Churchill, como grande estadista por trás do líder; para mostrá-lo como um ser humano com dúvidas e defeitos que aposta tudo em uma carta como num jogo que poderia tê-lo feito perder, caso desse errado.
Aliás Churchill é o grande tema da cinematografia do ano de 2017, citado direta ou indiretamente em pelo menos outros três filmes marcantes do ano.
Churchill é um grande líder e um grande símbolo de todos os tempos.
Churchill consegue se eternizar no imaginário britânico, através de uma capacidade pessoal de teatralização e de transformação da própria imagem numa marca inesquecível – ele defendia uma causa, combatia um grande inimigo e se auto caracterizava para ter uma imagem marcante.
Com seu ar sênior, seu peso acima das medidas, seus suspensórios, seus charutos, suas roupas vitorianas, suas gravatas borboletas, seus óculos de aro redondo com ar de intelectual.. .tudo demonstrando um ar teatral planejado nos mínimos detalhes.
O filme vale a pena como peça de entretenimento conectada com conhecimentos de história, geografia e política mundial.
A cena final rodada no metrô é a cereja do bolo do filme, elogiada por muitos e criticada por outros. Veja o filme e me diga como você a interpreta.
Para auxiliar sua pré-avaliação da película, coloco abaixo as notas que ela recebeu nos principais sites sobre cinema da Internet Mundial :
- Nota 7,3 na opinião de quase 9.000 pessoas que o avaliaram no IMDB
- Nota 8,5 na opinião dos críticos no site ROTTEN TOMATOES
- Nota 8,6 na opinião do público no site ROTTEN TOMATOES
- Nota 7,5 na opinião da crítica e do púbico no site METACRITC
- Nota 8,5 em minha opinião pessoal
- Nota 8,0 na média geral das avaliações acima
Veja abaixo o trailer do filme e escute a trilha sonora do mesmo (inteira ou por trechos):
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