Periodicamente eu leio quase todas as principais revistas do mundo e pelo menos 15 jornais diários, dos principais no Brasil e no Mundo, gasto para isto muitas horas e até mesmo dias compilando informações que considero úteis, importantes e relevantes com muita capacidade de impactar o nosso dia a dia, tanto pessoal quanto profissional.
Gasto dias e muitas horas para coletar notícias e analisar os principais indicadores do mercado financeiro e mundial e tento trazer para você aqui um breve resumo deste trabalho, para que você não precise passar os mesmos dias e as mesmas horas que eu passei para se informar de uma maneira inteligente.
Espero com isto te trazer um resumo inteligente do que está acontecendo de mais importante no Brasil e no mundo, de forma que você possa absorver o máximo de informação de qualidade no menor tempo possível e que você possa formar uma opinião pessoal que te ajude a tomar as melhores decisões no seu dia a dia.
Segue abaixo o resumo :
A inflação (índice IPCA) de 2021 ficou no patamar de 2 dígidos, em 10,06%, e já está acumulada nos últimos 12 meses em 5,60 % e em 5,79% só neste ano de 2023.
A inflação mensal de fevereiro atingiu o % de 0,84 e a inflação prevista para março, medida pelo IPCA 15 está em torno de 0,69. Analistas de mercado estimam o ano terminar com uma inflação na casa de 6%.
A inflação é com certeza a pior das piores notícias relatadas nos jornais e nas revistas da atualidade e suas consequências são desastrosas para um mundo que vive permanente em crise.
Lá nas alturas, no degrau dos 13,75% – fazendo do Brasil um dos países com uma das maiores taxas de juros de mundo – tal decisão traz para o país, para a população e principalmente para as empresas um cenário de horror – mas o principal do Banco Central de um país é este – controlar, monitorar, vigiar e tentar garantir que a inflação não fuja do controle ( não escape do limite da meta ).
Hoje no Brasil, a inflação está acima da meta em pelo menos o dobro do seu valor desejado. Daí o Banco Central ter necessidade de aplicar o mais amargo de todos os remédios da economia – aumentar a taxa juros para forçar a queda da Inflação na marra.
Vivemos um momento tenso e crítico, com o país e o mundo vivendo um momento de restrição de crédito, num cenário ruim – evidenciado por crise como o das Americanas no Brasil e de alguns bancos importantes pelo mundo. Os bancos estão fechando todas as torneiras de crédito possíveis e a maioria das empresas (grandes inclusive) estão batendo na porta deles pedindo água.
Neste cenário, a taxa média de juros praticada pelo mercado anda na casa de 26%, sendo que as piores modalidades de crédito bancário para empresas hoje está situada na faixa das modalidades de Conta Garantida (Cheque Especial para Pessoas Jurídicas) – elas superam os 50% em alguns casos e até os juros cobrados para a modalidade de capital de giro estão proibitivas no momento.
O mercado vive um momento em que várias empresas andam flertando com o risco de falência e Recuperação Judicial, sendo mandatório neste momento para a grande maioria das empresas o gesto de sentar com seus respectivos bancos e negociar reduções de taxas, alongamento de prazos e até carências para se manterem financeiramente saudável.
Renda Fixa lidera o ranking das aplicações financeiras no Brasil, com taxa de 13,01% acumulada nos últimos 12 meses, ao passo que o dólar tem tido variação negativa no ano e variação acumulada de 8,6% (bem abaixo da renda fixa) – e a Bolsa de Valores anda em baixa já por muito tempo – o Ibovespa acumula queda de 7,26% nos últimos 12 meses. Como o nome diz – renda variável, varia e neste caso tem variado para baixo e perdido de goleada para a Renda Fixa no Brasil
O PIB reprojetado esta semana para o ano de 2023 no Brasil está magrinho – na casa de 0,90% quando passeou pelos 5% em 2021 e 2,9% em 2022 – Como você sabe, PIB depende de consumo e o consumo da população e das empresas brasileiras anda em baixa precoupante.
Atualmente está medida em 8,4%, depois de uma alta no mês passado, após vários meses de queda.
E a Produtividade do País (medida em aplicação de recursos na Educação Brasileira) ?
Anda em baixa, de mal a pior, desde a crise brava da Covid, quando recursos da Educação precisaram ser destinados para a Saúde principalmente.
Está parada ou andando para trás – dados medidos mensalmente com histórico de 12 meses apontam o seguinte quadro:
Indústria – crescimento = 0% e faturamento da Indústrial – variação % = -0,9%
Comércio – Varejo – crescimento = -0,3% em R$ nominais e -2,6% em volume.
Péssima performance para um país que precisa avançar e progredir.
Nos últimos 12 meses a Balança Comercial tem caído mês a mês, com seu menor nível medido agora em fevereiro – são estes os números – em bilhões de reais :
Exportação = 20,6 … Importação = 17,7 …. Superavit = 2,8 ….
O Dólar (agora às 15h do dia 27 de março de 2023) está sendo negociado a R$5,22 e ele apresenta variações (tanto pra baixo quanto pra cima) desde que valia R$ 5,45 no dia 3 de janeiro, o que significa que mesmo variando diaramente, o Dólar está numa trajetória de queda desde a posse do Lula, acho que porque os investidores estrangeiros estão despejando seus dólares no país atrás das taxas de juros mais altas do mundo – investindo prioritarimente na Renda Fixa – tal fato faz a relação Oferta x Procura variar de forma a provocar a queda do valor em comparação com 3 de janeiro, entre outros fatores.
De cabeça pra baixo, desde o dia 25 de janeiro – quando ela bateu os 114.270 pontos – de lá até hoje caiu para 99.652 pontos – queda aproximada de quase 13% – penso que a relação oferta x procura tem a tendência de queda por causa da manutenção da taxa dos juros Selic (vide alta das aplicações em Renda Fixa) e também por causa do susto que os investidores tomaram com os problemas enfretados pelas Americanas e outras grandes empresas que viram o preço de suas ações e de seus lucros/ações despencarem significativamente.
Além disto, a onda de problemas com bancos americanos e europeus como o SBV,… estão causando toda esta turbulência.
As Bolsas mundiais andam experimentando percentuais negativos nos últimos doze meses, neste ano de 23, no mês de março de 23 e sinais mistos (positivos e negativos) no dia de hoje.
Nos Estados Unidos, as principais bolsas estão em alta – com sinais positivos hoje.
Na Europa, a média dos países tem suas Bolsas em queda hoje, principalmente França, Itália e Grécia.
Nos países emergentes dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) e afluentes dos MIST(México, Indonésia, Coréia do Sul e Turquia) a maioria das Bolsas apresenta sinais de variação negativa hoje.
As montadoras de automóveis no Brasil, praticamente todas elas decidiram entrar em férias coletivas, uma vez que observam grande queda no consumo e nas vendas, alta absurda da taxa de juros e da inflação (pressionando violetamente seus custos variáveis, seus custos fixos) e principalmente a liquidez do Caixa ( O Caixa é a coisa mais importante de uma empresa em tempos de crise como os atuais).
As grandes empresas de tecnologia do mundo estão promovendo ondas maçicas de demissões de funcionários.
Um cenário econômico de muita incerteza, com juros estratosféricos, alta de custos de produção provocadas pela inflação persistente e a entrada de novas tecnologias disruptivas como o ChatGpt estão provocando toda esta situação mundial.
No Brasil, para os juros baixarem de forma descente, o Banco Central está cobrando do Governo Lula o anúncio de regras fiscais melhores ( promessa de aumento da arrecadação pública e diminuição de gastos de forma confiável e certeira).
Veja nas capas dos principais jornais e revistas do dia e da semana:
- Nas manchetes dos jornais de hoje destaque para :
- O Show de despedida do Skank no Mineirão em BH
- As chuvas que alagam regiões inteiras da Região Norte do Brasil
- O aumento de internações por câncer de intestino em 10 anos
- Na capa das revistas da semana :
- O protagonismo atual da China no mundo
- O Brasil de volta às relações exteriores com Lula
- O Egito e suas pirâmides como destino turístico do mundo
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