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Cinematerapia – recomendação nº 1 um excelente filme para ver nestas férias :

Minha dica de Cultura, dica de Cinema de hoje vai para o premiadíssimo Filme :

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Dois amigos erguem um brinde com uma deliciosa taça de vinho, no palco de uma cozinha rústica e elegante – eles celebram a memória e a os bons tempos da vida.

SÍNTESE DA HISTÓRIA DO FILME:

Este filme certamente não entrará para o seu ranking particular dos melhores filmes já vistos na vida, daqueles que tem uma história, um roteiro original ou atores e diretores premiados. Eu dou nota 6,5 para seu roteiro e nota 10 para sua fotografia e trilha sonora.

Mas ainda assim merece figurar como indicação aqui do blog por causa da apaixonante e lindissíma fotografia com imagens que são dignas de cartões postais.

Este filme vai alegrar os seus olhos, a sua mente, vai despertar a sua fome por boas comidas e principalmente vai acender um grande desejo de viajar até a Toscana.

Nas primeiras cenas, o Chef Theo está sentado em uma das mesas do seu vasto e lindo restaurante numa fria cidade de um país do leste europeu, quando segura em suas mãos uma carta de um advogado italiano, mais precisamente da região da Toscana, informando que o pai dele (com quem não tinha as melhores relações) havia morrido cerca de três semanas atrás.

O advogado menciona que o pai deixou uma herança para Theo, composta por sua grande propriedade numa das regiões mais linda da Toscana.

Conversando com sua velha mãe, Theo se recusa a receber qualquer ajuda ou herança do pai, em nome da memória que eles não tiveram juntos.

A mãe o questiona se tal decisão o fará mais feliz e ele responde que ela não entende a situação.

Ela retruca dizendo que acha o filho com semblante amargo e infeliz, e que também o acha excepcional e que até as pessoas excepecionais merecem a felicidade.

Ele alega que é feliz, ao seu jeito.

Em seu restaurante, ele é visto com cara de poucos amigos, esbravejando, gritando e batendo na mesa para assustar todos os que o rodeiam.

A mãe o reprime docemente e diz que ele parece estar enjoado da vida.

Convencido por uma amigo e precisando de dinheiro para criar o restaurante dos seus sonhos longe do solo italiano, ele viaja para toscana a fim de se encontrar com o advogado e acelerar a venda da bela propriedade que herdara.

Tenso, nervoso e desagradável, Theo se choca com o jeito bonachão do advogado que ensina para ele que, na Itália, vender uma propriedade não se faz da mesma forma, no mesmo tempo e com a mesma velocidade em que se vende uma simples bicicleta.

Theo senta num belo mirante, para apreciar o por do sol e aparece depois sendo atendido por uma garçonete nativa da região.

Ao sentir o tratamento áspero por parte de Theo, ela responde na mesma moeda e apela e o xinga no mesmo tom, na frente de outros funcionários e fregueses.

Desacostumado com revides às suas grosserias, Theo recua e fica observando aquela mulher com traços de alguém muito familiar a ele.

Mas quando ela descobre que ele é o filho do antigo dono da propriedade e das terras, procura se desculpar rapidamente com ele.

Quando Theo ouve o nome da Garçonete, descobre que não era apenas o rosto que lhe era familiar, mas que o nome dela carregava boas memórias de sua infância e adolescência, época em que ele viveu um pouco com seu pai.

Aos poucos e estimulados por uma foto, os dois relembram que foram namorados quando bem mais jovens e isto desperta um olhar de ternura em Theo e um tom de reciprocidade em Sophia.

Ambos esquecem as rusgas e as animosidades dos primeiros instantes e passam a se tratar com mais carinho, amizade e olhar de saudade de coisa boa.

Quando ela pergunta o que ele faz ali e descobre que ele tinha ido para vender a propriedade o local onde ela trabalhou a vida toda, ela se assusta.

Eles caminham pelos campos, por adegas e por locais que produzem os queijos mais famosos da região.

À noite, ao conhecer um grande candidato a compra das terras, Theo escuta que ali pode se comprar tudo, menos a alma que enfeita aquele lugar mágico.

E como em quase todo o filme, lindas paisagens da Toscana se abrem em perspectiva pela tela afora, como se fossem nos transportar para dentro delas.

Theo vê seus melhores sentimentos por Sophia despertarem de um pesadelo e passa noites sem dormir pensando na antiga namorada dele, tão próxima novamente.

Mas Theo descobre que sua amada está de casamento marcado com o advogado que o ligou para conhecer e vender as terras.

Theo se afunda em tristeza e depressão maior do que já tinha quando ali havia chegado, principalmente depois da noite em que eles ficaram jogando conversa fora, rindo e relembrando as aventuras juvenis.

Mas o dia D do casamento chega, Sophia se casa e Theo volta para seu país, com a propriedade na Toscana vendida para um empresário local, por um preço que era uma pechincha, bem abaixo do valor avaliado até pelo advogado que o intermediava.

O casamento ocorre, mas o amor que nasceu um dia naquele pedaço teve sua chama reacesa e algumas reviraltas acontecem no final, para que o filme tenha um final típico daquelas histórias românticas italianas.

A fotografia, a trilha sonora e as paisagens que você vai ver neste filme serão suficientes para te prender por cerca de uma hora e meia na frente da TV.

Conclusão tipo … E daí?

Por qual motivo você pode gostar de ver este filme :

Ele fala das relações humanas e do tempo que as pessoas perdem na vida, nutrindo mágoas, remorsos e resentimentos que afastam pessoas que deveriam aproveitar o máximo de de tempo da vida juntos.

Fala da rigidez que caracteriza pessoas egoístas, egocêntricas e com menor empatia pelo outro.

O filme mostra que o perdão serve como tempero para tudo o que desce quadrado pela alma adentro.

Com um pouquinho de perdão mútuo, as pessoas poderiam buscar mais motivos para estarem juntas do que se afastarem por quase toda a vida.

Além deste ser um filme com imagens que dão água na boca e que enchem os olhos de alegria por viver.

veja o trailer do filme, disponível no streaming da Netflix:

Sobre Mauro Condé [ MaLuCo:) ] 3589 Articles
Nascido em Belo Horizonte, Mauro Lúcio Condé carrega uma bagagem profissional de muito prestígio. De simples operário, Condé chegou à diretoria da General Eletric e também passou por grandes empresas como EDS e GEVISA, mas consagrou de vez sua carreira no Citibank, do qual foi Diretor Executivo de Qualidade e depois como executivo do Banco Itaú e Telefônica. As mais de quatro décadas de experiências levaram Mauro Condé a abrir sua própria empresa de consultoria e ministrar palestras no Brasil e no mundo.
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