Minha dica de Cultura, de Cinema para hoje vai para o filme:
M A U D I E
Esse é um ótimo filme baseado em fatos reais.
Com uma fotografia de encantar os olhos, o cenário é baseado na Nova Escócia, no Canadá, em uma cidadezinha à beira mar, a bucólica Marshalltown.
Maudie, presa dentro de casa, pinta o mundo que ela imagina pela paisagem da janela.
Um dia, ela se alegra ao perceber a volta de Charles, seu irmão querido e dele se aproxima com elogios e palavras de saudade.
O irmão, além de não corresponder ao calor humano emitido por Maudie, ainda a avisa secamente que acabara de vender a casa onde ela mora.
Maudie se revolta, se entristece e começa a chorar e a xingar.
Em troca o irmão a humilha, a critica e diz que ela não passa de uma aleijada que não consegue cuidar dela mesmo, muito menos da casa.
Maudie reage prometendo arrumar um emprego gerando reação de desprezo do irmão.
Esse é um filme premiadíssimo no mundo inteiro, na maioria dos principais festivais de cinema em que foi exibido.
Um dia, um solitário vendedor de peixes entra numa loja e coloca no quadro de mensagens um anúncio dizendo que está contratando uma empregada doméstica.
Maudie o observa de longe e vê na oferta de emprego de empregada doméstica o seu sonho de liberdade.
Arranca o anúncio do quadro e se arrasta com dificuldade até a casa do homem, usando todas as artimanhas possíveis para fazer com que ele aceite contratá-la, apesar dos seus problemas de saúde e seus “defeitos físicos”.
Os protagonistas dessa bela história são interpretados por Sally Hawkins ( Maudie ) e Ethan Hawke ( Everett Lewis ) competentíssimos finalistas de premiações do Oscar.
Maudie inaugura uma nova vida, se humilhando ainda mais, aceitando maus tratos, sendo colocada por seu patrão na quarta prioridade da casa, atrás dele, dos cachorros e das galinhas.
Os dois se estranham muito, enquanto Maudie aceita o tratamento ruim em troca da oportunidade de se ver longe da casa da sua família que tanto a humilhava e hostilizava.
O pescador fica o dia inteiro fora, enquanto Maudie intercala os trabalhos de faxina com belas pinturas coloridas que ela desenha nas paredes da casa.
Maudie usa pequenas latas de tintas e alguns pincéis como instrumento para externalizar todos os seus pensamentos e seus sentimentos, tendo a moldura e os vidros da janela como inspiração.
Tudo acontece dentro de uma rotina morna até que um dia, o destino bate à porta de Maudie.
Uma empresária de Nova York vai até a casa à procura do vendedor de peixes e acaba descobrindo na parede a beleza das imagens pintadas por Maudie.
A empresária pede para entrar, observa de perto os desenhos e pergunta se Maudie poderia lhe confeccionar alguns cartões com suas pinturas, em troca de um pagamento em dinheiro.
Insegura, Maudie diz que precisa da autorização do patrão e então a empresária o convence a deixá-la pintar suas obras.
De um simples hobby, as pinturas de Maudie começam a virar um projeto de negócio e ele começa a adquirir grande fama graças ao trabalho de divulgação da empresária e agora amiga.
Celebridades mundiais passam a encomendar os trabalhos de Maudie.
O que acontece depois, só assistindo a esse belo filme para saber, pois é uma película inspiradora, cativante e que nos faz pensar muito sobre o que nos motiva na vida.
Quem diria que essa pequena mulher artrítica que vivia à margem da sociedade, humilhada e desprezada tivesse tanta força para tentar uma superação inacreditável.
Ela era criticada por não ser e nem ter nascida perfeita e acabou tentando mostrar seu valor, apesar de todos os contratempos que a vida lhe impôs.
Um filme para o qual eu dou a nota 8. Veja o trailer e se puder veja o filme – na Netflix
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