“ENTRE LIVROS NINGUÉM PODE SE SENTIR SOZINHO”
A FRASE INSPIRADORA DO DIA – EXTRAÍDA DO CARTAZ DE DIVULGAÇÃO DO FILME
O LIVRO É UMA BOA COMPANHIA E UM GRANDE ANTÍDOTO CONTRA A SOLIDÃO
Minha dica de cinema de hoje vai para um belo filme:
A Livraria (The Bookshop)
Alemanha, Espanha, Reino Unido – 2017
113 min-Livre-Drama
Direção Isabel Coixet – Elenco : Emily Mortimer, Bill Nighy, Patrícia Clarkson
Resumo da história do filme :
No final da década de 50, uma mulher recém-chegada em uma pacata cidade do litoral da Inglaterra decide abrir um livraria.
Contudo, sua iniciativa é vista com maus olhos pela conservadora comunidade local que passa a se opor tanto a ela quanto ao seu negócio, obrigando-a a lutar por seu estabelecimento.
Resumo mais detalhado e comentado do filme, baseado em seu trailer:
O pôster do filme apresenta três pessoas :
Uma mulher ao centro, em primeiro plano, cabelos pretos e curtos, blusa cor salmão e saia verde com listras amarelas olhando por cima do seu ombro direito, tendo sua mão esquerda cruzada sobre o corpo para segurar seu pulso direito.
Mais ao fundo, em segundo plano, outros dois personagens importantes da história :
À direita da mulher, um senhor elegante, vestindo terno e gravata, com sobretudo e chapéu escuros.
À esquerda, outra mulher usando um vestido fino com estampas floridas escuras, segurando o chapéu que está na sua cabeça com a mão direita.
Na imagem, a personagem central olha para o mesmo lado do homem que está um pouco atrás, do seu lado direito, praticamente olhando na direção contrária ao da outra mulher, por razões que você vai descobrir vendo o filme.
Interessante na imagem o fato de que os três são representados cada um posicionado em cima de uma pilha de livros.
Os livros servem de pilares e de alicerce para o equilíbrio dos personagens.
Segundo a narradora do filme, quando lemos uma história, nós a habitamos, como se os livros fossem casas cujas páginas servissem de parede para a nossa moradia.
Sentada em campo aberto, Florence Green, uma jovem viúva recém mudada para aquele local, lê atentamente um livro – ela mais do que qualquer coisa no mundo, ama o momento em que o livro termina.
Ela aparece acariciando o livro, como se ele fosse um ente muito querido, aparece com ele aberto, sentindo e absorvendo o perfume de suas páginas.
Apesar do fim livro, a história continua ecoando dentro de sua mente por muito tempo.
Inspirada pelos livros e suas lembranças, ela aparece na rua respirando o ar puro daquele vilarejo.
Ela busca refazer a sua vida, depois da enorme perda do seu marido.
Recém-chegada em uma Vila Costeira inglesa, Hardborough, ela aparece em reuniões com os moradores locais e desperta desconfianças quando revela sua intenção de transformar sua moradia, a velha e tradicional Old House, numa pequena livraria.
Mais algumas cenas e ela aparece do lado de fora da sua casa, admirando a placa de inauguração de seu novo estabelecimento, cheia de emoção, colocando as duas mãos sobre o rosto, alternando risadas, lágrimas e soluços de felicidade.
O que ela não esperava é que seu gesto, aparentemente inocente, de abrir uma livraria no local, pudesse despertar a ira de algumas pessoas, principalmente de Violet Gamart uma das mulheres mais influentes da região que com ele rivalizará na tentativa de fazê-la desistir da continuidade de seu empreendimento.
Apesar da resistência que enfrenta, logo ela consegue virar o jogo quando mostra aos habitantes locais o melhor da literatura da época, incluindo o escandaloso Lolita, de Nabokov, e Fahrenheit 451, de Ray Bradbury.
Dentro da charmosa livraria, clientes elegantemente vestidos aparecem saboreando páginas de livros de forma muito compenetrada.
Florence suspira comemorando a chegada de seu primeiro e futuro leal cliente, um senhor que, segundo diz a vizinhança, se isolou completamente em sua privacidade com paredes rodeadas de livros, após a morte da esposa.
Florence aparece dialogando com uma garota sobre idade, coragem e determinação para realizar seus sonhos, quaisquer que sejam eles.
Florence é pressionada por Violet, a mulher influente da região, de forma direta e indireta, no sentido de desistir de seu pequeno negócio.
É alertada por seu grande amigo que corre perigo, mas ela não se entrega e desperta ainda mais a fúria da poderosa.
O amigo se encontra com a poderosa e inutilmente pede para que ela deixe Florence em paz.
Onde há vida, há esperança, confidencia Florence para o amigo durante o tradicional chá da tarde inglês.
Meu Comentário final sobre o filme:
Uma bela homenagem do cinema a um velho e saudável hábito, que parece estar desaparecendo com os novos tempos tecnológicos – o hábito da leitura de livros, principalmente livros físicos impressos.
Esse filme é uma interessante adaptação de um livro do mesmo nome, da autora Penélope Fitzgerald, Best Seller super premiado mundialmente.
O filme também foi premiado com o Goya, o Oscar do cinema Espanhol, em 2018.
É uma linda declaração de amor aos livros e a paixão que sentimos por eles, em forma de crônica inglesa na era pré-Beatles.
Uma homenagem ao livro e à livraria física em plena era do comércio de livros online.
Lindas imagens orquestradas dentro de um belo cenário, num trabalho ímpar de fotografia cinematográfica e uma trilha sonora inspiradora, que compensam a lentidão da narrativa e dos diálogos.
Para sua pré-avaliação, indico as notas que ele recebeu pelos melhores sites de cinema do mundo :
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6,6 na opinião de quase 500 pessoas no site IMDB
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4,4 na opinião da crítica no site Rotten Tomatoes
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7,0 na opinião do público no site Rotten Tomatoes
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6,5 em minha opinião
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6,1 na média das notas acima
Veja o trailer do filme :
Ouça a trilha sonora (em parte ou na íntegra) através do link :
EU DESEJO QUE VOCÊ FAÇA UM EXCELENTE FIM DE SEMANA !
E LEMBRE-SE : DESCANSO TAMBÉM É SAÚDE !
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