A obra de arte do dia – Pintura – Quadros que hipnotizam – 1) Interior holandês I de Miró (1928) inspirado no 2) O tocador de alaúde de Hendrick Maertens Sorgh (1661) – Eu defendo apaixonadamente esta causa : Desenvolva um bom gosto por Cultura e Artes – isto te deixa mais inteligente e elegante, além de ocupar seu tempo (contra o stress, o tédio e a rotina nossa de cada dia) e afastar seus medos (da morte, das escolhas, da solidão e da falta de significado da vida) – MaLuCo:)

Um dos pintores que me faz parar horas na frente de seus quadros para admirar a arte e estilizar meus pensamentos é o Surrealista espanhol Joan Miró – suas obras me prendem pelo seu estilo, seus traços e suas cores

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Eu sempre admirei o esforço dele para alcançar a essência da pintura em seus quadros, através da explosão cromática e da gradativa recusa ao figurativismo.

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Uma das suas pinturas que mais me chamou a atenção foi Interior Holandês I.

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Miró admirava as artes e os pintores holandeses. E uma de suas viagens à Holanda gerou a série de quadros que ele denominou como “Interiores holandeses”, baseada em obras dos maiores pintores dos Países Baixos, entre eles Hendrick Maertens Sorgh.

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Veja abaixo o quadro “O tocador de alaúde” (1661), de Hendrick Maertens Sorgh :

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Agora veja o primeiro quadro (e melhor de todos, na minha opinião) da série Interior Holandês inspirado no O Tocador de alaúde :

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“Interior holandês I” (1928)

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Em “Interior holandês I”, Miró recriou o quadro “O tocador de alaúde” (1661), de Hendrick Maertens Sorgh, transformando as personagens e incluindo figuras alheias à obra original.

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Leia uma excelente análise resumida do quadro que eu extrai do blog valiteratura:

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“Com tamanho descomunal, a figura do tocador de alaúde e seu instrumento dominam a superfície da tela e são os elementos centrais da composição.

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A cabeça do músico se prolonga pela mesa branca. Forma, assim, um eixo que cruza a tela diagonalmente dividindo os espaços do interior (chão, paredes e teto) e destaca a paisagem exterior.

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O rosto do personagem domina o ponto para o qual convergem os diferentes planos.

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No chão, um cachorro rói um osso, uma grande faca triangular descasca uma maçã, uma rã persegue um inseto e um gato descansa sob uma banqueta.

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Ao fundo, nota-se na parede a figura de um morcego e de duas pinturas, enquanto duas aves parecem ter construído um ninho entre a imensa cabeça do tocador de alaúde e o teto.

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Pela janela se observam os canais de Amsterdã, com peixes, cisnes, embarcações e casas ao longe.

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Em contraste à grandiosidade do homem, a diminuta figura da mulher parece reduzida a uma protuberância branca que culmina em um ponto: a cabeça.

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Apenas a forma negra de um sapato ao final do conjunto branco e a silhueta de um pé fazem referência de forma simbólica à mulher, enraizada a terra.”

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