“Se ninguém percebe o seu pulso, tecnicamente você está morto” Relógios Rolex
Frase de propaganda da famosa marca de relógios de luxo que usa um trocadilho interessante para tentar persuadir os compradores de que ter um Rolex no pulso é um sinal de vida e de status.
Para ilustrar este post escolhi a obra de arte, a pintura, óelo sobre tela de 1931 – “Relógios Moles ou A Persistência Da Memória” do genial pintor catalão Salvador Dali, uma das maiores expressões do Surrealismo nas artes. O quadro sugere uma preocupação com a relatividade do tempo e do espaço.
Ele tem uma indireta ligação com a história deste post – ambos falam de relógios e de memória.
Veja esta incrível história :
Durante anos aquela senhora muito simples, honesta, religiosa e muito batalhadora cultivou um sonho:
Comprar um relógio Rolex original.
Foram anos de economia, desde os 15, até que no sábado em que completou 75 anos ela realizou seu sonho:
Saiu da relojoaria de luxo de um shopping com o tão sonhado relógio Rolex, que custou uma verdadeira fortuna, quase todos os anos de suas economias.
Na segunda feira, ela saiu toda feliz para ir ao trabalho, sentada no ônibus pensando orgulhosa no seu Rolex.
De repente a porta do ônibus se abriu e entrou um sujeito alto e forte e sentou-se do lado dela.
Ele era mal encarado e tinha uma aparência muito suspeita.
De repente, ela olhou para o braço e sentiu que seu Rolex tinha sumido!
Apavorada e desesperada, ela pegou uma escova de cabelo com cabo de madeira, a enrolou numa sacola de plástico e a apontou para o abdômen do sujeito, pressionando-a com muita força.
Então ela falou baixinho para o sujeito ouvir :
-Joga o relógio dentro da minha bolsa e não fala nada.
E o indivíduo assustado fez o que ela mandou.
Imediatamente, ela fechou a bolsa se levantou toda vermelha, deu sinal e desceu no ponto seguinte.
Ao invés de ir para o trabalho, pegou um táxi e voltou aos prantos para casa, onde os filhos, netos e sobrinhos reprovaram a sua atitude de andar na rua com aquela joia tão cara no braço.
Ainda trêmula e soluçando, ela correu para o seu quarto, atirou a bolsa em cima da cama e tomou o maior susto quando percebeu que ela se chocou com um bela caixa embrulhada como presente – era simplesmente o seu Rolex que ali estava – em cima da cama, são e salvo.
É que ela tinha saído de casa tão estressada, que nem percebeu que tinha esquecido o Rolex em casa.
E, curiosa, correu para abrir a bolsa e viu dentro dela um relógio de plástico usado, daqueles que se compra às dúzias no camelô.
Sem querer, descobriu que tinha acabado de realizar o seu primeiro assalto na vida e que agora simplesmente não poderia devolver o relógio de plástico para o seu dono. E por causa disto sentiu um mal estar provocado pelo peso da culpa involuntária.
Pois é, o primeiro assalto, a pessoa nunca esquece… rs
(Esta história é a minha versão (criada para a Crônica De Guardanapo de hoje) da que eu ouvi contada pelo Historiador Leandro Karnal durante entrevista no programa do Jô Soares)
Para encerrar este post escolhi uma música que lembra o tema do mesmo – é a clássica “Time” do Pink Floyd – Linda canção sobre o tempo, o relógio, a vida :
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