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Cinematerapia – dica de excelente filme para ver nos próximos dias:

Minha dica de Cinema, dica de Cultura de hoje vai para o filmaço que está disponível na Netflix:

O PÁLIDO OLHO AZUL

Resumo da História :

Um detetive aposentado recruta um cadete chamado Edgar Allan Poe para ajudar a investigar um terrível assassinato na Academia Militar dos EUA.

Síntese do filme como minha opinião do porque você deve adorar ver este filme:

O velho detetive aparece caminhando em cima de grossa camada de gelo, no alto de uma montanha, parecendo procurar algo real ou imaginário lá embaixo.

Depois ele aparece dentro de uma taberna bebendo e conversando com um jovem recruta que, admirado pergunta se seria verdade o fato dele conseguir uma confissão de um suposto assassino apenas com um longo silêncio e um olhar penetrante.

O detetive revela que com muita paciência é possível fazer um suspeito conversar com ele mesmo e interrogar a si próprio e revelar da própria boca o crime que ele cometeu.

São dias frios, escuros e nublados naquele cenário da Academia West Point em 1830, onde o detetive Landor (o sempre competente ator Christian Bale) aparece dentro de uma carruagem conversando com o responsável pela Academia que pede sua ajuda para desvendar a morte de um dos seus cadetes.

O detetive sugere que ele chame a polícia, mas o general se recusa a fazer isto, contando detalhes macabros da morte do cadete que o levaram a pedir a ajuda do detetive, o único perito capaz de solucionar um caso tão raro e de solução quase impossível.

O detetive, já cansado e aposentado aceita o caso e começa uma caçada às margens daquele lago gelado.

Começa a se questionar e a investigar o crime, acompanha a perícia do médico legista da época e anota cada detalhe, por mais insignificante e imperceptível que possa parecer.

O diabo mora nos detalhes, aprendeu o detetive ao longo de sua carreira.

Corvos pousam sobre as árvores e os muros do cemitério onde o cadete foi enterrado.

O detetive segura contra a luz das velas um pedaço de papel com algumas letras isoladas e pede ajuda a um velho perito para tentar descobrir o seu significado.

Ouve rumores na localidade sobre instruções para a imortalidade e corre atrás de livros e cadernos que versam sobre bruxarias e feitiços, tamanho o assombro do crime.

Um homem sai à noite, em plena escuridão em busca de provas elucidativas, segurando apenas uma pequena lanterna, tipo lamparina e tenta iluminar um suspeito que ao vê-lo, foge correndo do local, aumentando o suspense da história.

O suspeito desaparece do nada e reaparece avançando para cima do homem com a lanterna.

Dias depois, em pleno curso das investigações, outro cadete desaparece em condições semelhantes ao primeiro caso.

O detetive então conhece o recruta Edgar Allan Poe (que na realidade se tornou um dos primeiros escritores de histórias de suspense e mistério do mundo) e pede ajuda para que ele se infiltre entre os outros cadetes a fim de ajudá-lo a descobrir a identidade e o paradeiro do assassino.

Depois da segunda morte, toda a população do local sai pelos bosques gelados à procura de alguma pista.

Iluminados à luz de velas, bebendo e conversando o detetive e o cadete escritor Poe combinam os próximos passos.

Dias depois eles se encontram por acaso na cena do crime, dentro de uma misteriosa cabana e lá descobrem sangue, símbolos e anotações de rituais.

Um triângulo dentro de um círculo chama a atenção deles e eles recorrem à um bibliotecário à procura de livros que contenham fotos e textos com os significados daqueles achados.

Fardado, Edgard Poe, curioso e investigativo, descobre uma pista forte, apesar da sua inexperiência.

Então o detetive e o cadete escritor e candidato à detetive caminham seguindo as pistas e falam com mais pessoas da comunidade.

O quebra-cabeças do crime se abre e se expande, dificultando ainda mais a batalha dos dois.

A frase que o detetive experiente usa o tempo todo no filme é “-onde estão os fatos, os fatos puros e simples? são eles que revelaram a verdade, mais do que a simples opinião das pessoas ao redor”.

Chega às mãos da dupla um diário de um dos mortos e eles tentam encaixá-lo ao rol de pistas de forma a acelerar a procura do assassino.

A cada pesquisa e descoberta, Edgar Allan Poe, intercala seus pensamentos com frases como a que repete “-os mortos nos assombram porque os amamos muito pouco.”

Poe e o detetive se aproximam do médico da região e da sua família, sua esposa e seu casal de filhos, suspeitando que alguém, entre eles, tenha algo decisivo a revelar sobre os fatos.

Novos acontecimentos aterrorizantes ocorrem e a tropa militar de apoio (toda fardada de azul claro) à caçada aumenta significativamente, numa verdadeira guerra pela verdade.

Um terceiro cadete é assassinado e o senso de urgência e de pressão sobre o detetive e seu assistente aumentam consideravelmente.

Poe corre de encontro ao detetive com um bilhete reconstituído à partir de fragmentos de papel parecendo ter descoberto provas reveladoras e definitivas dos crimes.

Parecem mais próximos da verdade do que nunca, mas você só poderá saber o final, vendo este excelente filme, misto de suspense, mistério com doses de terror, mas super bem produzido.

O Pálido Olho Azul é um filme inspirado num livro clássico (que misturou fatos reais com ficção) e traz a mensagem de que a verdade pode se instalar ao lado dos fatos nos primeiros instantes de uma investigação, usando disfarces que só uma mente privilegiada pode revelar.

Um filme nota 7,7 em minha opinião – veja o trailer e se puder, veja o filme.

Sobre Mauro Condé [ MaLuCo:) ] 3589 Articles
Nascido em Belo Horizonte, Mauro Lúcio Condé carrega uma bagagem profissional de muito prestígio. De simples operário, Condé chegou à diretoria da General Eletric e também passou por grandes empresas como EDS e GEVISA, mas consagrou de vez sua carreira no Citibank, do qual foi Diretor Executivo de Qualidade e depois como executivo do Banco Itaú e Telefônica. As mais de quatro décadas de experiências levaram Mauro Condé a abrir sua própria empresa de consultoria e ministrar palestras no Brasil e no mundo.
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