Mauro Condé*
veja o trailer -filme disponível no streaming do Prime Video :
“Ausência de evidência não é evidência de ausência” … astrônomo Carl Sagan.
Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes filmes ganhadores da Palma de Ouro no festival de cinema de Cannes.
Eles me levaram para Fécamp, França, onde fui recebido pela jovem cineasta Justine Triet, a quem fui logo pedindo:
Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.
– Aprenda a analisar a vida para além das instabilidades da dúvida… a separar o joio do trigo e nunca ficar com o joio.
Justine é a diretora do filmaço “Anatomia de uma queda” que está em exibição nos cinemas de todo o mundo e concorre em cinco principais categorias do Oscar deste ano.
Você já cometeu alguma injustiça na vida ou já foi vítima da injustiça de alguém?
Então você adoraria ver esta obra prima.
Ela começa instalando em sua mente a dúvida sobre a culpa ou a inocência de Sandra, uma escritora alemã acusada de matar o marido, um professor francês.
Dúvida implantada, você se torna compulsoriamente mais um jurado deste caso, como os que estão lá no tribunal, a partir da sua poltrona na plateia.
O filme sequestra a atenção da primeira até a última cena, durante 2 horas e meia.
O problema é que a evidência do crime ou do suicídio (versão alegada pelo advogado de defesa de Sandra) não é fácil de ser detectada, nem aos olhos do mais experiente perito forense.
Principalmente porque a única testemunha é um garoto traumatizado e cego de 11 anos, filho do casal.
E assim que você se convence da culpa dela, a descoberta de um fato novo te leva a acreditar na inocência ou vice-versa.
Sabe aquelas pessoas que têm o hábito de criticar os outros?
Este filme as coloca contra a parede, a partir da fragilidade dos seus pontos de vista e seus “pré” conceitos.
Ele reflete a vida como ela é da maioria dos casais que fazem dos conflitos e brigas uma constante na vida.
E choca ao projetar as graves consequências de não se saber administrar algo corriqueiro, como o sinal do som repetitivo de uma música pauleira ligado no volume máximo.
Esta história reflete a crença radical de uma velha amiga de que “para separar duas pessoas que se amam apaixonadamente, basta fazer com que elas se casem”.
O veredicto é o último ato do filme… espere surpresa!
*Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco
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