Mauro Condé*
Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte um filmaço que está em exibição no streaming da Amazon.
Ele me levou para a Austrália, onde fui recebido por Baz Luhrmann, a quem fui logo pedindo:
Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.
-Procure se questionar todos os dias da sua vida pelo que você quer ser lembrado e tente influenciar o seu destino para que isto aconteça.
Baz é o diretor de Elvis, filme épico estrelado por Austin Butler que interpreta magistralmente o maior ícone musical de todos os tempos.
Contado a partir das lentes da memória do Coronel Parker (Tom Hanks), o filme mostra como, segundo ele próprio, o destino os uniu para transformar um jovem cantor de Memphis, Tennessee, num ídolo imortal.
Quando criança, o passatempo de Elvis era invadir tendas improvisadas em estradas de terra para presenciar os cultos regados a músicas e danças hipnotizantes cantadas por negros incríveis e talentosos do sul dos Estados Unidos e que moldaram a sua personalidade para sempre.
No início da história, Elvis é mostrado timidamente, sempre à distância ou de costas para as câmeras até tomar conta da tela inteira com sua voz impactante e seus trejeitos físicos, gestuais e vocais herdados dos cânticos nas tendas.
Numa de suas primeiras apresentações, Elvis reage a uma crítica sobre seu cabelo e seu jeito diferente de ser e de cantar impondo um ritmo frenético e dançante que o converte em um verdadeiro super-herói.
Elvis conhece então o dinheiro, a fama e o poder e sem saber direito como lidar com eles, quase chega a enlouquecer.
Tem a sua autoestima e autoconfiança forjadas pela sua mãe que rebate os que o criticam dizendo que seu jeito diferente de ser e de agir é um dom de Deus e que não tem nada errado com ele.
Ao amadurecer, Elvis descobre a morte pelo caminho da vida ao ver celebridades como ele, tipo Martin Luther King e o senador Kennedy, serem alvejadas.
Passa a se questionar sobre a sua existência, o sentido da vida e da morte e a pensar diariamente sobre como ele gostaria de ser lembrado.
Inspira-se na fala de um reverendo para deixar a sua marca no mundo:
Quando as coisas se tornarem difíceis de dizer, cante!”
E a partir daí Elvis passa a vida cantando para ajudar as pessoas a suportarem as dores e as dificuldades da vida.
Por isto é que Elvis nunca morre.
*Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco
veja o trailer:
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