Mauro Condé*
Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes livros sobre arquitetura.
Eles me levaram para Pádua, norte da Itália em 1578, onde fui recebido por Andrea Palladio, a quem fui logo pedindo:
Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.
Palladio começou sua carreira como aprendiz de pedreiro e deixou um grande legado como um dos maiores arquitetos da história.
Em 1578, Palladio publicou “Os Quatro Livros Da Arquitetura” com instruções sobre como construir e decorar uma residência.
Partindo da premissa que passamos mais de 85% de nossas vidas dentro de um ambiente interior, ele deu à sua arquitetura um propósito nobre.
Calma, que deve nortear o projeto de todos os elementos de um cômodo, sempre de forma centrada, equilibrada, simétrica, simples e neutra, sem mobília em excesso com o objetivo de nos propiciar mais concentração e menos distração.
Harmonia, para que cada elemento de uma edificação se encaixe perfeitamente nos outros, de maneira a formar um corpo inteiro, integrado e perfeito, para que pareçam imprescindivelmente necessários e encaixem tudo o que é importante e essencial em nossas vidas.
Dignidade para que todas as partes de uma construção e as pessoas que nela habitem tenham suas necessidades e seus reais valores reconhecidos.
Palladio nos ensinou a construir e decorar os lugares onde moramos de tal forma que o nosso mundo interior nos traga a paz que é sugada pela agitação e stress do mundo exterior.
Simples assim!
*Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco.
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