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Dica de bom filme para ver no Netflix : “A família a gente não escolhe – Mayerowtiz” História que mostra porque os filhos têm dificuldade se relacionarem com os pais e vice-versa – A vida como ela é !

“…Os pais não deveriam tentar ser tão amigos dos filhos…” Frase extraída de um diálogo entre três irmãos no filme indicado nesse post.


Olá Você !

A minha maior causa na vida e o meu maior propósito com o Blog Do Maluco é contribuir para que você, leitor(a) se sinta uma pessoa ainda melhor do que já é.

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Para combatê-los procuro publicar nos fins de semana, dicas que te inspirem a cuidar ainda mais da sua saúde física e mental.

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maluco:) por um mundo melhor!


Minha dica de cultura – filme para você curtir nesse fim de semana, vai para o filme :

Família não se escolhe – Os Mayerowitz

Breve resumo da história do filme :


Esse filme conta a história de uma família que tem Dustin Hoffman, no papel de Harold Meyerowitz, como um escultor que vive em Nova York percebendo que viveu sem ter conseguido o sucesso que achava que merecia.


A vida dele parece querer começar todos os dias, ainda que eles acabem quase que do mesmo jeito sempre.


Harold tentou viver e ter mais sucesso como artista, em detrimento de outros papéis importantes como o de pai ou de marido.


Quando ele era jovem e os filhos eram pequenos, ele se mantinha afastado deles correndo atrás da vida.


Quando mais velho, vendo a vida escapar pelos dedos, ele tenta se aproximar intensamente dos filhos, mas descobre amargamente que estes se comportam distantes correndo atrás da vida, igualmente distantes de seus filhos melhores.


A vida é um eterno ciclo e os filhos de ontem serão os pais de amanhã. E os papéis se inverterão.


Professor aposentado, dono de uma única peça “lendária”, ele tem em seu ego enorme a proteção para o fiasco que se revela sua vida, num balanço depois de muitos anos.


Como o título do filme sugeres, em Os Meyerowitz: Família não se escolhe.


E lá aparece Harold ao lado de seu filho predileto e “mais bem sucedido”, Mathew, ranzinza e inquieto sentado numa mesa de um restaurante e reclamando de tudo, desde o atendimento, o local até a comida.


Harold se assusta com os preços e demonstra preocupação com o valor da conta para o filho.


No fundo e por dentro Harold tem o mesmo grande apreço pelos três filhos, de forma exatamente igual, mas não consegue demonstrar esse equilíbrio real externamente.


As pessoas deduzem que ele tem suas preferências (mesmo sem tê-las de verdade) por causa de suas palavras e seus gestos que cada filho percebe de maneira diferente.


Numa mostra dedicada ao pai, os filhos são surpreendidos por uma fã de Harold, dizendo que não sabia da existência deles, apesar de ser fã maior do pai.


A filha de Danny, neta de Harold questiona o pai o tempo todo, porque motivo ele se sujeita e se submete às humilhações públicas do avô, que demonstra preferência pelo distante tio mais rico e total desprezo pelo seu pai mais presente do que os outros dois irmãos.


Situação similar à da maioria dos relacionamentos em tempos de redes sociais, onde vemos as pessoas valorizando, às vezes, muito mais quem está distante atrás de uma tela de mensagem ou de fotos do celular do que a pessoa que está na frente dela.


Danny responde que assim é a vida e tenta passar um bom tempo ao lado do pai, ainda que isto lhe custe alguns calmantes diários, e passa os dias inteiros vendo o pai destruir tudo o que ele custou para conseguir para lhe dar de presente, como uma forma de atacar sua autoestima já machucada pelos longos anos de convivência.



Dos três filhos, Mathew é o que se sai melhor, como empresário, considerado como sucesso o quesito de  ganhar dinheiro, enquanto Danny vive temporariamente sem emprego e Jean como a irmã mais nova, desajeita, tímida e reprimida por motivos que ficamos sabendo ao longo da película.


Os três tem exatamente o mesmo valor, mas são rotulados de forma diferente em função de suas preferências aos olhos de um mundo consumista e de pessoas que adoram seguir padrões de massa.



A cena do pai almoçando com o filho (mais bem sucedido) no restaurante e resmungando o tempo todo, até que descobrem um possível problema com o casaco do pai é super hilária.



Os filhos, meio-irmãos, cada um de uma mãe diferente aparecem jantando com a esposa atual de Harold, que aparenta um pouco mais sóbria enquanto conversa.


Assim como tenta ser mais próximo do pai (mesmo apesar dos maus tratos frequentes) Danny tenta ser próximo da filha, com a qual tenta manter um relacionamento diferente do que manteve com o pai.


Ele sofre quando se despede da filha que vai para uma faculdade distante e depois quando descobre que ela está tentando cursar cinema, escolhendo começar por experiências em filmes pornôs baratos (situação que proporciona cenas rápidas de envolvimento da filha com a indústria do cinema pornográfico, desnecessárias, em minha opinião, apesar de ajudarem a revelar os efeitos e as origens de muitas neuroses da jovem).


Em outra cena, Danny e o pai são os únicos que aparecem vestidos de smoking, presentes numa exposição de um amigo de Harold, que logo se irrita com a recepção e sai correndo do local.


O filme é mais para reflexão do que um filme de ação.


Por isso, às vezes possui mais diálogos e cenas lentas, quase arrastadas.


A primeira terça parte do filme é bem arrastada, mas vale a pena continuar assistindo até o fim, pois ela é importante para criar o contexto de toda a história, que é contada em capítulos que envolvem cada personagem isoladamente no contexto do todo da família.


A técnica de cinema que o diretor usa para seguir o ritmo da história foca menos em planos abertos e ele prefere o uso de “closes” longos para enquadrar e evidenciar as emoções e os sentimentos dos personagens.


Porém, três cenas de corridas, quebram o ritmo, envolvendo os personagens em tempos diferentes. Essas corridas sugerem o ritmo frenético que as pessoas levam na vida, fazendo com que os relacionamentos tenham que correr atrás do cotidiano para sobreviverem. Abaixo a descrição das três cenas de corrida:


Uma com Danny tentando alcançar o pai, mancando fortemente por causa de um problema no quadril.


A segunda do próprio pai, octogenário, correndo de forma lenta pelas ruas atrás do seu filho Mathew.


E a outra da irmã, Jean, a caçula dos filhos, a mais tímida e retraída, muitos vezes a mais triste, depois de reconhecer alguém que no passado contribuiu muito para o seu jeito retraído de ser.


As corridas simbolizam momentos diferentes nas vidas dos personagens e trazem consigo histórias que explicam melhor o enredo do filme, dentro de um certo contexto.





De repente, o pai tem um sério problema e acaba internado num hospital e os três filhos se encontram frente a frente, tendo que lidar com a situação e com seus conflitos que foram nutridos ao longo da vida de todos eles.


Conflitos de pai com os filhos, dos filhos com os irmãos e dos filhos com os netos, num entrelaçamento interessante de conflitos que só a vida proporciona.


Os três aparecem correndo dentro do hospital e a esposa de Harold, totalmente bêbada, batendo seu carro numa árvore.


Em um determinado momento do filme, os conflitos entre os irmãos afloram de maneira tão aparente, que eles partem para as vias de fato no jardim do hospital, por causa de histórias passadas que nenhum deles conseguiu superar depois de adultos.


Os três filhos, gerados em casamentos com mães diferentes, reclamam entre si da falta de atenção do pai deles, do egoísmo e da falta de acolhimento.


Em muitas cenas, entendemos que o enredo desse filme é um prato cheio para um bom terapeuta e representa a vida de muitos seres humanos nesse planeta.


Atores competentes, acima da média e premiadíssimos interpretam competentemente uma família disfuncional em torno da figura paterna, como se o pai fosse uma espécie de farol que guia a vida dos filhos.


O filme é uma verdadeira comédia, com cenas hilariantes, muito bom humor na parte do tempo, humor sarcástico, ácido e até humor negro em outros trechos.


Mas ele navega pelo gênero do drama e até da tragédia, em outros tantos momentos.


Tirando as poucas e rápidas cenas que sugerem uma passagem da filha de Danny pelo mundo  do cinema pornográfico (que são poucas e rápidas), como iniciação ao seu curso de cinema, o filme vale a pena como um passatempo que provoca nossa reflexão sobre a vida, sobre a morte e sobre a forma de relacionamento que nutrimos com nossos pais, filhos, irmãos, netos, avós, parentes e até amigos.


Uma mensagem que tirei de lição desse filme :

É impossível a gente estar bem, se os outros com quem convivemos estiverem mal.


NO FINAL, AS TRÊS PALAVRAS QUE MAIS RESUMEM A HISTÓRIA DA RELAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS SÃO :


1-EU TE AMO !!!  

 2-EU TE PERDOO !!! 

 3-ME PERDOE !!!



A VIDA VALE A PENA – FILHOS E PAIS DEVERIAM SE CURTIR MAIS, SE ESTRANHAR MENOS E APROVEITAR A VIDA, POIS ELA PASSA MUITO RÁPIDO – O QUE SE LEVA DESSA VIDA SÃO SÓ LEMBRANÇAS, QUE SEJAM AS MELHORES ENTÃO. SELECIONAR E VIVER OS MELHORES MOMENTOS AO LADO DAS PESSOAS QUE MAIS IMPORTAM NA NOSSA VIDA TEM MUITO MAIS VALOR DO QUE FICAR DESPERDIÇANDO A VIDA COM SENTIMENTOS NEGATIVOS E DESTRUTIVOS QUE FICAM GUARDADOS DENTRO DE ARMÁRIOS PSÍQUICOS INÚTEIS.


Para sua pré-avaliação, indico abaixo as notas recebidas por esse filme nos melhores sites de cinema do mundo:

  • 6,9 na opinião de quase 28.000 pessoas no site IMDB

  • 7,2 na opinião do público no site Rotten Tomatoes

  • 7,6 na opinião da crítica no site Rotten Tomatoes

  • 7,1 na opinião do público no site Metacritc

  • 7,9 na opinião da crítica no site Metacritic

  • 7,5 em minha opinião pessoal

  • 7,3 na média geral das notas acima


Veja o trailer :


Ouça a trilha sonora (trechos ou na íntegra):

About Mauro Condé [ MaLuCo:) ] 3589 Articles
Nascido em Belo Horizonte, Mauro Lúcio Condé carrega uma bagagem profissional de muito prestígio. De simples operário, Condé chegou à diretoria da General Eletric e também passou por grandes empresas como EDS e GEVISA, mas consagrou de vez sua carreira no Citibank, do qual foi Diretor Executivo de Qualidade e depois como executivo do Banco Itaú e Telefônica. As mais de quatro décadas de experiências levaram Mauro Condé a abrir sua própria empresa de consultoria e ministrar palestras no Brasil e no mundo.
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