“Seja qual for o seu sonho, comece!”
A frase inspiradora do dia – de Goethe
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VOCÊ – Uma pessoa mais culta e elegante – é o objetivo deste post, porque ler é uma forma de relaxar e aumentar seu conhecimento e seu potencial ao mesmo tempo.
A minha dica de livro de hoje vai para uma obra clássica que eu confesso ter tido muita vontade, alguma dificuldade e muita satisfação ao ler.
Trata-se do livro Fausto do gênio alemão Goethe.
Goethe além de um grande artista, foi um escritor incomum e tinha uma visão de futuro incrível – “trocentos” anos antes ele visualizou a revolução industrial e tudo o que compõe a modernidade que caracteriza os dias de hoje.
Ele era admirado por Hegel, Nietzsche e Freud, pensadores que influenciaram o nosso jeito de ser e de pensar o mundo em que vivemos.
Nascido em 1749, Goethe viveu 82 anos e durante a sua vida ele testemunhou alguns dos eventos fundadores da modernidade: a Revolução Americana; a Revolução Francesa e a ascensão de Napoleão ao trono da França.
O contexto histórico único que teve a oportunidade de presenciar o ajudou no seu processo de criação.
Curioso, inteligente e inqueito Goethe foi nomeado como um dos primeiros gênios do descontentamento, característica típica do desassossego da modernidade.
Ler Goethe é uma das experiências mais incríveis que podemos ter na vida.
Ler sua obra – FAUSTO – é algo que você jamais vai esquecer de ter feito para o seu próprio bem.
O personagem principal do livro Fausto é um ser que jamais toma consciência das suas próprias limitações e que só é extraordinário porque as reconhece e as procura superar constantemente.
Dai surgiu a expressão “Fulano é um ser Fáustico” que quer dizer que Fulano é alguém que transgride as regras com frequência.
Veja o resumo que preparei com carinho especialmente para você :
Fausto é a história do homem que vendeu a sua alma ao diabo e todas as consequências desta sua atitude.
É um livro que Goethe levou 60 anos para escrever desde a primeira até a versão final.
Ele começou a escrevê-lo aos 22 anos e só terminou aos 82.
A história fictícia sucedeu a uma história real onde um Fausto de carne e osso, viveu por volta do final do século XV.
O Fausto real era um alquimista, considerado um charlatão, que morreu por causa de uma explosão no seu laboratório durante uma de suas experiências.
A sua morte fez com Fausto acabasse se tornando uma lenda, que foi popularmente espalhada como se fosse obra do Diabo que tinha vindo buscá-lo em função de um pacto que eles teriam feito por mais de duas décadas.
A lenda de Fausto foi publicada e virou best seller naquela época se espalhando pela Europa, principalmente porque a ideia do pacto com o demônio era algo muito em moda na Idade Média, inspirada por trechos da Bíblia.
Conta a lenda que Fausto sempre se referia ao Diabo como “o meu cunhado” fazendo com que esta expressão se transformasse num dito popular. Lendo a história você saberá o porque da referência ao cunhado como o Diabo.
Avançando a fita do tempo, chegamos à infância – aos 5 anos de vida de Goethe – (1755) na Alemanha, quando ele teve seu primeiro contato com a ideia de Fausto e o pacto com o demônio através de uma peça de teatro que ele tinha ido assistir – num teatro popular de marionetes e fantoches – a história do homem que fez um pacto com o diabo se infiltrou na mente daquele menino de forma a gerar a obra de sua vida.
Aqueles personagens do teatro de fantoches e a história de Fausto invadiram tanto a mente de Goethe, que aos 22 anos ele começou a escrever a primeira de várias versões romanceadas da história.
Depois de fracassar numa tentativa de suicídio, andando pela rua, Fausto (o personagem criado por Goethe) percebe um cão rodeando em círculos à sua volta.
Percebendo que o cão estava abandonado, Fausto adota para si o cão e durante esta amizade, Fausto descobre que o cão era na verdade o Diabo (conhecido como Mefistófeles) , disfarçado para atrair sua atenção.
Após a descoberta, Fausto e o Diabo fazem um pacto, no qual Fausto desafia o Diabo propondo :
Se algum dia eu vivenciar um momento onde eu perceba ter atingido o momento máximo de felicidade e maravilha que um ser humano pode ter em toda a sua existência, eu então exclamarei a frase :
“Oh, para, és tão belo!
E ai você, Diabo, terá ganho a aposta e poderá fazer de mim o que quiser.
O Diabo aceita a aposta e passa a seguir Fausto em sua rotina diária, à espera do momento em que poderá cobrar o pagamento da aposta.
O Diabo passa a servi-lo na espera do momento de se apoderar do corpo e alma do pobre apostador.
Fausto faz o pacto com o Diabo imaginando ser impossível o atingimento da felicidade plena na vida.
Por causa do pacto e do desafio, ocorre o primeiro ato da obra literária e peça teatral, ocorre :
A Tragédia do Saber e do Conhecimento:
O Diabo então providencia o rejuvenescimento de Fausto, o levando para a casa das bruxas, onde ele passa por uma transformação a fim de adquirir um corpo e uma mente mais jovens e saudáveis a fim de experimentar a felicidade máxima.
Fausto define como primeiro desafio atingir a felicidade plena através do Conhecimento, onde ele espera absorver o máximo de conhecimento possível através da leitura da maior quantidade e qualidade de livros até poder exclamar a frase da aposta.
Depois do período estipulado para se atingir o nirvana pelo Conhecimento, Fausto convence o Diabo que não tinha atingido o estado pleno e que todo Conhecimento do mundo não seria suficiente para satisfazê-lo e para lhe dar todas as respostas que precisava acerca do mundo e da vida.
O Diabo concorda, os dois encerram a fase da introspeção através do Conhecimento e passam para outra fase, que Fausto denominou de fase da Ação, que inicia a segunda parte do livro e da peça.
A Tragédia da Paixão :
Nesta fase posterior à busca do conhecimento, Fausto se dedica à busca da Paixão e se apaixona por uma costureira menor de idade, pura e ingênua, de nome Gretchen, e conta com a ajuda do Diabo para conquistá-la até o dia que consegue marcar um encontro íntimo com a mesma na casa dela.
Porém ele esbarra na barreira da mãe da costureira, uma mulher rígida e rigorosa, que o Diabo tira do caminho induzindo Fausto a servir um sonífero mortal para a mãe de Gretchen, provocando o falecimento da mesma.
O envenenamento da mãe de Gretchen naquela noite era uma das coisas que o Diabo era capaz de fazer para proporcionar a Fausto seu momento de felicidade máxima.
Só que a tentativa acaba fracassada, porque depois da noite de amor entre Fausto e Gretchen (depois da qual ela engravida e enlouquece e perde o filho de forma trágica), Fausto acaba sendo responsável pela morte da mãe e do irmão da moça, o seu cunhado e soldado do exército – o que provoca um verdadeiro inferno em sua vida, o distanciando da sensação de felicidade plena.
Frustrado com a tentativa de atingir a felicidade plena pela experiência do Conhecimento e da Paixão, Fausto desafia o Diabo em outro campo :
A Tragédia da Busca Pelo Poder
Ele propõe tentar o atingimento da satisfação plena através da experiência do Poder.
O Diabo então o encaminha para centro do Império em pleno período de crise econômica e moral da região.
Fausto cai na corte e vivencia uma crise financeira sem tamanho, uma corrupção gigante interminável e uma disputa de poder entre o Imperador e o correspondente ao seu “Vice” da época.
O Imperador recebe a ajuda de Fausto (com ideias do Diabo por trás dele) para sanear a crise financeira, arrumar o dinheiro, prender os corruptos.
Fausto entrega ao Imperador um plano econômico genial que cria no Estado um boom financeiro, recuperando o país, só que às custas de uma moeda fictícia (típica obra do Diabo) o que provoca a chegada de uma inflação galopante.
Com novos problemas o Vice volta a se revoltar, dá um golpe derruba o Imperador e lhe toma o poder com ajuda de seus correligionários.
Abre-se uma guerra de poder, e o Imperador conta com a ajuda de Fausto(e do Diabo) e reconquista o poder com a obrigação de recompensar os aliados, inclusive Fausto.
Como recompensa Fausto pede a posse de todas as terras costeiras onde cria uma nova civilização baseada na indústria e na tecnologia, destrói a natureza, as florestas (numa grande antevisão do futuro “trocentos” anos antes.
Fausto para levar o progresso, oprime os operários através da figura do chefe dos operários (que era o Diabo em ação) que massacra os operários.
Neste momento, Fausto fica literalmente cego por causa da apreensão que lhe toma conta – mas nem neste momento ele desiste de perseguir.
Então ele, sem poder enxergar, escuta os operários, com pás e picaretas construindo o que ele imaginava ser um poço rumo ao progresso.
Só que ao invés de ser o povo dominando a natureza e abrindo caminho para a liberdade dos homens, aquele som representa alguns homens cavando a sua cova.
A ironia é que a construção da sua própria a cova o fez imaginar uma visão utópica dos homens livres e realizados, o que o faz ter vontade de exclamar a frase da aposta.
O que acontece, só lendo este super livro para saber com detalhes.
Eu recomendo – vale muito a pena – apesar de não ser de tão fácil digestão.
Goethe recheia sua obra prima com análises e críticas filosóficas, políticas e sociais, com trechos críticos à revolução industrial e principalmente à modernidade e à sociedade de consumo que se inicia e tende a entre outras coisas consumir o próprio homem.
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Obs-Para escrever este resumo eu me inspirei na sequência da obra que trago das memórias da leitura que fiz nos anos em que cursava Faculdade.
Para enriquecer o resumo com detalhes recorri à pesquisas na internet e me baseei numa excelente entrevista dada pelo professor Marcus Mazzari ao programa QuemSomosNós do excelente Celso Loduca.
Para encerrar este post, escolhi como trilha sonora a música de Raul Seixas que parece ter sido inspirada na obra de Goethe –
Ouça – O Rock do Diabo – O Diabo é o Pai do Rock – de Raul Seixas
EU DESEJO QUE VOCÊ FAÇA UM EXCELENTE FERIADO E UM EXCELENTE FIM DE SEMANA !
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