“A Solidão é o sentimento oposto ao da solidariedade”
A Frase Inspira neste livro genial
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VOCÊ – Uma pessoa mais culta e elegante – é o objetivo deste post, porque ler é uma forma de relaxar e aumentar seu conhecimento e seu potencial ao mesmo tempo.
A minha dica de leitura de hoje vai para um super livro, para lá de clássico, Best Seller de público e crítica no mundo inteiro por várias décadas.
Como tenho feito periodicamente eu escolhi este livro como forma de contribuir para você relaxar, descansar a mente, se distanciar do tédio, da rotina e da falta de tempo do dia a dia ao mesmo tempo em que você expande sua mente, sua inteligência e sua cultura.
Cem Anos De Solidão e seu autor, Garcia Márquez foram agraciados com um Prêmio Nobel.
Gabo, como era carinhosamente conhecido o autor, era oriundo de um enorme e tradicional família do interior da Colômbia e foi marcado por um enorme sentimento de isolamento e solidão desde a infância, o que já o torna familiar para a maioria dos leitores do mundo inteiro, em algum momento da vida.
Dotado de um senso de escrita incrível desenvolvido desde seus tempos de jornalista que lhe despertou um desejo de relatar críticas sociais e políticas da América Latina do século passado.
Ele caprichou na pena e deu asas à sua imaginação para criar um dos maiores e melhores livros da história.
Cem anos de solidão tem suas raízes em dois ingredientes interessantes :
A escassez de recursos que caracteriza a vida de todos nós, tornando-a menos aceitável e agradável do que gostaríamos.
Um acúmulo de expectativas frustradas pela não realização em diversos momentos da nossa existência.
Estes dois ingredientes misturados ao sentimento de forte solidão ajudaram a fazer o conteúdo da obra.
Tudo começa com um presente – um dia Gabo ganha um livro que lhe marca a vida inteira – o livro “Metamorfose” de Kafka, grande escritor que revelou a Gabo o mesmo modelo mental da sua avó no relato de histórias deliciosas e encantadoras.
Incrível a capacidade que Garcia Márquez tinha de unir suas memórias pessoais, suas experiências de vida, suas habilidades, seus talentos, sua convivência com o universo dos mais velhos (principalmente na figura dos avós) e com o universo feminino (onde era rodeado de mulheres por todos os lados desde o nascimento, dentro e fora do seio familiar).
Uma breve síntese da história deste grande livro para te servir como aperitivo e despertador do desejo da sua leitura
“Cem Anos De Solidão” conta uma história que se passa no tempo de cem anos vivenciado pelos Buendia através de suas várias gerações familiares.
Começa pela saga de José Arcadio e sua prima, que foi também sua fiel esposa e escudeira, que resultou na fundação do povoado de Macondo – depois da tentativa frustrada de encontrar uma saída para o mar.
O casal de primos tem vários filhos gerados sob o medo de que algum deles pudesse nascer com um problema de saúde por causa dos laços consanguíneos.
Quis o destino, ou melhor o autor, que Úrsula a esposa e prima fosse a única a durar mais do que os outros da família para acompanhar o desenvolvimento das novas gerações e costurar a história em torno da qual gira o livro.
Ela presenciou o nascimento e a vida de filhos, netos, bisnetos e até tataranetos, todos eles vivendo em torno de um sentimento comum aos membros da família – a solidão.
Achei interessante a estratégia usada por Gabo para relatar a saga da família protagonista – além de repetir o sobrenome dos personagens para caracterizar a perpetuação do DNA da família ele lançou mão da técnica da repetição do nome e até dos traços de personalidade de alguns personagens, como eles fossem uma espécie de “reencarnação” uns dos outros.
À família dos Buendia, se uniu um forasteiro, vindo de uma família de ciganos e mágicos nômades que acabou se instalando em Macondo.
Era Melquíades, que tinha vários “super poderes” entre eles o dom de prever o futuro.
Numa das passagens do livro, Melquíades demonstrou uma capacidade incrível de abstração e intuição ao prever uma tecnologia capaz de permitir que qualquer pessoa pudesse saber o que poderia estar acontecendo em qualquer lugar do mundo, sem precisar sair da cadeira, numa clara pré-visão do que seria a Internet, em minha opinião.
“A Ciência é capaz de eliminar distâncias” vivia repetindo o mago Melquíades, fascinado por tecnologia e bugigangas.
Mágico e misterioso ao mesmo tempo, Melquíades carregava consigo previsões futuristas sobre o destino e o futuro da família Buendia, previsões que codificou de maneira cifrada para que fossem reveladas só no final da história.
O livro continua contando a história de novas gerações, algumas compostas por filhos legítimos e ilegítimos, frutos de relacionamentos extra-conjugais vividos durante aventuras dos homens da família com prostitutas da época.
Aliás Gabo insere as prostitutas no ambiente familiar a ponto de torná-las personagens importantes e decisivas da história, como fez com as protagonistas Pilar Ternera e Petra Cotes por mais de uma geração.
Na vida real da família de Gabo e nas suas experiências pessoais, as prostitutas serviam de parceiras na tentativa da diminuição do forte sentimento de solidão. Ele acabou transpondo este fato para o mundo ficcional.
De José Arcadio a Aureliano Buendia, a história se estende através do fio que ligava praticamente todos os personagens do romance, a solidão do dia a dia.
Eu achei incrível a habilidade que Garcia Marquez tinha para criar o efeito epidemia da solidão, contaminando os diversos personagens de forma mais rápida do que eles podiam reagir.
A solidão descrita nesta obra adquiria contornos pessoais através do estado de espírito dos personagens e contornos geográficos, a começar pela localização de Macondo, situada em algum lugar no meio do nada.
Amaranta foi uma das personagens descritas por Gabo acometidas por um forte sentimento de solidão reforçado por sentimentos de nostalgia e melancolia, viveu a obra toda, envelheceu e morreu sozinha, sem constituir família.
Uma das personagens mais interessantes deste livro me pareceu mais imune ao vírus da solidão e curiosamente tinha o nome de Remédios, mulher forte, segura, marcante e contraditoriamente ingênua, como poucas nesta obra.
Em todos os Buendia, tantos os Arcádios quanto os Aurelinos era comum o convívio com a experiência das guerras, das revoluções, das inovações, das alianças políticas, das traições, relacionamentos conjugais e extra-conjugais e como não podia deixar de ser o convívio com a corrupção que assola a humanidade desde a sua criação.
Por uma boa ironia do destino, em minha opinião, “Cem Anos De Solidão” serve como um excelente antídoto para nossos próprios momentos de solidão ao nos permitir um mergulho numa obra densa, interessante e cheia de histórias intrigantes.
O livro tem a desvantagem de ser um tijolão para aqueles que padecem de pressa e ansiedade extrema, mas vale a pena por cada linha que carrega a saga de várias gerações.
Eu recomendo a leitura deste livro como forma de você combater seus momentos de isolamento, solidão, tédio, rotina, stress e falta de tempo.
Eu li a versão original em espanhol durante um período que visitei a Colômbia e alguns dos lugares frequentados por Garcia Márquez.
Vale a pena viver para ter o prazer de ler esta obra prima.
Para ilustrar este post escolhi a música Banana Co do Radiohead inspirada na leitura desta obra genial:
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