A estratégia do cobertor para tempos de ódio
Mauro Condé*
“Sem a capacidade de perdoar as pessoas, ninguém consegue ser uma pessoa verdadeiramente livre na vida”
Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes livros sobre líderes inspiradores.
Eles me levaram para a África do Sul, no ano de 2010, onde fui recebido por Nelson Mandela, líder que recebeu o prêmio Nobel da Paz, a quem fui logo pedindo:
Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.
De todas as lições que aprendi com ele, eis as que mais me marcaram:
Use a estratégia do cobertor para reduzir seus conflitos mais difíceis.
Durante os vinte e sete anos que esteve na prisão, Mandela percebeu que, se tivesse frio, não ia adiantar apelar para o diretor; a única pessoa que poderia lhe trazer um cobertor seria o carcereiro mais próximo da cela onde estava.
Desenvolveu uma habilidade para dialogar com os carcereiros a ponto de entender seus problemas e necessidades e de ajuda-los com conselhos úteis, derivados de seu conhecimento como advogado.
A estratégia do cobertor permitiu que Mandela mapeasse os maiores medos de seus inimigos e traçasse um plano para eliminar esses medos, um a um, sem atos de contra violência.
Use a estratégia da turbulência de avião para demonstrar sua liderança.
Mandela me revelou que coragem não é a ausência de medo, mas sim o domínio do medo.
Mesmo em situações atemorizantes, ele passava a imagem de pessoa destemida para não quebrar a sua aura de líder respeitado.
Certa vez, em pleno voo, um dos motores do avião, em que ele estava, parou de funcionar.
Mandela soube do problema e, diante dos passageiros aflitos e em pânico, continuou a ler seu jornal como se não houvesse nada de errado.
Mais tarde, já em solo, confessou a seu assessor, que o esperava em solo:
Homem, estava me borrando de medo lá em cima!
Use a estratégia de respeito às diferenças para construir um mundo melhor.
Ser diferente não quer dizer que uma pessoa é melhor ou pior, simplesmente quer dizer que ela é diferente.
Essa estratégia pode ser resumida nessa linda frase sobre o respeito que devemos ter para com os seres humanos:
“Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor de sua pele, da sua origem, gênero ou religião. Para odiar, é preciso aprender. E se podem aprender a odiar, as pessoas podem aprender a amar.”
(*)Palestrante, consultor e fundador do Blog do Maluco.
Para encerrar esse post, deixo você na companhia de 03 obras de arte:
1-VISUAL
Aprecie o quadro : Pintura – Fidelidade – Briton Rivière – 1869
2-LITERÁRIA > Leia o livro :
3-MUSICAL:
Ouça a música:
O Duo de jazz italiano Bosso-Mazzariello:
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