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Ela exibe em sua capa a seguinte manchete : “Golpe de mestre ou loucura?” e em seguida analisa as jogadas da política externa de Donald Trump.
Diz que a intenção dele parece ser a de conter o Irã, porém a revista questiona os meios que ele tem usado para atingir seu fim.
Trump parece estar querendo “cutucar a onça com vara curta”. Suas ações recentes estão conseguindo instigar o Irã a agir com certa “Raiva Retaliativa” e pode provocar uma reação levando aquele país a investir na construção de uma bomba de forma mais acelerada.
O assassinato do líder Iraniano, Qassem Suleimani por um drone americano em 3 de janeiro ameaçou aproximar os Estados Unidos e o Irã de uma guerra de proporções maiores do que aquele momento tenso ocorrido desde a crise dos reféns em 1979.
O governo iraniano e mais recentemente o povo iraniano esboça reações.
O que está em jogo são as consequências dos gestos de Trump, tanto internamente nos Estados Unidos, quanto no mundo exterior.
Numa capa “colorida em preto e branco” Nancy Pelosi, a líder do Partido Democrata, que saiu na frente como oposição ferrenha ao Presidente Trump, aparece em seu escritório no Capitólio dos EUA.
Do processo de impeachment em curso ao monitoramento das ações dos Estados Unidos em relação ao Irã, a presidente da Câmara está na cola do todo poderoso presidente Trump.
Em sua entrevista ela resume e comenta todas os seus projetos políticos em curso e seus possíveis impactos para a sociedade americana. E reflete sobre importância de seu gesto de liderar o processo de Impeachment contra Trump.
Pelosi alega que o pedido de Impeachment é a sua ação política de maior peso, mas prefere nomeá-la como uma projeto para preservar os freios e contrapesos da democracia americana. Tudo em nome da proteção da Constituição dos Estados Unidos contra abusos e excesso do autoritário Trump.
Unindo a leitura das duas revistas acima, podemos ver um líder como Trump, com seu estilo peculiar de liderar apostando na truculência, no bater primeiro, para se defender depois.
Seus gestos e suas ações geram mais conflitos do que acordos e quando ele extrapola, o faz para logo em seguida recuar obtendo concessões de seus opositores internos e externos.
Pelo jeito a provocação de uma crise externa foi providenciada para jogar um balde de água fria na crise interna.
O tempo nos mostrará o nível de acerto das jogadas de Trump e o ruído que elas podem provocar com repercussão pelo mundo inteiro, inclusive podendo atingir nosso dia a dia, de alguma forma. É torcer para que tudo corra bem.
Em sua última capa, ilustrada por Diana Ejaita, a revista uma obra de arte gráfica em homenagem à proximidade das comemorações do dia dedicado ao líder negro americano ” Martin Luther King, Jr. “, nascido em 15 de janeiro de 1929, em Atlanta, na Geórgia.
Além do conteúdo da revista, que está muito bom, chamou muito a atenção a parte gráfica da pintura da capa – centrada na cor preta, rodeada por cores primárias em tons de azul, vermelho e amarelo.
A figura transmite a ideia de que a vida acontece quando lidamos apenas com o que é essencial. O preto ainda é dominante, mas as outras cores combinadas conferem à imagem todos os tons da vida: calor, frio, profundidade e luz. Genial, em minha opinião.
A revista analisa os possíveis efeitos para o Brasil de uma possível guerra entre EUA e Irã.
A economia e a diplomacia do país não têm nada a ganhar com um conflito nos próximos meses — aliás, podem perder muito no curto prazo e a revista analisa os riscos de declarações de apoio, a qualquer um dos lados, pela diplomacia brasileira.
Uma guerra entre a maior potência do planeta e um país com forte poder retaliativo, pode respingar em vários outros países no mundo, inclusive no Brasil, mesmo ele estando a certa distância do conflito.
Analistas simulam efeitos econômicos negativos que poderiam ameaçar o processo de crescimento do Brasil.
Variações no preço do petróleo no mercado internacional forçaram o governo federal e a Petrobras a rever suas políticas de preços dos combustíveis para não repassar a alta nos custos às bombas de gasolina e diesel — algo que poderia comprometer o controle da inflação.
A revista afirma que esse é um movimento preocupante, pois boa parte do projeto de recuperação desenhado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, depende da entrada de recursos aplicados por investidores estrangeiros. Em caso de crise internacional com tamanhas implicações, é justamente esse investidor quem bate em retirada de mercados emergentes e arriscados em busca de praças mais confiáveis para investir seu dinheiro.
As trapalhadas de Trump ameaçam por tabela outros setores importantes da economia brasileira, que têm sido esteio do PIB, como a agropecuária.
Monitorar as notícias a respeito desse conflito para ver o que pode ser impactado no seu dia a dia e como se posicionar em relação a isso, é recomendável.
A Capa, com fundo verde estampa uma garrafa de vidro, contendo leite cheia até a metade, com um canudinho plástico nas cores vermelho e branco apontando para fora e para a direita.
A matéria analisa um estudo feito que mostra a quantidade de pessoas que estão deixando o hábito de consumir bebidas alcoólicas, sem deixar que isso afete o agito social, com os bares se adaptando para criar drinks sem álcool.
O mundo parece caminhar para ter pessoas que preferem manter seu cérebro sob controle do que anestesiá-lo com substâncias que dão a sensação de fuga temporária, mas que provocam efeitos colaterais terríveis, incluindo as ressacas de todos os tipos.
O que eu estranhei foi o fato da revista não colocar como texto principal a crise entre Estados Unidos e Irã, que apareceu em destaque secundário.
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