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Não tem nada pior na vida de controlar do que quando o desejo e a “má” vontade se tornam maiores do que o pensamento – foi procurando nos ensinamentos de filosofia que aprendi a seguinte dica para dominar os desejos sem deixar que eles se tornem os loucos da casa do nosso cérebro – Veja que simples e prático:

VIVER, TRABALHAR E ESTUDAR NOS EXIGE E NOS CONSOME COMO EM NENHUMA OUTRA ÉPOCA ANTES – PARA VIVER MELHOR LEIA ESSA DICA : ESTRATÉGIA PARA NÃO AFUNDAR PSICOLOGICAMENTE



★ “Ler é pensar com a mente dos outros.”

A frase inspiradora do dia – do filósofo que inspirou esse post.



No contexto positivo que a interpreto, digo que devemos selecionar, filtrar os melhores livros das mentes mais brilhantes de todos os tempos e procurar colocar um pouquinho das ideias geniais delas para dentro da nossa cabeça.

Isso só serve para nos tornar mais inteligentes.



Texto original publicado nos jornais brasileiros do dia 12 de junho de 2016 – coluna sobre excelência em gestão de vida, carreira e empresas.



*ESTRATÉGIA PARA NÃO AFUNDAR PSICOLOGICAMENTE*

Quando nossos desejos se tornam maiores do que o nosso pensamento



*Mauro Condé



Acabo de voltar de uma excelente viagem rumo ao conhecimento.

O meio de transporte que usei foi um livro velho, mas muito bem escrito.

Ele me levou para a Alemanha do século XIX, no ano de 1854, onde caí dentro da casa de um filósofo que é considerado uma das maiores inteligências de todos os tempos.

Lá dentro, me esperava para um bate papo e para tomar um café, o famoso Arthur Schopenhauer.

Assim que fomos apresentados, eu fui logo pedindo: – Por favor, me ensine algo que ainda não sei e que tenha poder de mudar a minha vida para melhor.

Schopenhauer deu um breve sorriso e me respondeu – olha meu rapaz, você chegou na hora certa.

Acabo de publicar alguns escritos que estão dando o que falar pelo mundo, nesse final do século XIX.

Até hoje, a crença dos filósofos que me antecederam é a que o ser humano era movido à pura razão.

Sempre discordei dessa tese e durante anos observei as maiores dores, os maiores desprazeres e sofrimentos humanos na busca de uma estratégia que nos ajude a não afundar psicologicamente.

Cheguei então à conclusão de que nós somos movidos não pelo poder da nossa razão, mas sim somos movidos é pelo poder da nossa vontade (uma força cega e destrutível quando nos leva a desejar o que não podemos).

Descobri que grande parte do pensamento humano não é intencional, ele simplesmente acontece, o que dá origem à maioria das vontades que nos aprisionam tanto na vida.

Somos dominados o tempo todo por um querer involuntário que clama por ajuda.

A vontade gera ímpetos, gera desejos que em sua maioria geram nossos maiores sofrimentos.

A vontade nos escraviza, nos prende como ratos de laboratório dentro de uma roda giratória (que eu chamo de roda da vontade) a qual estamos condenados a girar eternamente – desejando uma coisa atrás da outra até que a satisfação desse desejo vire tédio e precisemos seguir para o próximo “eu quero” num eterno sofrimento.

O problema é que o desejo nunca acaba. Seria preciso achar uma forma de pular para fora dessa roda da vontade para não sofrermos tanto.

Para fazer isso sugiro que as pessoas procurem conhecer as suas “más vontades” que assaltam as suas mentes e aprendam a dominá-las ao invés de serem dominados por elas buscando reduzir os seus sofrimentos ao máximo possível.

O cultivo das artes é um bom paliativo para o domínio das vontades.

Leia Schopenhauer para se conectar com os atalhos do autoconhecimento.



*Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco

Detalhe importante – eu aprendi com um grande pensador, o Dr.Roberto Assis, que talvez o que está por trás e manda nessa vontade chama-se desejo, que para Freud é o Inconsciente.

Descobri que reconhecer as “más vontades” e os desejos que nos dominam e fazer um plano para controlá-los, nos casos mais prejudiciais, eliminá-los pode ser um grande caminho para a felicidade plena.



Para encerrar esse post com mais inspiração ainda, deixo você com a indicação de 03 obras de arte :

1-Visual

Aprecie o quadro, a obra de arte :

Pintura Varal de Mondrian. Farmhouse with wash on the line (1897) – Oil on cardboard

Dizem os especialistas que o Pintor Mondrian demonstrava em sua estética contemplativa afinidades com a metafísica do Belo de Schopenhauer, principalmente as características de abstração e contemplação.

2-Literária

Leia a obra “O Mundo como vontade e representação” de Schopenhauer

3-Musical –

Comentário 1 :

Consta que o compositor de música clássica Richard Wagner reconheceu a indelével influência que Schopenhauer teve em todo o seu percurso musical, em especial na redação de “Tristão e Isolda” (1857-59), onde o incessante intento do protagonista de se libertar dos desejos de amor e prazer é patente durante o desenrolar da composição musical.

Comentário 2 :

Ouça a música : Vontade – de Paulinho Moska

About Mauro Condé [ MaLuCo:) ] 3589 Articles
Nascido em Belo Horizonte, Mauro Lúcio Condé carrega uma bagagem profissional de muito prestígio. De simples operário, Condé chegou à diretoria da General Eletric e também passou por grandes empresas como EDS e GEVISA, mas consagrou de vez sua carreira no Citibank, do qual foi Diretor Executivo de Qualidade e depois como executivo do Banco Itaú e Telefônica. As mais de quatro décadas de experiências levaram Mauro Condé a abrir sua própria empresa de consultoria e ministrar palestras no Brasil e no mundo.
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