Minha dica de cultura, dica de cinema de hoje vai para um filme diferente do que estamos acostumados a assistir, mas nem por isso menos interessante e divertido:
“FILME = O DESPERTAR DE MOTTI”
Esse filme suíco, candidato ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2020, vai te levar para uma viagem por diferentes geografias, como te proporcionar um visão de Tel Aviv, em Israel e Zuirique, na Suíça.
Provavelmente ele não entrará para a lista dos melhores de todos os filmes que você já assistiu até hoje, mas certamente vai valer a hora e meia em que ele se propõe a fazer um mergulho para dentro de uma cultura diferente da que estamos acostumados e com isso te proporcionar um prazeroso aprendizado e muitas risadas.
O filme flerta com questões psicológicas como o eterno conflito entre pais e filhos, a eterna luta de um filho, já grande, para se livrar do controle excessivo da mãe excessivamente cuidadosa e altamente ansiosa por controle de todos os detalhes.
Ele toca no tema que leva ao questionamento sobre até que ponto as religiões em geral e os costumes, tradições e normas que carregam, têm o direito de interferir e determinar o que a pessoa pode ou não pode fazer.
Desde a escolha da namorada, da roupa que vai vestir, ao direito de usar ou não barba até ao direito de pensar por si mesmo – esses são os maiores desafios do personagem dessa história.
O filme tem uma narrativa leve, uma pegada suave e divertida e toca na ferida quando expõe um jovem em pleno amadurecimento tendo que lutar para impor seus desejos e vontades contra todo mundo que quer colocar a mão no pescoço do seu destino.
Mostra como um garoto criado dentro do modelo do judaísmo enfrente um sério dilema para sobreviver à tentativa angustiante da mãe de tentar arranjar para o filho uma futura esposa, claro que muito mais parecida com ela, do que com a que o garoto idealiza e deseja.
Você vai passear pela vida do judeu ortodoxo Mordechai Wolkenbruch, mais conhecido como Motti e presenciar suas aventuras em um mundo louco para enlouquece-lo através do controle remoto total.
O diretor pinta protagonistas cativantes e muito engraçados, tanto pelo estereótipo dos mesmos, seja ele visual ou comportamental.
Você vai acabar se apaixonando pela mãe hiper controladora de Motti, que de tanto tentar espremer o filho vai provocar risadas impagáveis.
É a luta da mãe que cresce sobre a sombra de um filho tímido ao extremo e de emoções tolhidas o tempo todo.
E como não podia deixar de ser, você vai acompanhar a tentativa frenética de Motti para se libertar de todos os dogmas, tradições e imposições, a maioria sem sentido.
E no final você vai poder validar ou não uma interrogação muito ouvida em histórias sobre psicanalise = “Seria tudo culpa da mãe?”
Para sua pré-avaliação indico a nota da avaliação desse filme nos melhores sites de cinema do mundo:
- Nota 6,6 no site IMDB – na opinião de quase 3.200 pessoas
- Nota 5,3 na opinião da crítica no site Rotten Tomatoes
- Nota 6,3 na opinião do público no site Rotten Tomatoes
- Nota 7,5 em minha opinião pessoal
- Nota 6,5 na média das notas acima
Veja o trailer e se puder veja o filme:
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