“Assunto de Família”
Em resumo, esse filme conta a história de uma família japonesa, especializada em pequenos roubos e furtos para sua sobrevivência.
Um belo dia, os membros dessa família, se deparam com um jovem garota, abandonada na rua, debaixo de uma temperatura bem baixa.
Sem a concordância inicial de todos, eles tomam, a decisão de acolher a menor abandonada, sensibilizados pela situação difícil pela qual a pobre indefesa passava.
Embora vivam de cometer pequenos delitos para sobreviverem, todas naquela família parecem muito felizes juntos.
O HOMEM NASCE SÓ, MORRE SÓ, MAS SÓ SABE VIVER EM SOCIEDADE, EM COMUNIDADES E EM REDES SOCIAIS.
Até que um dia, um acidente inesperado revela a verdade dos fatos e dos laços que unem aquela família, relevando seus segredos mais profundos e colocando em risco aquela união quase perfeita.
Meu comentário sobre o roteiro e a história desse filme (com a preocupação de não revelar spoilers para não tirar o seu prazer pessoal de se deliciar com essa obra prima):
Dizem que quando viemos ao mundo, somos inseridos no seio de uma família que não escolhemos, mas que aprendemos a amar naturalmente como se a tivéssemos escolhido antes mesmo de nascer.
Assim vivemos, em união com nossa família de sangue e com nossos famílias eleitas por nós enquanto praticamos o ato de aprender a viver.
Nesse filme, vemos um caso interessante onde pessoas aparentemente desconhecidas se unem e criam suas próprias famílias com laços ainda mais fortes de amizade, cuidado e carinho para com o outro.
Pessoas pobres que vivem em um lugar pobre, mas rico de ternura, carinho e proteção, que lutam pelos recursos para a sua sobrevivência, nem sempre considerados os mais éticos e aceitos pela sociedade.
Uma família marcante e muito interessante composta pelos protagonistas desse filme, entre eles uma velha senhora, um casal e seus filhos adolescentes e uma garotinha adotada carente de abrigo.
Uma família diferente dos padrões, onde um componente vive estendendo a mão para o outro para retirá-los de dentro das suas próprias dores
Tudo construído de forma natural e pouco formal, dentro de uma estrutura prestes a ruir a qualquer momento, dependendo de um simples passo em falso de qualquer um destes convivas informais.
Um lindo filme dirigido com a maior maestria e habilidade cinematográfica, embalada por uma sensibilidade aguda.
Esse filme foi premiadíssimo e super aplaudido pelo público e pela crítica, chegando inclusive a ganhar o último cobiçado prêmio do Festival de Cannes, ganhando a Palma De Ouro.
Para sua pré-avaliação informo a nota recebida por esse filme nos melhores sites de cinema do mundo:
- 8,0 na opinião de quase 60.000 pessoas no site IMDB
- 9,3 na opinião do público e da crítica no site METACRITC
- 8,8 na opinião do público no site Rotten Tomatoes
- 8,6 na opinião da crítica no site Rotten Tomatoes
- 9,5 em minha opinião pessoal
- 9,0 na média das notas acima
Veja o trailer e se puder veja o filme, que vale muito a pena
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