NUNCA MONTE UM TIME COM APENAS UM GÊNIO E MIL AUXILIARES.
Original – texto do artigo publicado na minha coluna sobre Excelência em Carreiras, Vida e Gestão de Empresas nos jornais brasileiros desta terça-feira, dia 22 de agosto de 2017
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NEYMAR QUE ME DESCULPE
Mauro Condé*
Breve história do futebol – Naquele dia, o time disputava um amistoso internacional, na Costa Rica.
O jogo estava empatado e para ganhar o troféu, o Botafogo precisaria fazer um gol. No finalzinho, Garrincha pegou a bola no meio de campo, driblou toda a defesa adversária e, estranhamente, quando chegou na frente do goleiro ficou paralisado como uma estátua por longos e intermináveis segundos.
O banco inteiro, principalmente o técnico berravam bem alto: “Chuta Garrinha, Chuta Garrinha!” A aflição continuou até que o goleiro deu um passo à frente e Garrinha fez o gol chutando a bola por entre as pernas dele.
Feito o gol, o juiz acabou o jogo e no vestiário Garrinha tomou uma enorme bronca do técnico: “O que aconteceu que você não chutou logo ao gol, ficou parado aquele tempão sem fazer nada a ponto do juiz quase encerrar a partida?”
Mané, com toda sua simplicidade respondeu: “Uai, professor, a culpa não foi minha, o goleiro é que não queria abrir as pernas” rs.
Bons tempos eram aqueles do futebol arte e do futebol romântico.
O futebol de hoje está bem diferente, a começar pelo fato de ter virado um esporte dominado pela datificação. No futebol moderno, ignorar as estatísticas é quase um suicídio. Se antes as estatísticas eram usadas por técnicos e comentaristas, hoje todo torcedor que se preze, já assiste aos jogos do seu time favorito, com um computador do lado para analisar a matemática do jogo.
Os cientistas provam que o futebol hoje é 45% sorte e acaso e 55% previsão estatística contra 70% do basquete e 60% do baseball.
Entre as estatísticas atuais, a que mais me chama atenção é aquela que prova que um jogador costuma:
Treinar e ensaiar oito horas por dia, jogar uma ou duas partidas de 90 minutos cada por semana e nestes 90 minutos pegar ao todo na bola durante apenas um minuto (em média), correndo o risco de perder a posse da bola se a prender por mais de 1,1 segundo toda vez que encostar o pé nela.
Noventa minutos de jogo, para correr cerca de 11 quilômetros e só pegar na bola por um minuto. Oitenta e nove minutos ele fica assistindo a partida de dentro do campo, correndo para lá e para cá.
Para se atualizar sobre o tema, leia o livro Os Números do Jogo – “Porque tudo o que você sabe sobre futebol está errado”.
Neymar que me desculpe, mas com tudo isso, eu concluo que o melhor jogador de futebol dos dias atuais é aquele que joga bem sem a bola.
(*) Palestrante, consultor e fundador do Blog do Maluco
A Grande lição deste texto é que não se forma um time de alto desempenho apenas com um gênio e mil auxiliares – O Craque é Fundamental, mas é necessário ter outras estrelas capazes de jogar até sem a bola para o sucesso de todos.
Um time geralmente obtém mais resultados do que um simples amontoado de pessoas em torno de um craque.
Para encerrar este post, escolhi como trilha sonora um música que diz >
Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim
Dia e noite, não e simOUÇA – CERTAS COISAS – COM LENINE & CRISTINA BRAGA :
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