Mauro Condé*
“A tartaruga é mais lenta, porém é mais consistente. Causa menos desperdício e é muito mais desejável do que a lebre veloz que corre à frente e depois para, ocasionalmente, a cochilar.”
Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte importantes livros sobre empresas e negócios.
Eles me levaram para o Japão, no ano de 1956, onde fui recebido por Taiichi Ohno, chinês de nascimento, japonês por necessidade, considerado o maior engenheiro de todos os tempos, a quem fui logo pedindo:
Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.
Taiichi Ohno entrou para a Toyota logo após a Segunda Guerra Mundial e recebeu de seu chefe uma oportunidade e uma ameaça ao mesmo tempo.
Ou ele aumentava a produtividade da empresa ou ia para a rua.
Com a faca metaforicamente no pescoço, Taiichi partiu para os Estados Unidos para estudar o sistema de produção aplicado nas fábricas de Henry Ford, seu maior ídolo.
Assim que chegou em solo americano, ele precisou ir a um supermercado e lá passou a maior parte do tempo da sua viagem, pois descobriu que tanto o supermercado quanto a Toyota enfrentavam o mesmo problema: gerenciar uma grande variedade de produtos.
Maravilhado por não encontrar produtos amontoados nos corredores, verificou que eles eram mantidos organizadamente no depósito da loja.
Para cada produto, havia um espaço limitado nas prateleiras.
Apenas quando era retirado pelo cliente, o ressuprimento a partir do depósito era disparado para preencher o espaço na prateleira dedicado para aquele produto.
Baseado nessa observação, Ohno criou o famoso STP – Sistema Toyota de Produção, do qual destaco as seguintes lições:
Aplique a regra: “vendeu um, comprou um”.
Foque apaixonadamente no aumento das vendas e ao mesmo tempo pegue uma régua e meça com precisão o tempo que demora desde a hora em que o cliente te dá um pedido até a hora em que você coleta o dinheiro dele no caixa.
Faça o impossível para reduzir esse tempo ao máximo.
Torne o fluxo contínuo e combata o desperdício e tenha obsessão pela qualidade.
Elimine o maior câncer de uma empresa: o estoque (que representa dinheiro) parado por um grande período de tempo.
Se precisar, faça estoque de pequenas quantidades de muitos itens diferentes ao invés de estoque de grandes quantidades de poucos itens (principalmente dos que não vendem).
A única lógica permitida para a formação de estoques é suportar (no máximo) as vendas do mês e nada mais.
Custos são que nem unhas, crescem quando não são cortados. Foque em cortá-los (e não em controla-los) diariamente.
*Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco.
Para encerrar esse post de forma ainda mais motivadora, deixo você na companhia de 03 obras de arte:
1-VISUAL – APRECIE A PINTURA
Canto de atelier- pintura do francês Claude Monet -1861
Óleo sobre tela, a tela integra a coleção do Museu de Orsay, em Paris, e marcou a fase inicial da carreira de pintor de Monet.
Dotado de uma percepção espacial e lumínica invulgar, Claude Monet, manifestou desde cedo interesse pela pintura e pelas artes na sua generalidade.
Observe como Monet esforçou-se para representar as cores úmidas da caixa de pincéis e a tinta pastosa que consome a madeira da paleta, o veludo baço da boina vermelha, a lombada usado dos velhos livros e as partes metálicas das armas, sob um excêntrico e sumptuoso papel de parede.
Eu adoro como a arte de Monet trabalha com maestria a luz.
A paleta varia entre os restos de verde, vermelho, amarelo e preto, compondo uma exuberante composição temática, cuja ênfase seria muito menor sem o papel de parede.
Este representa uma ribeira e as suas margens e conferem um exotismo mútuo de uma ponta à outra da tela.
Destaca-se da composição a mesa de madeira torneada, que surge em primeiro plano, e parece sair da tela.
Texto acima inspirado em trecho do site wikiart
2-LITERÁRIA – LEIA O LIVRO
3-MUSICAL – OUÇA A MÚSICA – Fábrica de Rap:
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