Minha dica de Cultura – Dica de Cinema de hoje vai para o Filme:
“Elvira – Te Daria Minha Vida, mas a Estou Usando”
A primeira imagem que vemos de Elvira é pelo poster do Filme, que tem o céu azul de fundo, onde Elvira aparece de vestido florido, blusa amarela e cabelo escuro e curto empurrando com as duas mãos o tórax de um rapaz trajando calça jeans e camiseta azul, quase da cor da calça.
A segunda imagem de Elvira nos aparece nas imagens do trailer do filme, onde dias antes ela aparece, ainda de cabelo comprido, tentando fazer uma ligação para o 0800 (serviço de atendimento) de uma empresa.
Elvira pede para falar com o seu Marido, um tal de Gustavo e ouve a atendente dizer que ele não se encontra no momento.
Aí a cena corta para Elvira tentando embalar sua filhinha que chorava alto durante a madrugada.
O choro da criança era tão alto que chegou a a acordar Gustavo, que, com seu cabelo e seu bigode preto e de pijama beje, se levantou nervoso dizendo que precisava sair e ir até a farmácia para comprar cigarros, pois estava uma pilha de depressão, ansiedade e stress.
E ele saí e misteriosamente desaparece e não volta para casa e nem dá notícias por vários dias.
Elvira aparece deitada ao lado das duas crianças em sua cama de casal, com insônia e semblante de preocupada e pensativa.
Ela se levanta, dá um jeito de deixar as crianças com uma vizinha religiosa e vai à procura de notícias do marido, primeiro na farmácia onde ele supostamente deveria ter ido para comprar cigarros.
Descobre que realmente ele esteve lá na madrugada do dia em que desapareceu, mas apenas isto.
Corre até um bar que Gustavo adora frequentar e lá também não tem sucesso em descobrir seu paradeiro.
Desconfiada e sem notícias, Elvira se despera pois é uma simples dona de casa que fica o dia inteiro a cuidar do lar e das suas crianças.
Ela revira gavetas, guarda-roupas e armários à procura de alguma pista sobre uma possível localização do marido, já que ele não atende as chamadas de celular.
De tanto procurar, acaba encontrando algo pertubador e inquietante que a deixa totalmente sem chão e temporariamente enloquecida.
Ela aparece no escritório de uma linda amiga, proprietária da maior funerária da região, implorando por um emprego qualquer pois foi abandonada com dois filhos e pouquíssimos pesos na bolsa.
A amiga a contrata para chorar nos velórios e lhe entrega um traje com véu preto para que ele possa usar em seu novo e primeiro trabalho na vida.
E durante dias desempenha o seu papel na funerária de forma artística e surpreendente, para quem nunca tinha tido uma experiência antes.
Ela chora sozinha, chora ao lado dos parentes dos mortos e é observada à distância por Ricardo, um dos encarregados por despachar os caixões para a cremação no final das cerimônias.
Elvira usa o trabalho para obter fundos para fazer uma investigação pessoal e se inteirar mais profundamente de uma possível e muita estranha traição do marido.
Passa a chamar a atenção de Ricardo e consegue envolvê-lo no seu projeto de busca e investigação sobre a verdadeira ocorrência com o marido sumido.
Os dois tiram uns dias de licença no trabalho e viajam de carro para Acapulco, no México, onde pretende surpreender o marido em flagrante.
Durante a viagem Elvira e Ricardo se entrosam, se conhecem melhor e são vistos cantando um sucesso mexicano pela estrada.
Acabam tendo um meio romance no caminho até chegarem ao Hotel Boca Chica, já ao cair da tarde.
Elvira, parecendo nervosa, medrosa e ansiosa deixa Ricardo tomando banho no hotel e sai pela praia para uma caminhada, munida de um binóculo à procura de pistas definitivas do paradeiro do marido.
Aparece correndo pelas ruas que ligam as areias da praia a hotel e depois aparece tomando um demorada ducha com as mãos na cabeça e fisionomia de desesperada.
É vista dentro do ônibus, em um momento de flash-back, no dia em que picotou o cabelo para bem curtinho, no dia em que em invadiu o escritório da amiga empresária no ramo de funerárias.
E ao ser questionada pela secretária a quem deve anunciar, ela se vira de costas e diz de forma solene:
Elvira!
Elvira, Te Daria a Minha Vida, Mas A Estou Usando é uma comédia mexicana agradável, nota 7 em minha opinião, que prende pela saga de uma simples dona de casa que se vê diante da maior intriga de sua vida – o sumiço e o desparecimento do marido, abandonada sem dinheiro e sem notícias e que precisa a cada novo dia tomar uma decisão entre dois caminhos muito opostos e difíceis e a cada passo dado, a aflição de decidir entre ganhar e perder algo se repete várias vezes de forma inteligente.
Recomendo este filme de 1 hora e 40 minutos como um passatempo para o seu dia de descanso – e espere emoções de todos os tipos, das que fazem rir, chorar, se assustar e não acreditar no que vê.
Veja o trailer abaixo:
Ouça a rítmica e agradável trilha sonora de Elvira, com destaque para o hit Suavecito :
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