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Seja o Comandante da Sua Vida : Existem 100 clássicos da Literatura que todo mundo deveria ler antes de morrer. Para aqueles que desejam acelerar essa façanha, preparei uma série de experiências positivas incríveis – com resumos especiais dos melhores de todos esses 100 livros . Periodicamente, publicarei esses resumos aqui no blog, especialmente para você, prezado(a) leitor(a) – Leia hoje o resumo do Clássico : “Moby Dick” – um dos melhores livros que também inspirou um dos melhores filmes que eu já vi até hoje – candidatíssimos a entrarem para o seu ranking pessoal de melhores experiências na vida. Eu resumo essa obra de arte na frase que era o lema do seu personagem principal : “Seja o Comandante da Sua Vida”

” SEJA O COMANDANTE DA SUA VIDA “A frase inspiradora do dia – baseada na fala do personagem principal da história abaixo.


Minha dica de cultura de hoje é em dose dupla :

Eu indico e recomendo que, sendo possível, você veja o belo filme que foi criado com base no excelente livro do autor americano, Herman Melville, datado de 1851 em Londres, que virou best seller e clássico mundial da literatura de todos os tempos.

Leia e Assista a “Moby Dick”

Moby Dick, tanto o filme quanto o livro viraram clássicos do cinema e da literatura, cuja história, apesar de antiga, surpreende e agrada até hoje.

Ambos contam, através de Ismael, um personagem que não é o protagonista principal, a história do Capitão Ahab, obcecado por caçar uma baleia branca gigante que no passado foi a responsável pela perda de uma de suas pernas e quem sabe até de sua alma.

Essa uma simples história de vingança tem um poder de seduzir e encantar até hoje, mesmo 167 anos depois de escrita.

Aqui o narrador é Ismael, uma testemunha próxima da história do Capitão Ahab.

Metaforicamente, Moby Dick representa uma viagem, uma jornada rumo à natureza, interna e externa do ser humano.

O Capitão Ahab demonstra um foco incrível – ele sabe exatamente qual é a maior causa de seus sofrimentos : ele quer destruir uma baleia que outrora desgraçou o seu destino.

Ele precisa e quer muito dar o troco, ele deseja vencer esse inimigo poderoso quase impossível de ser vencido e que causou a amputação de sua perna em aventura passada.

Ele assume o comando de uma companhia, uma baleeira, onde define como estratégia a caça da baleia que roubou sua perna e sua alma, traça sua missão, define sua visão de onde quer chegar, planeja, executa e mobiliza todos os recursos necessários e parte em direção ao seu sonho.

Ele usa todos os seus conhecimentos de gestão, de geografia, de história e de estratégia para tentar vencer o seu próprio destino.

E parte determinado à procura de seu maior inimigo, o causador de seus sofrimentos, percorre vários roteiros pelo oceano adentro a fim de conseguir seu objetivo.

Em termos psicológicos Moby Dick representa aquilo que está oculto dentro da mente do Capitão, mas que de vez em quando emerge para assustá-lo e aterrorizá-lo

Nessa sua viagem, ele usa uma capacidade incrível de mobilizar o comprometimento de vários colaboradores de diferentes locais do mundo, diferentes religiões e crenças.

Ele passa para toda a sua tripulação que a grande meta é matar Moby Dick, convencendo todos a se mobilizarem em prol dessa sua causa particular.

Eles travam quase que uma verdadeira guerra contra o inimigo do mal.

Com seu poder de convencimento, o Capitão Ahab consegue entrar na mente de cada um dos seus colaboradores e os arrasta para dentro de sua loucura.

O Capitão, ungido pela sua liderança traça uma estratégia que vai ajustando à medida que encontra pelo caminho pessoas que dão pistas de onde Moby Dick poderia ter sido vista e capturada, inclusive um profeta maluco que abala a crença e a confiança dos tripulantes da Baleeira do Capitão – ele diz que 100% das pessoas que tentaram destruir Moby Dick foram destruídos por ela de maneira fatal.

Mas o Capitão não se abala com as palavras do profeta e diz estar disposto a correr o risco que for necessário para acabar com Moby Dick, ainda que as consequências de seus atos sejam as piores e mais fatais possível.

Depois de uma longa jornada, finalmente o Capitão se vê frente a frente com a Baleia com quem trava uma verdadeira guerra por três dias, até finalmente conseguir fincar seus enorme arpão na baleia assassina.

Só que Moby Dick, mesmo ferida contra ataca, avança contra o barco do Capitão e o arrasta preso às cordas para a profundeza do mar, selando para sempre o destino do Capitão Ahab.

A beleza dessa história e desse livro clássico está na possibilidade de inúmeras interpretações para o seu enredo, ainda que já saibamos de ante mão o final da história, previsível, mas nem por isso menos interessante.

A verdadeira obsessão de luta e tentativa de reverter o irreversível, por parte do Capitão Ahab simula de certa forma o que ocorre dentro da mente da maioria das pessoas que lutam contra seus sofrimentos pessoais.

Esse romance pode ser considerado hoje em dia uma crítica social à hegemonia de uma sociedade de consumo, hoje cada vez mais consumista e programada pela mídia para gerar desejos e vontades inalcançáveis que possam ser substituídos por objetos de consumo, o que acaba mutilando ainda mais, fazendo sofrer ainda mais a pessoa presa dentro dessa gaiola de sofrimento.

É um modelo de mundo e de vida estabelecido e contra o qual tentamos lutar, mas que a exemplo de Moby Dick, parece invencível quando confrontado com nossas próprias forças.

Uma mensagem que eu deduzo desse filme, é que muitas vezes, para nosso bem estar físico e mental, o melhor é a gente livrar a nossa mente daqueles e daquilo que nos fazem sofrer muito – às vezes é melhor esquecer o inimigo que nos incomoda tanto e contra o qual não conseguimos lutar, do que lutar contra ele de maneira fútil e até inútil.

  • LIBERTAR A NOSSA MENTE DA INFLUÊNCIA ALHEIA! Essa é uma das mensagens centrais do filme, em minha opinião.

Talvez fosse melhor para o Capitão aceitar a perda de sua perna e continuar em frente a sua vida, aceitando o sofrimento sem querer piorar as coisas em busca de uma vingança impossível que só pode infernizar e até destruir definitivamente a sua vida.

O que mais nos cativa no Capitão Ahab é essa loucura errante de não aceitar que o principal causador de seus sofrimentos possa sair impune.

Essa determinação dele de tentar seu objetivo, ainda que isso custe a sua vida, é algo que fascina nos milhões de leitores por todos esses anos.

O discurso do Capitão Ahab para si mesmo é “Eu sou o capitão da minha vida e vou direcioná-la para combater o grande mal que assola o mundo e que tanto nos causa sofrimento.”

No melhor estilo Don Quixote, o Capitão Ahab, tem sua missão, construída em cima de uma visão, de uma causa pela qual ele quer lutar muito e é capaz de mobilizar outras pessoas para sua luta.

A ideia do Capitão era dedicar a sua vida para destruir a baleia, o grande mal do mundo, mas no fim ela acabou o vencendo.Porém a sua história permanece viva até hoje e talvez essa seja a verdadeira grande vingança.

A lição filosófica dessa obra é que o homem quando dá-se por extremamente ambicioso acaba perdendo tudo que mais preza, no caso da metáfora construída, a própria vida.


Veja a capa do livro : Moby Dick


Veja o Poster do Filme Moby Dick – de 1956, com o astro Gregory Peck no papel do Capitão Ahab :


Caso você decida ler o livro e assistir ao filme, indico as notas que colhi nos melhores sites de cinema do mundo:

  • Nota 7,4 na opinião de mais de 17 ooo pessoas que o assistiram e o avaliaram no site IMDB

  • Nota 7,1 na opinião do público no site Rotten Tomatoes

  • Nota 7,0 na opinião da crítica no site Rotten Tomatoes

  • Nota 6,8 na opinião da crítica no site Metacritic

  • Nota 8,6 na opinião do público no site Metacritc

  • Nota 9,0 em minha opinião pessoal a respeito do filme

  • Nota 9,5 em minha opinião pessoal a respeito do livro

  • Nota 8,0 na média das notas acima

Veja o trailer do filme :

About Mauro Condé [ MaLuCo:) ] 3589 Articles
Nascido em Belo Horizonte, Mauro Lúcio Condé carrega uma bagagem profissional de muito prestígio. De simples operário, Condé chegou à diretoria da General Eletric e também passou por grandes empresas como EDS e GEVISA, mas consagrou de vez sua carreira no Citibank, do qual foi Diretor Executivo de Qualidade e depois como executivo do Banco Itaú e Telefônica. As mais de quatro décadas de experiências levaram Mauro Condé a abrir sua própria empresa de consultoria e ministrar palestras no Brasil e no mundo.
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