Minha dica de cultura de hoje vai para a série da Netflix:
O E S P I Ã O
Funcionário de uma loja de departamento, Eli Cohen é recrutado pela Mossad (O Instituto para Inteligência e Operações Especiais, do serviço secreto do Estado de Israel, com sede em Tel Aviv) para uma arriscada missão de espionagem na Síria nos anos 60.
O Espião conta a história verdadeira de um judeu nascido no Egito que é infiltrado pelo Mossad na Síria recém-saída da união com o Egito, em 1961.
Aqui o famoso ator Sacha Baron Cohen, mais conhecido por sua atuação em comédias como o personagem Borat, consegue mergulhar em seu personagem Eli Cohen a ponto de se confundir e ser confundido com ele, numa típica reencarnação de um ator na pele e na alma de seu personagem.
O personagem duplo de Eli é o ponto de destaque da trama.
Como os bons espiões infiltrados, o personagem age de forma fria e calculista e segue regras e protocolos típicos dos serviços secretos para tentar não ser descoberto por seus inimigos.
Ao mesmo tempo demonstra juventude, frescor e até mesmo uma certa ingenuidade na ânsia de passar pelo espião mais perfeito do mundo, mesmo nos ambientes e nos trechos mais hostis do roteiro.
A vida de Eli em Tel-Aviv ao lado da esposa Nadia (Hadar Ratzon Rotem) era boa, mas incompleta.
Ele tinha a vida de um simples contador em um shopping, enquanto sua mulher trabalhava de costureira para as damas da alta sociedade local.
Cohen se candidatou, então, a uma vaga como agente do Mossad, mas foi rejeitado duas vezes.
Segundo documentos oficiais, a agência concluiu que ele tinha “um QI alto, notável coragem, memória fenomenal e habilidade de manter segredos”, mas, “apesar de sua aparência modesta, era extremamente vaidoso e tinha muito conflito interno”.
Para o Mossad, Cohen “nem sempre” avaliava “o perigo corretamente” e era “suscetível a assumir riscos além do necessário”.
Entediado, Eli se arrisca e aceita o desafio de trabalhar como espião, mentindo até mesmo para sua esposa e indo trabalhar disfarçado na alta sociedade síria para ganhar a confiança do homem ambicioso, que desejava o poder e o governo da Síria.
A vida de Eli se divide em duas = uma como Kamel Amin Thaabet, milionário e empresário sírio criado na Argentina, que se diverte em grandes festas ao lado dos ricos e poderosos do país árabe.
Enquanto isso sua família e principalmente sua esposa sofrem com a ausência do pai e do marido, interrompida por retornos esporádicos que servem mais para alimentar o conflito conjugal do que para dar uma satisfação à família e à sociedade.
Numa ação quase que perfeita, Cohen se divide entre o simples contador e o rico magnata, atuando em países diferentes a ponto de distingui-los e ao mesmo tempo confundi-los tomando emprestadas atitudes típicas de um personagem na pele do outro.
Em casa aumenta o conflito com a esposa, que o pressiona para contar a verdade.
Dentro da Mossad, Eli é mentorado e orientado por Dan e Jacob (Moni Moshonov).
- Nessa série o começo se dá pelo final, com os espectadores descobrindo logo nas primeiras cenas o desfecho do personagem, numa curiosa forma de manter o interesse para saber como cada passo do personagem o levou até aquele fim.
Em O Espião, o destino final parece importar à medida em que o caminho até ele é minuciosamente trabalhado e trilhado.
Para sua pré-avaliação, informo a nota obtida por esse série nos principais sites de cinema do mundo:
- 7,9 na opinião de mais de 12.000 pessoas no site IMDB
- 8,4 na opinião da crítica no site Rotten Tomatoes
- 8,1 na opinião do público no site Rotten Tomatoes
- 6,9 na opinião da crítica no site Metacritc
- 7,8 na opinião do público no site Metacritc
- 8,0 em minha opinião pessoal
- 7,85 na média das notas acima
Veja o trailer:
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