Mauro Condé*
Acabo de voltar de uma excelente viagem rumo ao conhecimento.
O meio de transporte que usei foi um livro inteligente e bem escrito.
Ele me levou para Israel, ano de 2011, onde encontrei para um bate-papo o israelense Dr. Daniel Kahneman, Prêmio Nobel De Economia e professor Emérito de Psicologia da Universidade de Princeton ( USA).
Assim que fomos apresentados, eu fui logo pedindo:
Por favor, me ensine algo que eu ainda não saiba e que tenha poder de mudar a minha vida para melhor.
Dr. Kahneman então me respondeu:
– Vou te revelar um grande segredo – a conclusão de uma pesquisa científica que fiz para saber quanto dinheiro uma pessoa precisa para ser feliz.
“A ideia era saber a resposta para a eterna pergunta:
“Dinheiro compra felicidade?” através da investigação de perguntas que mediam o bem- estar emocional experimentado pelas pessoas em dias específicos, o grau de satisfação delas com toda a vida e o valor da renda e salário anual das mesmas. Das análises das respostas, tiramos as seguintes conclusões:
Dinheiro é muito bom, porém ter mais dinheiro na vida não traz nem compra felicidade.
Até um certo valor, o dinheiro é muito importante mesmo e extremamente necessário para satisfazer principalmente as necessidades básicas de sobrevivência.
Acima desse valor, descobrimos que ter mais dinheiro tem um retorno decrescente, principalmente em termos de bem– estar emocional .
Depois desse valor limite, os benefícios de ganhar mais dinheiro, embora existam, não são suficientes para garantir o aumento do grau de felicidade.
As pessoas muito mais ricas não são mais felizes só por terem mais dinheiro. Rendas altas não garantem felicidade.
Compilando os resultados da pesquisa do Dr. Kahneman com outras mais recentes, deduzi que o nível de saciedade (além do qual o bem– estar emocional diário e a satisfação geral com a vida) para de crescer quando a renda familiar anual média varia em torno de mais ou menos US$ 75 mil, dependendo do país .
No Brasil atual, estimo que esse valor esteja até bem abaixo dessa média.
*Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco
Para encerrar esse post de forma ainda mais motivadora, deixo você na companhia de 03 obras de arte:
1-Visual
Aprecie a obra de arte – O Filho do Homem:
O filho do Homem é uma pintura famosa do artista belga René Magritte-1898-1967.
Um gênio da pintura, que na infância passou por um trauma terrível ao ver o corpo de sua mãe resgatado do rio Sambre, após ela cometer suicídio por afogamento.
O seu quadro intitulado O Filho Do Homem é fantástico, pois possui um traço surrealista(mesclando loucura e genialidade ao mesmo tempo dentro de uma complexidade que exigia raciocínio além de observação para ser apreciada).
Uma das características do Surrealismo é a influência pelas teorias psicanalíticas de Freud, que mostram a importância do inconsciente na criatividade do ser humano
Neste quadro ele sugere que tudo o que vemos esconde outra coisa e que nós queremos sempre ver o que está escondido pelo que vemos.
Segundo ele próprio a mente adora imagens cujo significado é desconhecido, uma vez que o próprio significado da mente é igualmente desconhecido.
Ele dizia que pintava seus quadros não para serem vistos, mas sim pensados, uma vez que tentava pintar com o objetivo de tornar visíveis os seus pensamentos.
Ele adorava pintar paradoxos visuais, como neste quadro, que ao mesmo tempo dá a impressão de ser normal, mostra anomalias e anormalidades por toda a parte, de acordo com nossa interpretação.
Especificamente em O Filho Do Homem, a maçã pode ser interpretada como o pecado.
A maçã representa o pecado e esconde o rosto do homem, sugerindo algo escondido, invisível e que não podemos ver – aguçando assim a nossa imaginação.
Este é um dos meus quadros prediletos
Leia o Livro Rápido e Devagar, do ganhador do prêmio Nobel Dr. Daniel Kahneman, que originou a pesquisa científica citada nesse post.
hador do prêmio Nobel Dr. Daniel Kahneman, que originou a pesquisa científica citada nesse post.
Quando eu li esse livro, fiquei impressionado com o argumento convincente do autor ao provar que não ter dinheiro deixa as pessoas muito infelizes. Mas ter dinheiro é bom até um certo valor, acima dele, ter mais dinheiro não acrescenta nem um centavo no índice de bem estar e felicidade das pessoas.
3-Musical
Ouça a deliciosa música “Felicidade” com Seu Jorge:
Deixe uma resposta