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39 textos rápidos para você refletir sobre a inevitabilidade da morte para cada um de nós e para cada um que amamos – ELES VÃO TE AJUDAR A TRANSFORMAR O MEDO DE MORRER EM MUITA CORAGEM E OUSADIA DE VIVER – Coleção das frases e crônicas sobre o medo da morte mais lidos pelos leitores do Blog do MaluCo:)

velho pensando
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todooscréditosfotoacima-obradeartedestanbouman.com


[ Vida com qualidade. Morte com qualidade. ] – Frase da Monja Coen Sensei – Então, para um dia, morrer bem, viva melhor ainda – MaLuCo:)


O i / – Você teme a morte? O Ser humano tem muito medo de morrer por não saber exatamente o que acontece depois disto. /// O mais engraçado é que ele não tem medo de nascer, mesmo sem saber exatamente o que acontece antes disto. /// Em tese, o mistério e as incógnitas do nascimento são parecidos com o da morte ou você planejou e escolheu o dia, o mês, o ano, o local e a família em que você nasceu? E você se lembra como era antes de nascer? MaLuCo:)


Ei – Você já descobriu para que você vive? “O segredo da existência humana reside não só em viver mas também em saber para que se vive.” Frase de Fiódor Mikhailovich Dostoiévski – Uma vez eu li uma frase de Mark Twain que me deixou dias pensando = ” Os dois dias mais importantes da sua vida são : (1) O dia em que você nasce e (2) O dia em que você descobre Para Que ” E ai? Você já descobriu para que você nasceu? MaLuCo:)


“Eu não fui consultado se eu queria nascer ou não. Mas esta mesma pergunta me fosse feita hoje, eu diria que eu queria nascer umas cem vezes” Frase de Ariano Suassuna – Esta frase me fez lembrar outra de Einstein – onde ele dizia que o ser humano é maluco – diz que não pediu para nascer, diz que não sabe viver e ainda diz que tem medo de morrer. kkk E você leitor(a)? Você pediu para nascer? Se fosse consultado hoje? O que você responderia? MaLuCo


*** ATENÇÃO **** ATENÇÃO **** LEIA COM ATENÇÃO **** >>> “A morte é o jeito da natureza forçá-lo a diminuir o ritmo”. Recomendo a meditação no lugar da morte prematura. – ”Ei – Quer aprender um super segredo para aumentar a sua sobrevivência na vida cotidiana? APRENDA A ARTE DE NÃO FAZER NADA – Aprenda a fazer pausas relaxantes na hora em que o seu stress estiver lá no pico – atire o seu stress abruptamente ao chão(através de pausas para fazer coisas que você gosta de fazer e que te relaxam) – e depois disto sinta-se relaxada(o) o suficiente para voltar e continuar encarando os problemas da vida com saúde e energia – MaLuCo 🙂


“Vulnerabilidade é a nossa medida mais precisa de coragem.” Frase de Brené Brown – Viver é Amar é tornar-se vulnerável! Precisamos aceitar que somos imperfeitos e viver o melhor possível dentro da nossa própria imperfeição. Precisamos transformar tudo o que nos dá medo (medo da morte, medo de fazer escolhas erradas, medo da solidão e da rejeição e medo por ainda não ter achado um sentido, significado maior para a vida) em nosso maior estímulo para ter coragem de viver – Use a vulnerabilidade para entender e vencer seus medos – MaLuCo:)


Você tem medo da morte? “Eu pretendo viver para sempre ou morrer tentando”  KKK Frase de Groucho Marx, comediante americano – MaLuCo:)


Ei ! Você tem Coragem? “Coragem é ter medo da morte, mas enfrentar a vida assim mesmo.” Adaptação de Frase de John Wayne  – MaLuCo:)


LEMBRE-SE DISTO = VOCÊ VAI MORRER UM DIA ! – “Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo – expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar – caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração. //  Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.” Frase de Steve Jobs –


LEMBRE-SE DISTO = VOCÊ VAI MORRER UM DIA ! ENTÃO VIVA MUITO ATÉ LÁ -Esvazie da sua mente sentimentos como A Raiva, A Culpa, O Medo e A Vergonha e Lote-a com Pensamentos e Atitudes Positivas, Mais Gentileza e muita vontade de fazer as outras pessoas se sentirem pessoas melhores pela convivência contigo. /// Lembre-se que não é o Seu Sucesso que gera o Entusiasmo – ao contrário : é o seu Entusiasmo que gera o seu Sucesso!  A palavra ENTUSIASMO vem do grego e significa ter um DEUS dentro de si. SER UMA PESSOA ENTUSIASMADA SIGNIFICA TER DEUS DENTRO DE VOCÊ TE EMPURRANDO PARA O ALTO E PARA FRENTE SEMPRE !!! Lembre-se sempre disto e Viva Muito Sem Medo De Ser Feliz, pois você merece e muito – MaLuCo:)


“A morte destrói um homem: a ideia da morte salva-o.”  Frase de Edward Morgan Forster – ? É verdade, você não acha? E por falar nisto – você tem medo de morrer? Como este medo te ajudar a viver mais e melhor – Pare, pense nisto e decida fazer algo diferente para muito melhor na sua vida e na dos outros que te cercam. //MaLuCo


“A vida é jovial. A morte é a calma. É a transição entre uma e a outra que nos cria problemas.” Frase de Isaac Asimov – É mesmo, as pessoas vivem dizendo que não pediram para nascer, que não sabem viver, mas morrem de medo de morrer (kkk) – Como na frase, nosso problema não está no nascimento, nem na morte – ele está localizado no meio delas. E você – o que tem feito para se dar bem no intervalo entre o seu nascimento e a sua morte? Procure dar bom uso a tudo o que pensa, tudo o que fala, tudo o que faz – Viva Bem! Seja Feliz !!! MaLuCo!


“Não importa o quão sereno o dia de hoje pode ser, o amanhã é sempre incerto.Não deixe esta realidade assustar você” Frase de Warren Buffett, O que eu aprendi com esta frase na vida = A vida é um grande e lindo mistério. Não há turbulência hoje que evite um dia calmo amanhã e não há um dia calmo hoje que evite uma turbulência amanhã. A vida é um jogo de muitas alegrias, muito sucesso e ao mesmo tempo de pavor e medo. Medo, quando a gente não sabe o que vai acontecer e pavor quando a gente sabe que vai acontecer e não pode fazer nada para impedir. Neste sentido, a morte é um grande pavor. Mas saber que pavor e medo são essenciais para a vida não deve ser razão para não viver. VIVA MUITO !


“Qual é o maior obstáculo à felicidade? A felicidade não existe. Temos momentos de alegria, mas não existe um estado permanente de satisfação. Separações, a morte de pessoas queridas, doenças e acidentes são inevitáveis. É por isso que a busca pela felicidade plena não faz sentido. O que podemos almejar é a serenidade, algo completamente diferente. Só se atinge a serenidade vencendo o medo. É o medo que nos torna egoístas e nos paralisa, que nos impede de sorrir e de pensar de forma inteligente, com liberdade. Os filósofos gregos costumavam dizer que o sábio é aquele que consegue vencer o medo.” Frase de trecho de entrevista com o filósofo Luc Ferry


“Não é que eu tenha medo da morte, mas simplesmente não quero estar aqui quando isso acontecer” Frase de Woody Allen


“A melhor coisa que podem lhe dizer na vida não é ‘te amo’, mas sim ‘é benigno’” Frase de Woody Allen


Lembrar que você estará morto(a) um dia é a ferramenta mais importante que você pode  usar para te ajudar a tomar grandes decisões em sua vida.

Porque quase tudo que te paralisa – expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar, raiva, medo, culpa,… tudo mesmo – cai diante da perspectiva da sua morte, deixando para você apenas o que é realmente apenas importante na sua vida.

Por isto, procure viver intensamente e nunca deixe de seguir o seu coração.

Como na famosa frase de Steve Jobs : “Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.”

Pense na sua morte como maior alavanca para a sua vida !


Como se auto motivar de forma inacreditável  :

Todos os dias, quando você acordar, lembre a você mesmo que um dia você vai morrer, que todo mundo morre.

Lembre-se disto : um dia você vai morrer e faça desta lembrança o maior motivo para você querer viver mais e melhor.


Saiba que apesar da vida ser muito difícil, ela é possível e viável e tornar a sua vida melhor é uma tarefa toda sua.


Seja cada dia mais o(a) autor(a) da sua vida – seja cada dia mais responsável por melhorar um pouquinho a cada dia, apesar de todos os obstáculos e problemas que aparecem na sua frente.


Lembre-se disto diariamente = Você vai morrer, todo mundo um dia morre. Mas você tem a oportunidade de viver a cada novo dia – nunca abra mão deste privilégio que é o de encarar a sua vida da melhor forma possível. Se, de vez em quando você estiver passando por algum problema, pense nisto – todo problema passa, tudo na vida passa e por maior que seja o seu problema, ele nunca passará apenas de um problema e é só isto.


Lembre-se diariamente que você vai morrer – mas não deixe esta lembrança te paralisar – ao contrário faça desta lembrança o maior motivo para você viver :

Se todo mundo morre, se um dia você vai morrer – faça disto uma razão para te tirar da cama pela manhã e querer dar bom uso a tudo – dê bom uso aos seus pensamentos, aos seus sentimentos, aos seus gestos e suas atitudes. Não se permita perder tempo, desperdiçar oportunidades e nem deixar de sonhar e de correr atrás da realização de seus sonhos.


No final todo mundo morre – Um dia você morre – então use isto como o maior motivo para você viver com mais vontade, mais intensidade, mais desejo, mais alegria e mais entusiasmo.

Pense de maneira mais otimista – isto te fará agir de forma mais positiva e atingir resultados incríveis.


Viva muito – Morrer é só um dia, mas viver é a cada novo dia !


Aproveite cada dia com mais sede e fome de viver – Viva muito, Viva bem, Viva Feliz – MaLuCo:)


Como plantar suas sementes para os próximos 500 anos, com menos medo da morte e da solidão e com mais contentamento pelas suas escolhas – dando mais significado e sentido à sua vida: MaLuCo:)

A partir de hoje e de agora, independente do que você já passou ou já viveu, assuma o seu potencial máximo, sem olhar para trás, pensando só no daqui para frente.


Procure então, a partir de agora :


 * Viver no seu potencial máximo


 * Ser realmente quem você é e mais fiel a quem você deseja ser


* Inspirar mais as pessoas que te rodeiam


* Fazer a diferença na vida das pessoas que mais importam


* Construir algo que mereça ser lembrado como seu legado (de uma simples palavra, frase, gesto, conselho, modelo até uma grande descoberta ou uma grande obra)


* Deixar o mundo muito melhor do que você encontrou,

por sua causa


* Gostar ainda mais da vida – Viver e permitir-se ser mais feliz ! Maluco:)


“Morremos em um instante e

tememos a morte por muitos e muitos anos.”

Marquês de Maricá – escritor brasileiro

Esta frase é a pura verdade. A morte acontece em poucos instantes, mas as pessoas a temem por toda a vida.

Algumas pessoas, por medo de morrer, acabam desenvolvendo medo de viver também.

Portanto, desfrute a vida o melhor que puder e não leve a vida demasiadamente à sério (afinal ninguém sai vivo dela mesmo kkk) – mas seja responsável e pense nas consequências de tudo o que fizer, para ter uma vida mais alegre e feliz.


Todos os dias ao acordar, pense em como você está vivendo.a sua vida. Ao mesmo tempo lembre-se que um dia você vai morrer. E então pergunte-se :

Se você continuar vivendo do jeitinho que viveu até hoje, daqui até o dia da sua morte – você vai morrer sentindo-se feliz e realizado(a)?

Você acha que alguma coisa precisa ser mudada na sua vida?

O que é? E o que te impede de mudar para ser uma pessoa ainda melhor?

Lembre-se disto : Independente do que já aconteceu na sua vida, do seu nascimento até hoje, você pode mudar a sua vida de hoje até o dia da sua morte para muito melhor.

Basta você viver mais a vida que você gostaria de viver e viver menos a vida que os outros gostariam que você vivesse.

Basta você deixar de se influenciar por condicionamentos externos – preocupar-se menos em ser igual aos outros, em ter o que os outros têm apenas para atender a padrões impostos por outras pessoas, pela mídia, pelas propagandas e que só servem para fazer pressão para que você se sinta mal se não atender a estes condicionamentos externos.


Todos os dias ao acordar, dê uma sacudida na árvore da sua vida e pense numa forma de viver mais em linha com seus sonhos, seus desejos e suas necessidades.


Você é uma ótima pessoa e merece ser muito feliz – e felicidade não é algo material – é antes de tudo algo espiritual – é você achar o melhor sentido e o melhor significado para a sua vida e ir de encontro a ele, trocando o medo de morrer pela intensa coragem de viver.


“Se você está o tempo todo tentando ser uma pessoa normal, você nunca saberá o quão fantástico(a) você pode ser. “

Frase de Maya Angelou


| Oi – O que Você quer? Afinal você quer viver ou quer durar? | Como você lida com a liberdade de fazer escolhas na sua vida e ser responsável por suas consequências? Veja esta história interessante do delegado vendedor de cocadas e tapioca : MaLuCo:)

Malucando pelo blog do brilhante André Kassu, achei esta história curiosa, divertida e excelente para te ajudar na reflexão da sua vida :

“…O Delegado vendedor de cocadas e tapioca da feira:

Se porventura o Jorge Benjor o encontrasse, ele viraria personagem de uma bela canção. Eu o chamo de delegado porque ele me chama de delegado.

Não faz muito sentido, mas há uma graça.

Vem dele uma das melhores e mais difíceis lições que ouvi.

Estava eu a esperar a minha tapioca, quando uma pequena senhora começou a admirar as cocadas de diversas cores.

Para combinar, ela tinha um cabelo no tom de algodão doce. O vendedor, malandro que só ele, falou:

– Pode escolher à vontade. São todas boas.

Uma voz delicada respondeu:

– Não posso engordar.

O delegado, sem titubear, deu o golpe final:

– A senhora quer viver ou quer durar?

Ela deu um sorriso e levou a sua bandeja repleta de deliciosas calorias.

Penso nessa frase desde então. É uma equação que nunca foi tão bem resumida. Algo que inconscientemente permeia todas as nossas escolhas.

Você pode aplicar em qualquer momento decisivo.

A bandeja de cocadas assume múltiplas formas dependendo da situação.

Neste exato momento, estou com uma em minhas mãos. Saborear ou não é sempre mais complicado do que parece…”


Eu adorei esta breve história – ela ilustra uma coisa interessante na vida de todo mundo – o jogo de xadrez que jogamos com a vida em relação à capacidade que ela nos deu de podermos escolher a maneira como desejamos viver  – uma liberdade estranha – pois ela acaba nos tornando reféns das nossas próprias escolhas, que muitas vezes tomamos debaixo da luz de vários dilemas e incertezas pessoais.

Eu acho que a nossa liberdade de fazer escolhas faz um par super intrigante com o medo que todos temos da morte – as duas guiam a maioria das nossas condutas e o nosso jeito de ser e levar a vida.

A liberdade nos é oferecida e pintada como a própria antítese da morte. Embora tenhamos medo da morte, consideramos a liberdade de escolhas inequivocamente positiva.

Ter esta liberdade para fazer escolhas que todos nós temos te torna responsável direto por todas as escolhas que faz e refém das suas consequências.

Eu gosto muito daquela definição de liberdade de Sartre : Ser responsável é ser “autor de” e por ela tu te tornas eternamente responsável pelo que escolhes e assumes assim o papel de ser autor do seu próprio projeto de vida. Para fechar este post, deixo uma frase intrigante do próprio Sartre :

“Nós somos livres para sermos qualquer coisa, exceto não livres e por isto estamos eternamente condenados à liberdade”

MaLuCo:)


Par Ou Impar – Quer saber em que ano você pode morrer ?

Esta era a frase de um sujeito apelidado de Zé do Cemitério pelos amigos.

Ele vivia repetindo : Se você nasceu em ano par, vai morrer num ano ímpar – Se você nasceu num ano ímpar vai morrer num ano par.

Parecia uma obsessão fúnebre que ele tinha.

Ele devia ter alguma depressão associada a um forte medo de morrer.

Uma vez ele contou que descobriu a teoria que tanto repetia depois de assistir a um programa de entrevistas, onde ele ouviu pela primeira vez esta tese de um outro sujeito tão louco pela morte quanto ele.

A partir daquele dia, ele adotou a frase do ano do nascimento e do ano da morte como lema de vida (se é que se pode ter a morte como lema de vida).

Ele criou desde então uma mania nova e estranha = passou a constantemente frequentar  velórios, cemitérios e principalmente enterros – fossem de amigos ou de estranhos.

Muitas vezes ele foi a enterros em outras cidades – pegava um ônibus na rodoviária e chegando na cidade desconhecida, fazia questão de descer em frente ao cemitério da cidade e entrar para uma visita.

Zé do Cemitério transformou isto num vício, que só aumentava a cada dia, por isto o apelido dos amigos.

Para completar a sua loucura pela morte, ele comprou um caderno de anotações e saia pelos cemitérios afora fazendo um levantamento estatístico dos anos de nascimento e morte dos defuntos e por incrível que pareça ele descobriu que o louco da entrevista da TV estava certo.

Um dia sentado numa mesa de bar tomando uma cerveja e conversando com uma roda de curiosos que ficava ao seu redor, Zé do Velório mostrou todas as suas anotações feitas em 3 colunas : – nome do morto, ano de nascimento e ano da morte – e na última página ele tinha um resumo matemático e estatístico que provava a sua teoria – na média, com a precisão de um desvio padrão e meio para mais ou para menos, as pessoas que nasceram em anos pares morreram em anos ímpares e as que morreram em anos ímpares, nasceram em anos pares – era a sua amostra baseada nas visitas a vários túmulos ao longo dos anos.

Alguns curiosos que não entendiam de matemática e estatística desconheciam que o tal de desvio padrão que ele falava era uma medida de precisão estatística e saiam dali comentando que o sujeito era portador de uma outra doença mental – um desvio novo, um tal de desvio padrão kkk

O Zé do Cemitério não esta mais vivo. Ele morreu em 2013 e nasceu em 1958. Ele acabou entrando para a sua própria estatística – Quem nasce em ano par, morre em ano ímpar e vice-versa.

Lembrando desta história e vendo a notícia de morte de pessoas famosas e queridas, fiz um pequeno levantamento para ver se a teoria do Zé do Cemitério ainda se aplica nos dias de hoje e vejam o que eu encontrei, através de uma anotação semelhante a que fazia em seu caderninho, baseada em dados que peguei na internet de forma totalmente aleatória – me lembrava do nome do famoso que tinha morrido e pegava os dados para a amostra estatística e não os selecionava previamente para não induzir a pesquisa :

Nome da pessoa

Ano do Nascimento

Ano da Morte

João Ubaldo Ribeiro

1941 – ano ímpar

2014 – ano par

Ariana Suassuna

1927 – ano ímpar

2014 – ano par

Rubem Alves

1933 – ano ímpar

2014 – ano par

Reginaldo Rossi

1944 – ano par

2013 – ano ímpar

Luciano do Vale

 1947 – ano ímpar

2014 – ano par

Dr.Osmar de Oliveira

1943 – ano ímpar

2014 – ano par

Fernandão – ex jogador

1978 – ano par

2014 – ano par *

Hebe Camargo

1929 – ano ímpar

2012 – ano par

Amy Winehouse

1983 – ano ímpar

2011 – ano ímpar*

Emílio Santiago

1946 – ano par

2013 – ano ímpar

Wando

1945 – ano ímpar

2012 – ano par

Mundo estranho este, você não acha?

Crônica do MaLuco


“O que torna o nascimento, o envelhecimento, a doença e a morte um sofrimento é o apego ao externo.” – Frase derivada do conceito dos quatro sofrimentos, de acordo com o budismo. Os 4 sofrimentos basicamente são : nascimento, doença, envelhecimento e morte. A causa fundamental desse impasse é que o foco das pessoas está totalmente direcionado para o mundo material e externo, deixando de voltar a atenção para sua vida interior. Portanto, para sofrer menos, tente se apegar menos ao externo, ao material. isto não te parece lógico ? MaLuCo:)


Caixão Não Tem Gavetas = Oi – Você é ambicioso(a)? Qual é o tamanho da sua ambição nesta vida? Você vive para Ser ou Para Ter ? Pense e reflita sobre isto lendo este texto curto e incrível = Caixão não tem gavetas – A história de um fazendeiro russo simples e humilde que é convencido pelo Diabo a acumular bens materiais e muita terra –

Este é o resumo do resumo de um conto de Tolstoi que li recentemente – que vai mudar a maneira como você trabalha a sua ambição na vida :


Era uma vez um fazendeiro que tinha um pequeno pedaço de terra na Rússia e que vivia muito bem com a sua esposa.

De repente, num belo dia, ele recebeu a visita do Diabo em sua casa, que tentou convencê-lo a ser uma pessoa gananciosa e muito ambiciosa.

O Diabo lançou a ideia dele ser mais ambicioso na vida e buscar acumular o máximo de bens, riqueza e terras possível.

Alegando que não estavam interessados e que eram felizes com o pouco que tinham, o fazendeiro e a mulher dispensaram o Diabo.

Este por sua vez, se sentindo desafiado em transformar aquele homem simples, honesto, íntegro e totalmente família num homem ganancioso e muito ambicioso, arquitetou um plano.

O Diabo apareceu disfarçado de comerciante de terras na casa do Fazendeiro e usando um poder de persuasão incrível convenceu o Fazendeiro a se transformar num homem ganancioso e sedento por mais riquezas, mais bens e mais terras.

O Diabo tanto fez que convenceu o fazendeiro a comprar primeiro as terras de seu vizinho e depois as terras dos moradores mais próximos, sempre levando alguma vantagem adicional, até se tornar o maior dono de terras da região.

Tal mudança de comportamento afastou o fazendeiro de sua fiel esposa de longa data e praticamente acabou com seu relacionamento, pois a esposa não aceitava tanta ambição descabida.

Impressionado com a sua façanha e querendo testar ainda mais o fazendeiro, o Diabo apareceu para ele disfarçado de um Grande Chefe da Tribo Na Sibéria e o convenceu a expandir suas terras indo para lá.

Vá para a Sibéria, escolha a partir de um ponto e comece a demarcar o máximo de terras que conseguir – todas que você marcar, passarão a ser suas – mas só que tem uma condição :

– Você precisará voltar impreterivelmente antes do por do sol, sob pena de nada valer a pena.

Ansioso, esfregando as mãos e com os olhos arregalados, o fazendeiro foi para a Sibéria, escolheu um ponto e começou a demarcar as terras, que automaticamente passavam a ser suas como prometeu o Grande Chefe Das Tribos de Lá.

Só que deu meio dia (hora limite para o fazendeiro começar a retornar – para chegar antes do por do sol) e ele munido de sua grande ambição e ganância continuou um pouco mais dizendo – “Eu consigo”.

Depois de perder muito tempo marcando mais terras, ele resolveu voltar e para recuperar o tempo perdido, resolveu voltar correndo, desesperado feito um condenado – correu, correu, correu, correu, correu como nunca na vida e vendo que não chegaria a tempo, resolveu escalar um pequeno morro para tentar achar alguma saída.

Quando chegou lá no topo, ele encontrou com o Diabo, disfarçado de grande chefe da tribo da Sibéria – então ele tentou falar, mas ao mesmo tempo, sentiu uma dor no peito, teve um infarto fulminante e caiu morto sobre a neve.

Diante dele, o Diabo balançou a cabeça, deu um sorrisinho e exclamou :


-Estes Humanos, não tomam jeito !

-Para que querer ter tanta terra se no final eles só ficam com 2,20 m por 0,80m e 1,30 m de profundidade?


/Oi ! Você aí ! / ✝✝✝ Você tem medo da morte ? Então leia este texto que vai te matar, mas de tanto rir sem parar – Leia “A Morte Bate À Porta” texto do genial Woody Allen em seu excelente livro Cuca Fundida(nota 10 na minha opinião) traduzido pelo também genial escritor brasileiro Ruy Castro – Acabei de ler este livro e fiquei em dúvida se o Woody Allen é melhor fazendo cinema ou escrevendo – Dica para o seu relaxamento no fim de semana :✝✝✝ MaLuCo:)

Acabo de ler este excelente livro que me deixou com um gosto de felicidade por ter achado um livro inteligente, sensível e muito bem humorado reunindo as crônicas e os contos escritos por este diretor de cinema incrível – Gostei de todos, mas um em especial eu achei disponível na internet e resolvi compartilhar com você :


 A morte bate à porta (de Woody Allen)

A morte bate à porta, de Woody Allen (peça em um ato)

A ação da peça se passa no quarto de Nat Ackerman, na sua mansão em Kew Gardens. O quarto é atapetado. Há uma cama de casal e uma enorme penteadeira. A mobília e as cortinas são luxuosas. Nas paredes, diversos quadros e um barômetro de não muito bom gosto. Música suave enquanto a cortina sobe. Nat Ackerman (51 anos, calvo, ligeiramente gordo, proprietário de uma confecção) está deitado na cama, acabando de ler o jornal do dia seguinte. Está de roupão e chinelos, e lê à luz de um pequeno abajur preso no espaldar da cama. Ê quase meia-noite. De repente, ouve-se um barulho estranho e Nat se levanta e vai até a janela.

Nat: Que diabo está havendo aí?

Subindo desajeitadamente pela janela, aparece uma sombria figura embuçada. O intruso usa um capuz negro e uma roupa justa, também negra. O capuz cobre sua cabeça, mas não seu rosto, o qual aparenta meia-idade e ê branco como gesso. Parece-se um pouco com Nat. Arfa audivelmente, passa uma perna pelo parapeito e desaba dentro do quarto.

Morte (claro, quem mais podia ser?): Deus do céu, quase quebrei o pescoço!

Nat (de olhos arregalados): Quem é você?

Morte: A Morte.

Nat: Quem?

Morte: A Morte, pô! Escute – posso me sentar? Quase fui para o beleléu. Olhe só como estou tremendo.

Nat: QUEM É VOCÊ?

Morte: A Morte, que diabo! Pode me arranjar um copo d’água?

Nat: Morte? O que você quer dizer com Morte?

Morte: Está cego, rapaz? Não está vendo o capuz preto e a cara branca?

Nat: Estou.

Morte: E hoje é Dia das Bruxas?

Nat: Não.

Morte: Então eu só posso ser a Morte. Posso tomar um copo d’água? Mineral com gás, de preferência.

Nat: Escute, se isto for alguma piada…

Morte: Que piada? Olhe aqui, você não é Nat Ackerman, 57 anos, morador na Pacific Street, 118? Só se eu tiver trocado os endereços. Agüenta aí. (Cata nos bolsos um cartão, lê-o em voz alta. Confere. )

Nat: O que você quer comigo?

Morte: O que eu quero? Que pergunta mais idiota!

Nat: Deve haver um engano. Estou em perfeita saúde.

Morte: Sei, sei. (Olhando em volta.) Bonito lugar, este aqui. Vocês mesmos o decoraram?

Nat: Contratamos uma decoradora, mas nós também ajudamos.

Morte (contemplando um quadro na parede): Adoro crianças de olhos esbugalhados.

Nat: Olhe, ainda não quero morrer.

Morte: Você não quer morrer? Por favor, não comece com isso. Ainda estou zonzo com a subida.

Nat: Qual subida?

Morte: Subi pela calha. Estava tentando fazer uma entrada sensacional. Vi as janelas abertas, você lendo o jornal e achei que valia a pena tentar. Era só subir pela calha e entrar com um certo – você sabe… (Estala os dedos.) Só que, bem no meio do caminho, prendi o pé numa trepadeira, a calha quebrou, fiquei pendurado por um fio e minha capa começou a rasgar. Agora chega de conversa. Vamos embora. Esta noite está terrível.

Nat: Você quebrou minha calha?

Morte: Não, não quebrei. Só a entortei um pouco. Você não ouviu quando eu despenquei lá de cima?

Nat: Estava lendo.

Morte: Devia ser uma leitura muito absorvente. (Pega o jornal que Nat estava lendo.) PIRANHAS FLAGRADAS PUXANDO FUMO. Posso levar isso?

Nat: Ainda não terminei.

Morte: Olhe… Hmmm… Não sei exatamente como lhe dizer, xará…

Nat: Por que não tocou a campainha lá embaixo?

Morte: Podia ter feito isto, mas o que você ia achar? Entrando pela janela, pelo menos fica mais teatral. Sacumé? Você nunca leu Fausto?

Nat: O quê?

Morte: E se você tivesse visitas? Toco a campainha, entro em cena e você está servindo drinques a uma pessoa importante. Com que cara eu fico?

Nat: Olha, meu chapa, já está muito tarde.

Morte: Também acho. Bem, vamos?

Nat: Vamos pra onde?

Morte: Pra Morte. Aquele lugar, sabe, né? As Profundas. Lá onde o Judas perdeu as botas. (Olhando para o próprio joelho.) Puxa, me cortei feio. Era só o que faltava: pegar uma gangrena logo no primeiro dia de trabalho.

Nat: Espere um minuto! Preciso de tempo, ainda não estou pronto!

Morte: Desculpe, mas não dá. Gostaria de ajudar, mas a hora é essa.

Nat: Mas não pode ser! Acabo de fechar um negócio com 500 butiques!

Morte: Qual a diferença, um mísero dinheirinho a mais ou a menos?

Nat: É, vocês não se importam! Devem ter todas as despesas pagas, não é???

Morte: Como é, vamos ou não vamos?

Nat (olhando-o de alto a baixo): Ainda não acredito que você seja a Morte.

Morte: Por que não? Estava esperando quem? Rock Hudson?

Nat: Não, não é isto.

Morte: Desculpe se o desapontei.

Nat: Não se desculpe! Sabe, é que sempre achei que você fosse… um pouco mais alto, sei lá…

Morte: Tenho 1 metro e 60. Está bom para o meu peso.

Nat: Você se parece um pouco comigo…

Morte: E com quem queria que eu me parecesse? Afina!, eu sou a sua Morte!

Nat: Me dê mais algum tempo! Talvez mais um dia!

Morte: Não dá pô.

Nat: Só mais um dia! 24 horas!

Morte: Para que mais um dia? O rádio disse que vai chover amanhã.

Nat: Será que não podíamos entrar num acordo?

Morte: Por exemplo?

Nat: Você joga xadrez?

Morte: Não.

Nat: Mas certa vez eu vi um desenho seu jogando xadrez!

Morte: Não podia ser eu, porque não jogo xadrez. Biriba, sim.

Nat: Você joga biriba?

Morte: Se eu jogo biriba? Sou o rei da biriba!

Nat: Então vou te dizer o que vamos fazer…

Morte: Não venha fazer nenhum trato comigo!

Nat: Vamos jogar biriba. Se você ganhar, eu vou com você agora. Se eu ganhar, você me dá um tempinho – só um dia. Tá fechado?

Morte: E quem tem tempo para jogar biriba?

Nat: Vamos nessa. Se você é assim tão bom…

Morte: Olhe, até que eu gostaria…

Nat: Ora, não seja desmancha-prazeres. Uma meia-hora, no máximo.

Morte: Está bem, mas eu não devia…

Nat: Vou pegar as cartas já, já!

Morte: Mas só um pouquinho, hem? Pelo menos, vai me relaxar.

Nat (trazendo cartas, lápis e bloco): Você vai se arrepender.

Morte: Cale a boca, já estou convencido. Agora dê as cartas e me traga a mineral que eu pedi. Que diabo, um estranho entra em sua casa e você não lhe oferece nada para beliscar!

Nat: Tenho umas batatinhas fritas lá embaixo.

Morte: Batatinhas fritas! E se fosse o Presidente? Também lhe oferecia batatinhas fritas?

Nat: Mas você não é o Presidente.

Morte: Dê!

(Nat dá cartas e abre uma trinca.)

Nat: Vamos jogar a um centavo o ponto, para ficar mais interessante?

Morte: Porquê? Não está interessante que chegue?

Nat: Jogo melhor a dinheiro.

Morte: Esta bem, Newt.

Nat: Nat. Nat Ackerman. Não sabe nem meu nome?

Morte: Newt, Nat, que diferença faz? Estou com dor de cabeça.

Nat: Vai pegar a mesa?

Morte: Não.

Nat: Então compre.

Morte (examinando a própria mão): Raios, não tenho nada que preste.

Nat: Como é o negócio lá?

Morte: Que negócio?

Nat: A Morte.

Durante todo o diálogo seguinte, eles compram e descartam.

Morte: É como devia ser? Dorme-se o tempo todo.

Nat: Há alguma coisa depois da vida?

Morte: Ahá, você está guardando os valetes!

Nat: Existe alguma coisa depois da vida?

Morte (ausente): Você vai ver.

Nat: Ah, quer dizer que vou ver alguma coisa?

Morte: Bem, acho que eu não devia ter dito a coisa desta maneira. Vamos, compre.

Nat: É difícil arrancar uma resposta de você, hem?

Morte: Estou jogando biriba.

Nat: Está bem, então jogue?

Morte: E, enquanto isto estou te dando uma carta depois da outra.

Nat: Não fique olhando o que estou apanhando.

Morte: Não estou olhando. Qual foi a última carta que eu joguei aí?

Nat: O quatro de espadas. Está pronto para bater?

Morte: Quem disse que eu estou pronto para bater? Só perguntei qual tinha sido a última carta!

Nat: E eu só perguntei se havia lá alguma coisa para mim ver!

Morte: Jogue.

Nat: Me diga alguma coisa. Para onde estamos indo?

Morte: Que história é essa de nós? Você é quem vai. Bate com a cabeça no chão e pronto.

Nat: Não brinque. Dói muito?

Morte: Um segundinho só.

Nat: Incrível! (Suspira.) Depois de um contrato com 500 butiques…

Morte: Ah, finalmente uma canastra!

Nat: Você bateu?

Morte: Não, só fiz uma canastra.

Nat: Então, quem bate sou eu.

Morte: Você está brincando.

Nat: Não. Você perdeu. Vou pegar o morto. Sem trocadilho.

Morte: Merda. E eu achando que você estava guardando os valetes!

Nat: Vamos lá, jogue, enquanto eu examino o morto. Bato com a cabeça no chão, não é isso? Não posso bater com a cabeça no sofá?

Morte: Não. Jogue.

Nat: Porque não?

Morte: Porque não! Pô, deixe-me concentrar!

Nat: Mas por que tem que ser no chão? Por que não no sofá?

Morte: Está bem, vou fazer o possível. Agora, podemos jogar?

Nat: É isso que eu estava dizendo. Você me lembra Moe Leifkowitz. Ele também é teimoso

Morte: Eu lembro Moe Leifkowitz. Essa é boa! Eu, uma das figuras mais aterrorizantes do universo, lhe lembro Moe Leifkowitz! O que ele faz? Forra os vestidos?

Nat: Coitado de você para forrar vestidos como ele. Leifkowitz ganha 80 mil dólares por ano! Enfeites, guarnições, faz de tudo. Mais uma canastra real.

Morte: O que?

Nat: Mais uma canastra. Vou bater. O que você tem?

Morte: Futebol.

Nat: Esta eu ganhei.

Morte: Se você não falasse tanto.

Dão as cartas de novo e continuam o jogo.

Nat: O que você quis dizer há pouco quando disse que este era o seu primeiro trabalho?

Morte: O que você acha?

Nat: Como o que eu acho? Então ninguém morreu antes?

Morte: Claro que morreram. Só que não fui eu quem os levou.

Nat; Então quem foi?

Morte: Outros.

Nat: Então há outros?

Morte: Claro! Cada um vai de um jeito.

Nat: Eu não sabia disto.

Morte: E por que deveria saber? Quem você pensa que ê?

Nat: Que história ê essa? Então não sou nada?

Morte: Não exatamente nada. Você é o proprietário de uma confecção. Por que deveria conhecer os mistérios da eternidade?

Nat: Ah, é? Pois fique sabendo que eu ganho muito dinheiro. Formei meus dois filhos. Um trabalha em publicidade, o outro se casou. Esta casa é minha. Tenho um carro do ano. Minha mulher tem o que quer. Não sei quantas empregadas, casaco de pele, férias, o diabo a quatro. Neste exato momento, está viajando, para visitar a irmã. Eu deveria me reunir a ela semana que vem. Então, pensa que eu sou algum duro?

Morte: Está bem, está bem. Não seja tão sensível.

Nat: Quem é sensível?

Morte: E quem foi que me insultou primeiro?

Nat: Eu te insultei?

Morte: Você não disse que estava desapontado comigo?

Nat: E o que queria que eu fizesse? Que desse uma festa pela sua chegada?

Morte: Não é isso. Refiro-me a mim. Disse que eu era nanico, que era isso e aquilo.

Nat: Eu disse que você se parecia comigo. Estava só pensando em voz alta.

Morte: Está bem, dê logo essas cartas.

Os dois continuam a jogar, enquanto a música diminui e as luzes vão se apagando até a escuridão total. Luzes voltam a se acender aos poucos. Passou-se algum tempo e o jogo acabou. Nat está fazendo as contas.

Nat: Sessenta e oito… 150… Bem, você perdeu.

Morte (olhando desanimado para o baralho): Eu sabia que não devia ter descartado aquele nove. Merda.

Nat: Então, nos vemos amanhã!

Morte: Que história é essa de me ver amanhã?

Nat: Ganhei mais um dia. Agora, deixe-me em paz.

Morte: Você estava falando sério?

Nat: Tratou, está tratado.

Morte: Eu sei, mas…

Nat: Não tem mas, nem meio mas. Ganhei 24 horas. Volte amanhã.

Morte: Eu não sabia que estávamos jogando a valer tempo.

Nat: Pior pra você. Devia ter prestado atenção.

Morte: E o que eu vou fazer pelas próximas 24 horas?

Nat: E o que me importa? O fato é que eu ganhei mais um dia.

Morte: Mas o que vou fazer? Vagabundear pelas ruas?

Nat: Arranje um hotel e vá ao cinema. Tome uma cerveja. Não crie caso.

Morte: Some esses pontos de novo.

Nat: E, além disso, você me deve 28 dólares.

Morte: O quê?

Nat: É isso aí, bicho. Olhe aqui. Leia.

Morte (revirando os bolsos): Só tenho uns trocados. Mas não 28 dólares!

Nat: Aceito cheque.

Morte: Mas não tenho conta em bancos!

Nat (para a platéia): Estão vendo contra quem estou jogando?

Morte: Pode me processar. Como você quer que eu tenha uma conta no banco?

Nat: Está bem, dê-me o que você tiver e fica por isso mesmo.

Morte: Escute, eu preciso desse dinheiro!

Nat: Pra quê?

Morte: Que pergunta é esta? Você está indo para o Além!

Nat: E daí?

Morte: Isso fica longe pra chuchu!

Nat: E daí?

Morte: E a gasolina? E os pedágios?

Nat: Estamos indo de carro???

Morte: Você vai descobrir. (Agitado.) Olhe aqui. Vou voltar amanhã, e você tem de me dar a chance de ganhar aquele dinheiro de volta. Se não, estou rigorosamente frito.

Nat: O que você quiser. Mas vamos dobrar a parada, ou nada. Pode ser até que eu ganhe mais uma semana ou mês. E, do jeito que você joga, talvez até alguns anos.

Morte: Enquanto isto, não tenho onde cair morto.

Nat: Até amanhã.

Morte (sendo levado até aporta:) Há um bom hotel por aqui? Que diabo, não tenho dinheiro. Vou ter de dormir no parque. (Pega o jornal.)

Nat: Rua! E me devolva o jornal. (Torna-o de volta.)

Morte (saindo:) Fui um idiota em ter topado aquele jogo. Devia tê-lo pegado e saído.

Nat: E cuidado na hora de descer. O tapete está solto no primeiro degrau!



Nesta deixa, ouve-se um barulho terrível. Nat suspira, vai até a mesinha-de-cabeceira e pega o telefone.

Nat: Alô, Moc? Sou eu. Escute. Não sei se isto foi uma brincadeira de mau gosto, mas a Morte esteve aqui, jogamos um buraquinho… Não, a Morte! Em carne e osso. Ou alguém que estava querendo se fazer passar pela Morte. Mas, seja quem for, Moc, que babaca!

DESCE O PANO

Sobre Mauro Condé [ MaLuCo:) ] 3583 Articles
Nascido em Belo Horizonte, Mauro Lúcio Condé carrega uma bagagem profissional de muito prestígio. De simples operário, Condé chegou à diretoria da General Eletric e também passou por grandes empresas como EDS e GEVISA, mas consagrou de vez sua carreira no Citibank, do qual foi Diretor Executivo de Qualidade e depois como executivo do Banco Itaú e Telefônica. As mais de quatro décadas de experiências levaram Mauro Condé a abrir sua própria empresa de consultoria e ministrar palestras no Brasil e no mundo.
Contato: Twitter

1 Comentário em 39 textos rápidos para você refletir sobre a inevitabilidade da morte para cada um de nós e para cada um que amamos – ELES VÃO TE AJUDAR A TRANSFORMAR O MEDO DE MORRER EM MUITA CORAGEM E OUSADIA DE VIVER – Coleção das frases e crônicas sobre o medo da morte mais lidos pelos leitores do Blog do MaluCo:)

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