Mauro Condé*
“A leitura é uma forma de felicidade” – Jorge Luis Borges
Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes livros sobre Química.
Eles me levaram para a Academia Francesa de Ciências, na velha Paris de 1793, onde fui recebido pelo gênio Antoine Lavoisier, advogado de formação e cientista por paixão, o homem que revolucionou a Química, a quem fui logo pedindo:
Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.
-Desenvolva ao máximo a sua mente.
-Gaste a maior parte do seu tempo a sentar e a pensar para não perecer.
-Faça do excesso de leitura o seu maior escudo contra qualquer dificuldade na vida.
-Guie-se pelo farol das evidências baseando-se em fatos e dados.
Com apenas três balanças, Lavoisier entrou para história ao promover o divórcio entre a Química a Alquimia e ao revelar o maior enigma da humanidade na época, a combustão.
Até então, a crença era que as plantas e as árvores sintetizavam o material que as compunha, retirando-o da sua própria semente ou do solo.
Lavoisier constatou que o produto da queima de um pedaço de madeira era uma pequena quantidade de cinzas, a maior parte composta por vapor d´água e gás carbônico.
Então brilhantemente deduziu que a árvore ou a planta, de modo geral, se desenvolvia pela capacidade de retirar vapor d´água e gás carbônico do ar, numa reação inversa à combustão, revelando assim a fotossíntese.
Ele pesou antes a madeira e depois da sua queima pesou as cinzas e os gases emitidos.
Demonstrou que a combustão nada mais era do que a simples adição de alguma coisa ao corpo que se queimava.
Descobriu por tabela o oxigênio e cunhou a célebre frase: “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”
-Suporte toda a pressão que a vida lhe impuser. A pressão cria lendas.
Laivoisier provou, com uma experiência em praça pública, que o diamante nada mais era do que o carvão submetido à alta pressão.
-Não perca a cabeça por nada desse mundo, procure agir de acordo com as decisões mais acertadas possíveis, pois apesar de livre para fazer o que quiser, você será sempre prisioneiro das consequências de suas escolhas.
Gênio, transformou o mundo a partir das ideias contidas no interior de sua mente, mas induzido pela esposa fez a errada escolha de se transformar num impopular coletor de impostos num período de muita tensão.
*Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco.
Para encerrar esse post de forma ainda mais motivadora, deixo você na companhia de 03 obras de arte :
1-VISUAL – Aprecie a Pintura: Composição VII, Wassily Kandinsky
Eu adoro apreciar essa obra de arte da pintura, feita em 1913 pelo artista russo Wassily Kandinsky.
Considerada uma das principais obras-primas da história da arte abstrata, ela nos permite a visualização de diferentes imagens a cada novo olhar sobre ela.
2-LITERÁRIA – Leia o livro :
LAVOISIER NO ANO UMO nascimento de uma nova ciência numa era de revolução – Madison Smartt Bell
Um livro que me deu prazer ao ler a ponto de recomendá-lo a você.
* “Esse livro narra a trajetória científica de Antoine Lavoisier, tendo a Revolução Francesa como pano de fundo.
Ao final do século XVIII, a química ainda estava impregnada pela alquimia medieval, e a maioria dos estudiosos acreditava que o flogístico fosse um dos responsáveis pela combustão.
Foi então que o francês Antoine Lavoisier libertou a química de seu invólucro fantasmagórico, criando uma linguagem científica para denominar os compostos e elementos químicos e substituindo o conceito de flogístico pelo de ar atmosférico, feito de oxigênio e outros gases.
Em Lavoisier no Ano Um, Madison Smartt Bell acompanha a carreira do renomado cientista para traçar a história da química desde os seus primórdios, culminando na “corrida” entre Lavoisier e seus contemporâneos para identificar os processos da combustão.
O autor põe as descobertas de Lavoisier no contexto da Revolução Francesa – seu principal tratado químico foi publicado pouco antes da queda da Bastilha, em 1789.
E descreve como, ao mesmo tempo em que disputava a “paternidade” e a aceitação de suas teorias, Lavoisier se envolvia com a arrecadação de tributos do governo de Luís XVI, atividade que acabou lhe custando a cabeça durante o Terror jacobino.
“Smartt Bell mostra sua habilidade narrativa e versatilidade ao narrar de forma atraente como Lavoisier abriu caminho para a química moderna – e perdeu a própria vida na Revolução Francesa.” – Roald Hoffmann, Prêmio Nobel de química, poeta e escritor”
*Texto sobre o livro acima extraído do site da editora Cia das Letras;
3-MUSICAL – Ouça : os três trompetistas – o fino do jazz;
Deixe uma resposta