Novidades

Quer ver uma atualização rápida sobre o que está acontecendo com a Inflação, os Juros, o Custo do Dinheiro, o Dólar, a Bolsa de Valores e sobre as principais notícias no Brasil e no Mundo – e descobrir como isto pode influenciar a sua vida? Leia aqui:

  • Twitter
  • LinkedIn
  • Google+
obra de arte – pintura morning chapter

Atualização Expressa em 01 de Junho de 2023

INFLAÇÃO – TAXA IPCA

A Inflação brasileira ainda está alta, mas começa a demonstrar sinais de queda. Em 2021, ela atingiu 2 dígitos chegando a 10,06%, caindo para 4,18% nos últimos 12 meses (maio 22 até maio 23), 5,79% acumulada no ano de 2022, 2,72% acumulada em em 2023 (jan+fev+mar+abr), 0,61% no mês de abril e previsão de inflação em torno de 0,51% pelo indicador IPCA-15.

A Inflação corrói nossos ganhos e pressiona para cima nossos gastos. Inflação menor é uma tendência positiva.

JUROS – TAXA SELIC

O Brasil detém o posto de país com uma das taxas de juros mais altas do mundo.

Atualmente a Taxa Selic (taxa oficial de Juros do país) está no patamar de 13,75%.

Todas as previsões dão conta de que ela pode cair, principalmente a partir dos dois últimos trimestres deste ano, desde que satisfeitas algumas condições como a aprovação no Congresso do Arcabouço Fiscal e sua efetiva aplicação pelo Governo Federal (o Governo tem a obrigação de aumentar de forma benéfica para o povo a sua arrecadação e limitar e até reduzir seus gastos).

Portanto a Taxa de Juros Nominal está em 13,75% e podemos dizer que a Taxa De Juros Real se situa em torno de 7,96% (em função da subtração da taxa IPCA do ano passado da Taxa de Juros Selic) e também podemos dizer que uma Taxa de Juros de proteção estaria ao redor de 21,71 (se aplicarmos a soma do IPCA ao valor da Taxa Selic).

Os juros no Brasil estão muito altos, prejudicando muito a economia, a população e principalmente os empresários e suas empresas. O Cenário é de queda gradual ao longo dos próximos meses (principalmente no segundo semestre) – a não ser que aconteça algo ruim e inesperado.

CUSTO DO DINHEIRO – CRÉDITO

A taxa média de juros cobrados pelas instituições financeiras para empréstimos às empresas brasileiras está em torno de 26,60% – com algumas modalidades de crédito se destacando de forma negativa (Conta Garantida acima de 56% ao ano, Factoring acima de 43% ao ano e Capital de Giro superando os 33%).

Crédito talvez seja hoje o maior gargalo da economia empresarial no Brasil – praticamente ninguém tem crédito hoje e quem tem precisa arcar com taxas fora do aceitável.

Com a provável queda da Inflação e da Taxa De Juros, espera-se que o Custo Do Dinheiro, Custo do Crédito caia também no Brasil.

EVOLUÇÃO DAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS

Na renda fixa, a taxa dos últimos doze meses está em 13,78% e 5,37% no ano de 2023 até agora.

Na renda variável, observamos variação do Dólar em 6,77% nos últimos doze meses e 3,88% em 2023.

Também na renda variável, detectamos variação na Bolsa de Valores de -2,74% nos últimos doze meses e de -1,27% neste ano de 2023.

Os ventos favoráveis para a Renda Fixa dos últimos meses tendem a soprar um pouco para o lado da Renda Variável.

PRODUTIVIDADE NO BRASIL

A Produtividade está intimamente ligada ao investimento em Educação no país e este anda em baixa ultimamente.

RIQUEZA NO BRASIL

A Riqueza é medida pelo investimento em Tecnologia feito pelo país e neste quesito o que se observa é uma ligeira alta.

PIB – TAXA DE CRESCIMENTO % DA ECONOMIA:

Em 2021, o PIB brasileiro circulou em torno de 5%, caindo para 2,9% em 2022.

Em 2023 observamos a surpreendente alta da Taxa do PIB no primeiro trimestre de 1,9% em comparação com o quarto trimestre de 2022 e alta de 4% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

A boa alta do PIB na economia recente se deve à excelente performance do Agronegócio Brasileiro, que teve performance 21,6% acima quando comparada com o último tri.

Tirando o Agro, os demais componentes do PIB ainda se mostram muito sensíveis ao patamar alto dos juros – indústria, comércio e serviços (exceto os ligados ao Agro) estão nesta situação, gerando um ainda baixo consumo das empresas (dificultando seus investimentos), baixo consumo das famílias e até menor consumo do governo.

O Agronegócio está passando por um período de safras recordes, ajudadas pelo menor número de problemas climáticos neste período. Segundo o IBGE, a Soja brasileira vem liderando a safra agrícola recorde. Alta do Agronegócio é a maior desde 1996 no quesito crescimento do PIB.

ATIVIDADE ECONÔMICA NO BRASIL:

A foto mostra para abril na indústria um cenário de +1,1% em volume e – 0,6% em volume de faturamento e no quesito comércio vemos alta de 0,8% em volume e 2,5% em R$.

BALANÇA COMERCIAL :

Em milhões de Dólares, observamos :

Superávit de 8225, com Exportações de 27365 e importações de 19140 em abril deste ano.

DÓLAR – VARIAÇÃO NO DIA DE HOJE

O Dólar fechou o dia em R$ 5,00 e tem mostrado uma curva de tendência de queda desde o seu maior valor observado em 2023 (R$ 5,45) no dia 03 de janeiro – queda de quase 9%.

BOLSA DE VALORES – VARIAÇÃO NO DIA DE HOJE

A Bolsa de Valores – IBOVESPA – fechou em 110.565 pontos, tendência de queda quando comparada com seu valor mais alto em 25 de fevereiro ( 114.270 pontos) – queda de aproximadamente 3,2%.

Olhando para as duas tendências de queda do Dólar e da Bolsa vemos como principais motivos para esta situação o fato do Brasil ainda ter uma das maiores taxas de juros do mundo, o que atrai a vinda de moeda estrangeira, principalmente dólares, para o país.

Na Bolsa, a situação ainda é de espera e observação, depois do susto com os problemas graves na contabilidade das Americanas, Light e Marisa,… com consequências diretas no encolhimento dos resultados.

BOLSAS DE VALORES PELO MUNDO

Hoje tivemos um dia negativo em relação à variação das Bolsas de Valores pelo mundo, sendo que a Polônia ficou com pior performance (-2,40%) e a Colômbia com a melhor performance (+ 0,58%).

A queda foi observada nas Bolsas dos Estados, da Europa e dos países emergentes (BRICS e MIST)

PRINCIPAIS MANCHETES DOS JORNAIS DE HOJE :

As dificuldades enfrentadas por Lula e seu governo em termos de articulação política pularam para as primeiras linhas dos jornais brasileiros, com depoimentos de A. Lira reclamando da dificuldade do Congresso em dialogar com o Governo e principalmente com o presidente Lula.

Uma notícia na capa do jornal Valor Econômico dá conta que as falências no Brasil levam cerca de 16 anos no país e devolvem pouco aos credores das empresas em situações financeiras difíceis.

CONCLUSÕES SOBRE OS DADOS ACIMA:

O impacto da economia e dos principais indicadores econômico-financeiros ainda é forte na vida de todos os brasileiros.

Vivemos momentos de Inflação alta, bem acima da meta (apesar da tendência de queda nos últimos meses).

A Inflação alta leva a culpa pela respectiva alta da Taxa de Juros, instrumento que o Banco Central usa para controlar a inflação (sua primeira e principal missão)

Com a Inflação e os Juros Altos, o crédito continua caríssimo e quase proibido tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas.

Os três indicadores acima mostram uma pressão para o alto nos custos e despesas, requerendo uma postura voltada para a redução de custos por todo mundo – tanto os brasileiros quanto as empresas.

O PIB crescendo 1,9% no 1o.trimestre trouxe um alívio para as expectativas de crescimento do País e muitas instituições estão revisando a previsão de alta do PIB para o final de 2023, de pouco acima de 1% para algo perto de 2% ao ano. Basta lembrar que 2%, apesar de boa notícia é um percentual bem menor do que o PIB do ano passado (2,9%)

Já tanto o Dólar quanto a Bolsa de Valores estão experimentando volatilidade nos últimos dias deste ano e apesar da oscilação entre altas e baixas, a curva de tendência para estes dois indicadores é de queda (cerca de 9% no Dólar e 3,5% na Bolsa).

Espera-se continuação da volatilidade da economia, ainda no mesmo sentido de baixa para estes dois últimos indicadores, salvo alguma notícia extraordinária de impacto nos próximos dias.

Um grande abraçço!

Mauro Condé

About Mauro Condé [ MaLuCo:) ] 3589 Articles
Nascido em Belo Horizonte, Mauro Lúcio Condé carrega uma bagagem profissional de muito prestígio. De simples operário, Condé chegou à diretoria da General Eletric e também passou por grandes empresas como EDS e GEVISA, mas consagrou de vez sua carreira no Citibank, do qual foi Diretor Executivo de Qualidade e depois como executivo do Banco Itaú e Telefônica. As mais de quatro décadas de experiências levaram Mauro Condé a abrir sua própria empresa de consultoria e ministrar palestras no Brasil e no mundo.
Contact: Twitter

Be the first to comment

Leave a Reply

Your email address will not be published.


*