Eu gasto dias, semanas e muitas horas mesmo lendo mais de 15 dos principais jornais do mundo, lendo todas as revistas mais renomadas do planeta, acessando sites, blogs, ouvindo rádios e os melhores áudios disponibilizados em Podcast.
Aprendi que informação e conhecimento que não se compartilha, acaba se perdendo sem servir para nada.
Por isto, tomei a iniciativa de compartilhar com você, uma síntese resumida daquilo que de mais importante e relevante está acontecendo no mundo e você talvez não tenha tempo de ver, ler ou ouvir.
Com certeza, eu gastei vários dias para adquirir estes dados e este conhecimento e espero que você possa desfrutar deles, sem precisar gastar a mesma quantidade de dias e de horas que eu gastei.
É minha maneira de tentar te servir e ser útil para você. Espero que goste. Hoje, os dados seguem em formato escrito:
De tudo o que li, vi e ouvi no Brasil e no mundo nestes dias, eu queria destacar para você aquilo que considero que tem poder de alterar a sua vida de algum jeito:
OS 3 INDICADORES QUE INDICAM QUE SEUS CUSTOS (PESSOAIS OU DE SUA EMPRESA) PODEM SER PRESSIONADOS PARA CIMA :
Se você não tiver tempo nenhum para ler e se atualizar sobre as notícias do dia a dia e saber quais delas vão interferir na sua vida e no seu dia a dia, leia apenas sobre o comportamento da INFLAÇÃO (palavra originada do termo latim Inflamação (dos preços das coisas).
Se algum dia você cometer a loucura de se candidatar para Presidente da República, coloque no seu plano de governo apenas uma prioridade : manter a inflação sobre controle – afinal a inflação é o grande mal na vida das pessoas – a inflação é o monstro, é o demônio a ser combatido em qualquer canto do planeta.
Se você prestar atenção no texto que publico abaixo, o grande objetivo dele é servir como ponto de reflexão para você atenuar os efeitos catastróficos da inflação na sua vida e na vida das pessoas que mais importam para você.
*TAXA % DE INFLAÇÃO = IPCA:
A taxa de inflação é o indicador e a notícia mais importante com poder de afetar a vida das pessoas. No Brasil, esta é a situação atual da Inflação :.
- 10,06 % no ano de 2021.
- 4,18% nos últimos doze meses (uma queda mascarada pelas ações do governo anterior que subsidiou a queda dos preços dos combustíveis, que cessou com o início do novo governo. Portanto para afirmar com ! que a tendência da inflação é mais para queda do que para volatilidade, precisamos aguardar mais alguns meses.
- 5,79% no ano de 2022.
- 2,72% acumulada no ano de 2023.
- 0,61% no mês de abril
- 0,51% no último dado apurado pelo IBGE para o IPCA (Prévia da Inflação seguinte entre os dias 15 de dois meses.
- A tendência da Inflação é de queda, com possibilidade de variação (para cima ou para baixo nos próximos dias e meses) e ela ainda continua acima dos 3% da meta estabelecida pelas autoridades monetárias, acima até do seu limite de 1,5% de tolerância.
- Em abril, os preços ligados aos setores de saúde e de alimentos foram os que estiveram na contramão da baixa dos preços para os demais itens da cesta da inflação.
- Para o final do ano de 2023, a expectativa é que a inflação feche num patamar abaixo de 6%
TAXA % DE JUROS – SELIC
A Taxa de Juros é o instrumento usado pelo Banco Central para tentar controlar as expectativas de inflação futura e está alta para tentar combater a alta recente da inflação e ela está no seguinte patamar:
- 13,75% Taxa Selic atual
- 12,50% Taxa Selic projetada para Dezembro deste ano.
- 13,75% – é a taxa de juros nominal do Brasil
- 7,96% – é a taxa de juros real (Taxa de Juros Selic- Taxa de Inflação IPCA) – A taxa de juros ideal seria um pouquinho acima desta taxa, o suficiente para ser positiva ou maior do que zero.
- 21,71% – seria a taxa de juros de proteção para aplicações, segundo especialistas, derivada da soma da (Taxa de Juros Selic + Taxa de Inflação IPCA)
-
- Uma vez ouvi de um amigo, bem velhinho, com quase 100 anos de idade uma metáfora engraçada sobre o impacto dos juros na vida das empresas e das pessoas : – Juros é aquilo que os bancos cobram por emprestar dinheiro – só que banco é aquele lugar que te empresta o guarda chuva quando tá sol e te toma quando começa a chover rs.
CUSTO DO DINHEIRO – CUSTO DO CRÉDITO NO BRASIL
É a taxa média percentual da taxa de juros cobrada de bancos e instituições financeiras para fazer empréstimos para as empresas brasileiras, comparando as 10 principais modalidades de crédito do país:
- Cerca de 27% ao ano é a taxa média do crédito corporativo no Brasil, estando entre elas as taxas de Conta Garantida (tipo de cheque especial das empresas), Capital de Giro e Desconto de duplicatas entre as taxas mais altas do mercado.
- O ideal seria que as empresas tomassem mais ações para gerar caixa dentro da própria empresa do que recorrer ao dinheiro de terceiros, empréstimos bancários tão caros e escassos neste momento do país.
- No tocante às pessoas físicas, a dica é correr pra bem longe do crédito, principalmente do crédito mais caro, como o do cheque especial e cartão de crédito.
- A maior consequência do aperto de crédito do momento aparece de uma forma muito feia no grave aumento da inadimplência crescente das pessoas, tanto física quanto jurídica.
- Outro dia num post de Instagram de um humorista que a crise tá tão brava que :
- As pessoas tão fazendo macumba com caldo Knorr, por causa dos altos preços do frango rs
- Bancos não tão emprestando nada mesmo atualmente, se bobear nem a caneta para assinar um contrato eles te emprestam rs
OS 3 INDICADORES QUE INDICAM A POSSIBILIDADE DE COMPARAÇÃO COM AS SUAS MARGENS DE GANHO OU DE LUCRO (PESSOAL OU EMPRESA):
EVOLUÇÃO DAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS NOS ÚLTIMOS DOZE MESES :
Destaca a taxa de evolução percentual das aplicações financeiras de mercado para análise comparativa contra suas margens de ganho ou de lucro:
- 13,38 % é a evolução percentual nos últimos 12 meses da Renda Fixa no Brasil
- 0,91% é a evolução percentual nos últimos 12 meses da Renda Variável – Dólar no Brasil
- -3.19% é a evolução percentual nos últimos 12 meses da Renda Variável – Bolsa de Valores Ibovespa no Brasil.
- Use estas taxas para comparar contra o % de lucro da sua empresa nos últimos 12 meses e comemore se ela for maior do que o ato de aplicar seu dinheiro no mercado.
DEMAIS INDICADORES DA ECONOMIA PARA VOCÊ USAR COMO PULSO E OU TERMÔMETRO SOBRE O QUE VEM PELA FRENTE COM POTENCIAL DE AFETAR A SUA VIDA PESSOAL OU DAS EMPRESAS:
- O PIB – taxa de crescimento percentual da economia foi de 5% em 2021, 2,9% em 2022 e tem previsão de chegar na casa de 1 a 1,5% até o final do ano.
- A taxa de Desemprego do Brasil está em 8,8%, um pouco acima da verificada nos trimestres anterios.
- No quesito Evolução das Atividades Econômicas os indicadores são os seguintes (dados de março 23):
- Indústria = +1,1% evolução em % e +1,4% evolução em R$
- Comércio = +0,8% evolução em % e +2,5% evolução em R$
- No quesito Balança Comercial, o Brasil fechou no último mês com os dados de (Milhões de Dólares):
- Exportação = 27.365
- Importação = 19.140
- Saldo (Superávit) = 8.225
INDICADORES COM VARIAÇÃO ECONÔMICA DO DIA :
- O Dólar fechou o dia com alta de 1,66 valendo R$5,03.
- A Bolsa de Valores – Ibovespa acabou o dia aos 110.054 pontos, alta de 1,15%
Apesar das altas no dia, tanto dólar quanto Bolsa de Valores estão em sinal de tendência de queda
– o dólar caindo quase 8% desde o dia 3 de janeiro, começo do governo Lula, acumulando períodos alternados de baixa e de alta neste período
-a Bolsa caindo percentualmente menos, cerca de 3,6% desde seu pico em 25 de janeiro.
Com uma das maiores taxas de juros de mundo e com a alta das exportações de Commodities, o Brasil virou um imã de atração de moeda estrangeira, cuja aplicação tem sido direcionada mais para a Renda Fixa do que a Renda Variável – uma maior entrada de dólares no país neste intervalo fez o valor do dólar cair, por causa da relação oferta maior x procura menor.
Enquanto isto a Bolsa perdeu atratividade por um período por causa dos problemas apresentados nos balanços de gigantes da Bolsa como as Americanas, Lojas Marisa e Light – que por causa d erros de gestão e ou fraudes contábeis abalaram a confiança dos investidores no mercado financeiro.
Agora com a perspectiva de queda de inflação mensal de forma gradual e e de queda do juros – Taxa Selic, lá pela casa do 3o ou 4o Trimestre e com o barateamento compulsório dos preços da maioria das ações, face às dificuldades de governança e fechamento da torneira de crédito bancário – espera-se uma mudança de ventos com parte dos recursos futuros podendo migrar da Renda Fixa para a Renda Variável.
As Bolsas mundiais fecharam o dia em queda – tendência de reflexo dos últimos acontecimentos mundiais na economia.
SÍNTESE DA SÍNTESE ANALISADA :
Uma conclusão que tirei lendo um balanço dos balanços financeiros das 392 maiores empresas brasileiras (sem Petrobrás e Vale, por causa do viés de alta desta duas) publicados no primeiro trimestre de 2023, em comparação aos seus respectivos balanços de 2022, foi:
O aumento da Receita Líquida foi ligeiramente maior do que a inflação entre os dois primeiros trimestres comparados, cerca de 3,1% acima.
Porém, o aumento dos Custos Variáveis e dos Custos Fixos (em % ) superou o aumento das Receitas Líquidas, esmagando para baixo as margens de ganho e lucro (a margem de lucro bruta, o lucro operacional antes dos impostos foram menos do que seus comparativos do 1o. trimestre de 2022.
Uma vez ouvi do grande Jack Welch (em pessoa) que custo é que nem unha – se não cortar ele cresce assustadoramente.
Priorize o curte de custos na sua empresa pelo corte dos fixos (isto mesmo, apesar do nome eles precisam ser reduzidos, pois independente de ter venda ou não eles sempre aparecem para cobrar a conta.
Não se preocupe tanto com os custos variáveis ( pois eles variam é de acordo com a receita – se a receita aumentar, os custos variáveis tendem a aumentar na mesma proporção e se comportam da mesma maneira quando as receitas caem, eles as seguem. Mas podendo, corte custos variáveis também, desde que isto não reduza as suas vendas.
A pior de todas as notícias para a empresas brasileiras acabou ficando para a linha de baixo dos balanços, a linha do lucro líquido que foi sugado, triturado pela truculenta alta das despesas financeiras (cobrança de juros devidos pela contração de dívidas) – as despesas financeiras das empresas brasileiras foram 8 vezes maiores do que as do trimestre passado, um verdadeiro escândalo!
Por causa desta situação os bancos travaram todos os empréstimos, fecharam as torneiras, fazendo com que muitas empresas chegassem ao final do 1o, trimestre com muita sede de crédito.
Um grande amigo, muito conhecedor do mercado e da situação chama esta crise de
“alto risco das empresas morrerem afogadas em poça d´água” … situação dramática.
Sem dinheiro e pior, sem crédito, as empresas estão apelando para venda de ativos a custos mais baixos e antecipação de recebíveis a taxas bem mais altas, na tentativa de hidratar e molhar o caixa, praticamente seco de tudo.
As empresas brasileiras precisam aprender a buscar dinheiro dentro da própria empresa, através de uma gestão de caixa inteligente (reduzindo os prazos de contas a receber, alongando os prazos de contas a pagar sem prejudicar o crédito da empresa e sem sufocar seus fornecedores e parceiros).
Precisam aprender com a Toyota a administrar melhor seus estoques, mantendo-os o mais baixo possível, sem criar rupturas e provocar faltas e atrasos para seus clientes.
E que, de preferência, as empresas brasileiras evitem a todo custo (do lado do passivo do balanço) captar dinheiro de terceiros (empréstimos e financiamentos bancários) de curto prazo para aplicá-lo inadequadamente (do lado do ativo do balanço) em investimentos de longo prazo e em ativos imobilizados … pois este não é o momento certo para isto.
O Brasil é certamente um dos melhores países do mundo, por causa de pessoas como você, brasileiro, guerreiro, que não desiste nunca e tenta fazer o mundo um lugar melhor para se viver.
Ter uma empresa no Brasil é com certeza o desafio mais desafiador desta década.
E por fim, esperar que o governo e os poderes executivo, legislativo e judiciário façam mais e melhor a sua parte.
O Brasil precisa de menos crise política, menos polarização por interesses, nem tanto à esquerda, nem tanto à direita … a verdade está no centro (já diziam os velhos e bons sábios filósofos de antigamente).
Ter mais responsabilidade fiscal, tributária e administrativa, ter coragem para fazer as reformas necessárias.
E que o arcabouço fiscal seja aprovado com o governo dando um show de governança (meta zero de corrupção) e de gestão (não deixar que os gastos públicos superem as receitas) e
otimizar o sistema tributário através da simplificação inteligente e redução da carga tributária.
O país agradece…
Por Hoje, é só! Espero que tenha sido útil para você.
Deixe uma resposta