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Eu coloquei a cabeça dentro do futuro e o que eu vi vai mudar a sua vida

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Para prever o futuro, estude História – pois o futuro está escrito no passado e estude os bancos de dados de novas patentes – eles revelam o que você ainda não sabe sobre coisas que não existem hoje e sem as quais você não viverá no futuro.

Maria Ana e José Antônio formam um casal moderno. Eles se interessam por tudo que diz respeito a turismo e viagens e também por tudo que fala sobre tecnologia e tendências do futuro.

Certo dia, viajando pela Escócia, eles descobriram que morava num castelo medieval, uma jovem senhora milionária que tinha feito fortuna através de um serviço totalmente inovador e diferente – ela desenvolveu uma bola de cristal digital capaz de enxergar cenas do futuro e cobrava uma valor considerável em dólar para contar o que via para as pessoas – ela era muito visitada por executivos que buscavam ideias visionárias para suas estratégias de negócios. Raramente recebia visitas de pessoas não ligadas ao ramo dos negócios empresarias, mas abriu uma exceção para aquele casal que tinha vindo de tão longe para conhecê-la e para tentar descobrir as próximas tendências de mercado e da tecnologia no futuro.

Assim que entraram, maravilhados pela paisagem externa do caminho que fizeram do hotel até ali e principalmente pela beleza arquitetônica do interior daquele castelo, foram recebidos pela senhora e foram convidados a conhecer o quarto que ela chamava de O Quarto Do Futuro.

Aquilo foi um choque para eles, pois na verdade o Quarto Do Futuro nada mais era do que um velho e lindo quarto totalmente rústico que lembrava cenas de filmes com imagens dos Séculos XV ou XVI.

Para começar o Quarto Do Futuro não tinha iluminação artificial, era iluminado por velas acesas em grandes tochas colocadas nos quatro cantos do quarto.

O quarto não tinha cadeiras nem móveis, eles todos se sentaram no chão e a única coisa que existia ali era um velho baú de tamanho médio que magicamente se iluminou e acendeu como se fosse uma tela de TV onde era possível ver o conteúdo de dentro do baú.

A senhora então explicou como funcionava a sua inovação: assim que ela tocasse no baú, as pessoas ali presentes poderiam ver lá dentro cenas do que será tendência nos próximos 30 a 50 anos. Ela literalmente entrava dentro do futuro e contava para as pessoas o que via de lá.

E então começou a sessão dizendo:

Eu vejo pessoas tomando pílulas do conhecimento e do aprendizado – elas estão literalmente ingerindo informações através de uma pílula. Estou vendo uma moça loura tomando uma pílula para aprender chinês instantaneamente com um copo de água.

Ao lado dela está um rapaz que pediu uma pílula para aprender sobre Gabriel Garcia Marquez , ele tomou aquela pílula sobre literatura com um copo de leite.

Incrível – os conteúdos das pílulas do conhecimento passam pela corrente sanguínea e vão para o cérebro das pessoas.

Eu vejo o mundo inundado por Robôs – nas fábricas montando os carros, nos carros como motoristas invisíveis.

Eu vejo Robôs nas casas, nos ambientes de trabalho e nos lugares públicos fazendo trabalhos domésticos e serviços de atendimento fazendo uso de suas inteligências artificiais.

Eu vejo Robôs auxiliando médicos em cirurgias, Robôs fazendo a ronda pelas ruas como policiais cibernéticos. Opa, aquele policial Robô eu conheço – é o famoso Robo Cop, diz ela soltando uma gargalhada.

Estranho, mas eu não vejo ninguém usando um computador ou um smartphone no futuro – eles foram embutidos nas coisas – os dados de todo mundo estão armazenados na nuvem e as pessoas os acessam apenas tocando em móveis, paredes ou objetos.

Eu vejo uma senhora bem velhinha fazendo uma consulta – ela está sentada no sofá da sua casa e fala com o médico que está no telão embutido dentro da parede da sua sala – ela está fazendo uma consulta oftalmológica e o médico (formado em Bio Engenharia e com pós graduação em bio nano tecnologia) acabou de pedir para ela chegar perto da parede e abrir bem o olho esquerdo para examiná-la remotamente. Parece que o exame já terminou e a senhora acabou de receber em cima da mesinha digital à sua frente, todo o relatório com os resultados dos seus exames.

Aliás, por causa do avanço da medicina combinada com a tecnologia esta senhora tem hoje 130 anos de idade e está lúcida e bem de vida e desde os 60 ela faz exames inteligentes que diagnosticam doenças previamente sem que as pessoas sintam seus sintomas e nem imaginem que possam ser portadores delas no futuro.

Eu vejo jovens indo para a escola sem carregar nenhuma mochila, tudo o que precisam foi instalado dentro de suas mentes pelas pílulas dos conhecimentos das matérias que estão estudando – eles não usam caderno, lápis, livro, nada – eles podem acessar qualquer informação a qualquer momento a partir de suas roupas que são conectadas a varias tecnologias inteligentes.

Eu também não vejo a escola, vejo no seu lugar um ambiente agradável onde os jovens se reúnem e são orientados por professores que foram transformados em orientadores de luxo, que estão ali apenas para facilitar debates e tirar eventuais dúvidas. A maioria dos alunos já vai para a escola sabendo sobre quase tudo que estão aprendendo.

Nossa, o modelo de ensino foi reformado de radicalmente e para melhor.

Eu vejo pessoas indo ao cinema, onde não existem cadeiras – o cinema virou um amplo espaço fechado, onde as pessoas caminham pelo cenário do filme, chegam perto dos artistas e enxergam as cenas como se elas estivessem acontecendo bem na sua frente – as pessoas sentem os cheiros oriundos da paisagem do lugar, se molham quando chove no filme, só não conseguem tocar nos personagens virtuais – elas usam óculos especiais virtuais e andam pelos cenários dos filmes, como se fizessem uma viagem virtual no tempo e no espaço.

Vejo ao lado desta sala de cinema, uma outra que exibe na verdade um jogo de vídeo game, em que os personagens são hologramas em tamanho real e os cenários simulam as paisagens reais do local onde se passa o jogo. Todas as pessoas participam com uma manete na mão e escolhem algum personagem e comandam suas falas seus movimentos e seus próximos passos no jogo através de controles em manetes, toques em relógios ou em partes computadorizadas de suas roupas. Tudo parece muito real, apesar de ser totalmente virtual.

Veja uma menina sentada no banco de um jardim ouvindo o som de sua rádio favorita como uma louca que não usa nenhum aparelho específico – ela escuta o som através de uma espécie de ponto eletrônico inserido dentro de seus ouvidos.

Aliás percebo uma coisa estranha : no futuro não tem poluição sonora nem ruídos gerados externamente – eu acabei de entrar num clube onde está acontecendo uma balada e as pessoas parecem malucas se sacolejando na pista de dança – apesar de que não consigo ouvir qualquer ruído ou som de música, sei que elas estão muito animadas, cada uma ouvindo sua música de preferência através destes pontos internos – elas dançam juntas, mas ouvem músicas diferentes de forma individual.

Eu vejo pessoas passeando pelo shopping, sendo chamadas pelas vitrines das mesmas quando passam na frente daquela loja de esportes que elas acabaram de pesquisar antes de sair de casa. Elas entram, interagem com os vendedores, recebem as mercadorias de robôs e no lado de fora da caixa de sapatos, já aparece um breve vídeo indicando as ofertas dos seus sanduíches preferidos na lanchonete do piso de baixo ao da loja.

Eu vejo uma senhora dormindo – hoje ela parece muito cansada e para evitar sonhos e pesadelos ela apaga o cache da sua memória temporária pressionando uma das unhas que contêm um esmalte eletrônico.

Vejo um senhor grisalho de pijamas indo até a varanda da sua casa – interessante: primeiro ele recebe um drone que traz seus jornais do dia, depois outro drone traz um livro que ele acabou de encomendar apenas olhando para o site da livraria e piscando três vezes na frente do livro desejado.

Bem na sua frente, eu vejo um rapaz recebendo de um drone a pizza que encomendou para comer no seu café da manhã.

Agora estou olhando para outro país, do outro lado do mundo e vejo uma moça fazendo sua corrida diária – já é noite e ela é seguida por seu drone pessoal que ilumina o seu caminho lá de cima e filma todo o seu trajeto, a sua corrida e exibe as imagens para seus familiares e até os aciona em caso de acidentes ou emergências.

Ops, vejo estradas pavimentadas com chips inteligentes conectados a um GPS gigante, onde a própria estrada conduz o carro automaticamente para o endereço desejado sem que o motorista ou o seu carro que dirige sozinho precise conhecer o caminho.

Que beleza, eu não vejo nenhum congestionamento nem engarrafamento de trânsito e uma placa registra um recorde de 10 anos sem acidentes com carros, motoristas ou pedestres – todos eles são interligados com sensores e chips de localização e distância que antecipam movimentos e evitam que se colidam uns com os outros.

Veja uma moça ligando seu carro na tomada para carregá-lo – ela vai fazer uma viagem de 300 km e não quer correr o risco de ver seu carro ficar sem bateria antes do final da viagem.

Eu não vejo nenhuma propaganda na TV e nem no rádio, alias não vejo rádios nem TVs – aqui no futuro todos os anúncios são personalizados individualmente e cada pessoa faz sua própria programação, assiste o que deseja na hora que deseja ao lado de outro que está vendo uma programação totalmente diferente.

Vejo um jovem se barbeando no banheiro na frente de um espelho onde ele lê notícias de jornais e consulta seus sites favoritos apenas deslizando os dedos na tela do espelho.

Eu também vejo duas pessoas totalmente estranhas tornarem-se intimas e próximas no seu primeiro encontro em uma reunião de negócios – é que cada um usa uma mini câmera em seus óculos e quando elas olham para o desconhecido – os óculos processam aquela imagem e trazem o banco de dados inteiro da pessoa, inclusive com informações disponíveis em suas redes sociais do futuro.

Vejo casas totalmente inteligentes projetadas e construídas com dispositivos inteligentes e interconectados pelas paredes, pelos tetos pelos pisos, e interligados com os aparelhos eletrodomésticos do futuro.

Aliás, acabo de descobrir que para ser arquiteta no futuro, a pessoa precisa ser formada em ciência da computação também.

Por todo lado que olho vejo casas inundadas por impressoras 5D, onde seus moradores encomendam produtos e recebem através de drones suas matérias primas para moldar e imprimir os produtos acabados em suas próprias casas.

Eu não vejo as pessoas saindo para escritórios para irem trabalhar – isto evita perda de tempo e engarrafamentos – cada uma trabalha de um mini escritório dentro da sua casa e se interconectam com seus pares através de múltiplas telas de videoconferências com compartilhamento de som, imagem e processamento de documentos.

Vejo uma família se despedindo de amigos num aeroporto diferente – eles estão indo fazer sua primeira viagem para Marte – através de um avião que é na verdade um super foguete.

E então ela chega ao fim de sua rápida viagem ao futuro, recebe comentários e muitos elogios do casal e os convida para tomar um tradicional chá da tarde inglês.

Aqui termina este post, escrito em forma de história por uma questão didática. Foi um post essencialmente focado em tendências e no futuro, um lugar onde eu passo a maior parte do tempo pesquisando e gerando novas ideias. Pois, mais do que ser reconhecido pela minha experiência passada, hoje eu sou ainda mais conhecido por ser um estudioso do futuro e de todas as suas tendências revolucionárias – estudar, conhecer e compartilhar o futuro me mantém ativamente vivo.

Para fechar com chave de ouro, deixo duas frases que utilizo muito em minhas palestras sobre inovação, tendências e futuro, quando as pessoas me perguntam o que elas precisam fazer para entender e ou prever as tendências e o futuro:


Estude História, pois o futuro está escrito no passado. Grande parte dos acontecimentos do futuro é uma repetição atualizada de acontecimentos similares no passado. Estudar a história vai aumentar seu poder de prever o futuro.


Consulte bancos de dados sobre as novas patentes requeridas no mundo – lá dentro está cheio de coisas que ainda não existem e sem as quais vocês não conseguirá viver daqui a alguns dias.


Que o Futuro te favoreça e te torne uma pessoa ainda melhor do que já é hoje.

 

Sobre Mauro Condé [ MaLuCo:) ] 3584 Articles
Nascido em Belo Horizonte, Mauro Lúcio Condé carrega uma bagagem profissional de muito prestígio. De simples operário, Condé chegou à diretoria da General Eletric e também passou por grandes empresas como EDS e GEVISA, mas consagrou de vez sua carreira no Citibank, do qual foi Diretor Executivo de Qualidade e depois como executivo do Banco Itaú e Telefônica. As mais de quatro décadas de experiências levaram Mauro Condé a abrir sua própria empresa de consultoria e ministrar palestras no Brasil e no mundo.
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