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DICA DE VIAGEM – ROTEIRO TURÍSTICO LITERÁRIO – PELA NOVA YORK DE WOODY ALLEN

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“Siga aquele carro… rs”

Frase que falei em inglês quando visitei Nova York pela primeira vez na vida, imitando uma cena de um filme de Woody Allen e que depois tive que explicar ao motorista que era um sonho de infância – então ambos caímos na gargalhada e eu informei corretamente o destino para onde ia.

Para ilustrar este post escolhi a obra de arte pintura – quadro pintado em 1917 – “Bandeiras -5a.Avenida” de Childe Hassam – esta tela captura a energia e o dinamismo de Nova York

Eu adoro cultura, principalmente literatura, cinema, música e artes em geral (pintura, escultura, fotografia, filosofia). Adoro quando tudo isto se mistura a gastronomia e a viagens inesquecíveis.

No post de hoje vou comentar uma aventura literária por ocasião da minha primeira visita ao Estados Unidos, mais precisamente Nova York.

Eu tinha ido a trabalho até a cidade dos sonhos, quando resolvi aproveitar o fim de semana para fazer o que mais gosto de fazer quando viajo para o exterior :

Comprar um livro de um autor que eu gosto, nativo do lugar onde me encontro e tentar ler este livro nos lugares citados por ele em suas obras e ou frequentados por ele durante sua vida.

Disposto a comprar um livro de um grande autor americano, acabei encontrando, naquela livraria de muito bom gosto, um livro muito bom de Woody Allen, que é tão excelente cineasta quanto escritor na minha opinião.

O nome do livro é “Getting even” e ele foi traduzido em por outro brilhante escritor, o Ruy Castro, com o nome de “Cuca Fundida” (que eu acabei relendo também recentemente em português).

Depois que li o livro, ou melhor ouvi o livro, fiquei com aquela sensação de ter saboreado uma obra prima do riso fino e inteligente.

São dezessete textos que mesclam humor judaico, psicanálise(medo da morte, dificuldade de fazer escolhas na vida, medo da solidão e da falta de significado ou sentido da vida), culpa, sexo e outros temperos e neuroses da vida moderna – tudo isso em um estilo inteligente, rápido e cheio da comicidade trágica presente também nos filmes do autor.

Resolvi comprar a versão em audiobook do livro para que eu pudesse visitar a Nova York de Woody Allen ouvindo a voz do próprio lendo seu livro como uma trilha sonora falada.

O mais legal é que eu procurei lugares inspirados em suas obras.

Abaixo transcrevo um breve resumo do meu roteiro literário ao som de “Cuca Fundida” sem estar necessariamente na ordem de visita :

Fui até a ponte “Queensboro Bridge “ também conhecida como 59th Street Bridge do Filme Manhattan.

A ponte possui dois andares para o tráfego de veículos e faz a conexão da ilha de Manhattan ao bairro do Queens e como era de dia, perdi a magia de sua famosa iluminação noturna.

Procurei me posicionar próximo ao banco do Sutton Place Park no fim da 57th Street. Ali fiquei um bom tempo ouvindo o livro e apreciando a linda paisagem com sua arquitetura peculiar enquanto ria sem parar do conto onde o cara recebe a visita da morte e tenta negociar com ela e adiar a sua ida para o outro mundo.

Então fui parar no Sul de Manhattan, mais precisamente no Battery Park para tomar um café e curtir a paisagem do filme “Tudo pode dar certo”.

Um ambiente ao ar livre arborizado e ótimo para caminhada que me proporcionou a oportunidade de dar boas risadas ouvindo o conto do Conde Drácula escondido no armário de um amigo que foi visitar durante o dia.

Ouvi um bom trecho do livro olhando para a vista fantástica do rio Hudson e fitando a imagem da imponente Estátua da Liberdade. Sensação indescritível.

Passeei pela ponte “Bow Bridge” no Central Park cenário do filme Melinda e Melinda.

Esta ponte nos lembra tem o formato de arco de um arco e flecha ou do contorno de um violino.

Enquanto caminhava agradavelmente ria sem parar da criatividade do amigo Woody Allen que contava suas histórias que entravam pelo meu ouvido e iam direto para a parte receptora mais engraçada do meu cérebro.

Fiz um tour pela região do Cinema Village – o mais antigo cinema de arte em operação em Greenwich Village, ali respirei o ar dos velhos e bons cinemas europeus.

Lá eu pude ver outro incrível cenário do filme Melinda e Melinda.

Sempre na companhia do engraçado “Cuca Fundida”.

Os passeios me deram fome e então fui comer uma pizza na tradicional John’s Pizzeria famoso lugar do Filme Manhattan.

Um local simples, onde pude deixar a seguinte mensagem escrita na parede :

“Aqui saboreei um excelente pizza ouvindo o conto “reflexões de um bem alimentado” de Woody Allen”.

Procure não deixar esse planeta sem conhecer Nova York e tendo esta oportunidade use os textos e os filmes de Woody Allen como guia turístico.

Boa Viagem.

Como trilha sonora deste post escolhi um Jazz de Cole Porter, um dos pareceiros sonoros preferidos de Woody Allen em seus filmes : é a música Every Time We Say Goodbye (Com Coltrane), excelente para ser ouvida durante um passeio de carro por Nova York.

Sobre Mauro Condé [ MaLuCo:) ] 3584 Articles
Nascido em Belo Horizonte, Mauro Lúcio Condé carrega uma bagagem profissional de muito prestígio. De simples operário, Condé chegou à diretoria da General Eletric e também passou por grandes empresas como EDS e GEVISA, mas consagrou de vez sua carreira no Citibank, do qual foi Diretor Executivo de Qualidade e depois como executivo do Banco Itaú e Telefônica. As mais de quatro décadas de experiências levaram Mauro Condé a abrir sua própria empresa de consultoria e ministrar palestras no Brasil e no mundo.
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