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Freud, o porco espinho e o Coronavírus.

Mauro Condé*

Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes livros sobre Psicologia.

Eles me levaram a Viena, na Áustria de 1936, onde fui recebido por Freud, a quem fui logo pedindo:

– Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.

– Conhece-te a ti mesmo! 

Esse foi o conselho que ele me deu, inspirado em palavras gravadas há milênios no templo de Delfos.

Esse conselho representa o início da sabedoria e nele está contido a esperança da vitória sobre o mais antigo dos inimigos do homem, a vaidade.

Freud revolucionou a maneira do ser humano ver a si mesmo, se dedicando durante anos ao estudo da psique(alma) humana.

Ele descobriu que as ações e os desejos humanos não são frutos da vontade, mas sim de forças ocultas e inconscientes que guiam de forma descontrolada as pessoas.

Então mergulhou no estudo do inconsciente com o intuito de nos ajudar na busca da redução do sofrimento ou da proporção de momentos de felicidade e prazer.

Freud nomeou as doenças da mente como seus respeitáveis adversários, com boas razões para existir.

Criou a psicanálise como meio de acessar o inconsciente e vencer esses inimigos. Suas descobertas e avanços se deram por etapas:

Primeiro ele usou a hipnose.

Depois, criou um novo método de conversa, onde um fala (o paciente) e o outro escuta (o terapeuta).

Desenvolveu teorias a respeito da influência da sexualidade nos impulsos e desejos.

Mais tarde, estimulado por um drama pessoal, ocorrido no dia da morte de seu pai, criou um impactante método para a interpretação dos sonhos.

Queria criar um mecanismo que pudesse defender a mente de lembranças intoleráveis assim como as glândulas linfáticas protegem o corpo contra as infecções.

Esse aprendizado me fez lembrar do desafio do porco espinho no inverno.

Isolado e sentindo frio, se encosta nos outros porcos espinhos e eles se espetam, se machucam e se afastam.

Voltam a sentir frio e a se encostar novamente até acharem o ajuste ideal para a distância e a proximidade do outro.

Que possamos usar o autoconhecimento sugerido por Freud para viver cada vez melhor dentro da gente mesmo e ajustar a forma de nos aproximarmos dos outros sem nos espetar.

E não é que essa história de quarentena, isolamento social, Covid-19 me fez associar o tal do Coronavírus ao porco-espinho? Melhor não chegar perto se não ele espeta para valer.

(*)Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco.

Para encerrar esse post de forma ainda mais inspiradora, deixo você na companhia de 03 obras de arte :

1-VISUAL – Aprecie a fotografia : O Divã de Freud

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Fotografia do famoso divã do Dr.Freud :
Reprodução de exposição virtual do Google Arts.
Ele convidava seus pacientes a se deitar no seu sofá e a dizer o que lhes viesse à cabeça, sem reter pensamentos ou memórias que parecessem desagradáveis, triviais ou ridículos.
Freud chamou esta técnica de livre associação.

2-LITERÁRIA

Leia o livro : Freud – Compêndio da Psicanálise, um livro que li algumas vezes e revisito quando preciso beber na fonte do autoconhecimento.

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3-MUSICAL

Ouça a música Tareco e Mariola com Petrúcio Amorim, muito legal mesmo:

Sobre Mauro Condé [ MaLuCo:) ] 3585 Articles
Nascido em Belo Horizonte, Mauro Lúcio Condé carrega uma bagagem profissional de muito prestígio. De simples operário, Condé chegou à diretoria da General Eletric e também passou por grandes empresas como EDS e GEVISA, mas consagrou de vez sua carreira no Citibank, do qual foi Diretor Executivo de Qualidade e depois como executivo do Banco Itaú e Telefônica. As mais de quatro décadas de experiências levaram Mauro Condé a abrir sua própria empresa de consultoria e ministrar palestras no Brasil e no mundo.
Contato: Twitter

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