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A CONTABILIDADE DE CUSTOS MORREU !!!


“A vida é uma flor dourada

Tem raiz na minha mão.

Quando semeio meus versos,

Não sinto o mundo rolando

Perdida no meu sonhar

Nos caminhos que tracei.

Meus riscos verdes de luz,

Caminhos dentro de mim.

Estradas verdes do mar,

Abertas largas sem fim.”

Palavras de Cora Coralina





Para ilustrar esse post, escolhi uma obra de arte, uma pintura genial, o quadro :

São Zacarias lendo a Bíblia – atribuído ao pintor Jan van Eyck (1423)

Eu o escolhi para representar o tema do post, pois metaforicamente ele mostra um velho sábio (e santo) com todo o seu conhecimento e experiência buscando nos livros sagrados novos insumos para seus pensamentos.

E é disso que esse post fala – insumos para alimentar nossas quebras de paradigmas pessoais e profissionais.


A CONTABILIDADE DE CUSTOS MORREU


Em seu lugar nasceu a Contabilidade de Ganhos para atualizar os controles empresariais aos tempos modernos, mais dinâmicos e mais tecnológicos e digitais.

A Contabilidade de Ganhos se baseia em princípios de contabilidade combinados com modelos de excelência em gestão e fornece aos gestores informações de apoio à decisão para a melhoria da rentabilidade e lucratividade da empresa.


A única meta de qualquer empresa, a não ser que ela seja uma instituição de caridade, é ganhar dinheiro. Ganhar Dinheiro é o que mais importa como resultado da existência de uma empresa.

Se uma empresa não ganha dinheiro, seus criadores precisam rever seus conceitos e decidir se querem ir em frente, pois não existe nada mais inútil na vida do que fazer bem feito aquilo que não precisa e que não gera resultados.

O grande objetivo da Contabilidade de Ganhos é ajudar a empresa a atingir a sua meta, o seu objetivo, ou seja, ajudá-la a ganhar mais dinheiro.


Para isso a Contabilidade de Ganhos exige que se olhe para a empresa como um todo, como se a empresa fosse uma floresta e se encontre a árvore (o processo, a área, o sistema,…) que causa o maior número de danos para essa floresta.

Identificando esses fatores que limitam o desempenho da empresa, que são chamados de restrições e gargalos é preciso estudar suas variações de performance contra as metas estabelecidas e se concentrar em regime de “mira a laser” para atacar rapidamente esses gargalos e suas variações e oscilações, pois são eles que impedem a empresa de ser mais ágil, mais rápida e de ganhar dinheiro como objetiva.


Fazer contabilidade de custos ficou obsoleto e ultrapassado pois um produto ou serviço específico não tem custos isoladamente, quem tem e sofre os custos é a empresa como um todo.


Fazer contabilidade de custos é ficar fazendo um joguinho de ficar dividindo as despesas fixas e variáveis em partes menores e distribuí-las em forma de rateio para os diversos setores e produtos ou serviços.

Isso não cabe mais no mundo digital de hoje em dia.

Fazer Contabilidade de Custos é impor à empresa mais burocracia e controles caros, demorados e desnecessários que não agregam nenhum valor para o cliente;


Na Contabilidade de Ganhos, o caminho é menor – a empresa precisa apenas considerar aqueles custos que verdadeiramente variam de acordo com as unidades vendidas (os custos de matérias-primas) e deduzi-los diretamente do valor da venda para determinar o Ganho.

Na Contabilidade De Custos ganham prêmios aqueles funcionários que se concentram no corte de custos e redução de despesas como maiores instrumentos para aumentar o lucro.

Na Contabilidade de Ganho ganham prêmios aqueles funcionários que priorizam o aumento das vendas (sem necessariamente gerar aumento na necessidade de capital de giro) como maior alavanca para aumento dos ganhos e dos lucros.


Utilizando a Contabilidade De Ganhos a empresa descobre que eventuais prejuízos não são causados pelo aumento dos custos dos seus produtos, mas pela excessiva demora na fabricação e ou entrega dos mesmos e no recebimento das vendas que eles produzem.


Quanto maior a demora, mais caro o produto (principalmente por causa do aumento dos custos das despesas operacionais (mão de obra e despesas indiretas de fabricação) que são tarifados (como uma espécie de taxímetro fabril) diariamente para a empresa até que o valor da venda respectiva seja recebido no caixa.


A Contabilidade de Custos focava na eficiência da empresa (fazer certo as coisas).

A contabilidade de Ganhos vai mais longe – foca na eficácia da empresa (fazer as coisas certas o mais rápido possível).

Para implementar a Contabilidade de Ganhos para de tratar cada área de sua empresa como um silo ou uma área isolada da outra (como se cada uma fosse uma árvore independente).

Passe a enxergar a sua empresa como uma floresta e olhando por cima dela identifique seu ponto de maior restrição e maior gargalo, aquele que faz as coisas na empresa pararem e ficarem empacadas.

Ataque-o rapidamente, destrua-a os gargalos e as restrições mais críticas e ganhe mais dinheiro.

Para explorar ainda mais o tema leia os escritos do Guru Israelense da Gestão de todos os tempos – o mestre Eliyahu Moshe Goldratt.

Esse post é também uma homenagem a todos os profissionais das ciências contábeis e principalmente aos que lidam no dia a dia com a contabilidade de custos, pelos quais tenho respeito e admiração e entre os quais me incluo por formação acadêmica e prática profissional por um bom período da minha carreira.

Eu descobri com o tempo que a melhor coisa que pode nos acontecer na vida é uma provocação baseada na evidência do contrário – uma provocação que questione de forma sadia todos os nossos paradigmas atuais.

Eu descobri, na prática, que é melhor ter a mente aberta por curiosidade do que fechada por convicção e para isso não há nada melhor do que um debate sadio de ideias.


Para encerrar esse post com chave de ouro, escolhi como trilha sonora uma música que cai bem para o tema de despedida da Contabilidade de Custos e sua substituição pela Contabilidade de Ganhos num mundo cada vez mais moderno e digital;

Ouça “Sinfonia de Despedida” – Sinfonia no.45 em fá# de Haydin :

Sobre Mauro Condé [ MaLuCo:) ] 3583 Articles
Nascido em Belo Horizonte, Mauro Lúcio Condé carrega uma bagagem profissional de muito prestígio. De simples operário, Condé chegou à diretoria da General Eletric e também passou por grandes empresas como EDS e GEVISA, mas consagrou de vez sua carreira no Citibank, do qual foi Diretor Executivo de Qualidade e depois como executivo do Banco Itaú e Telefônica. As mais de quatro décadas de experiências levaram Mauro Condé a abrir sua própria empresa de consultoria e ministrar palestras no Brasil e no mundo.
Contato: Twitter

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