Minha dica de Cinema de hoje vai para o filme :
O GÊNIO E O LOUCO
A incrível história real da criação do dicionário inglês de Oxford, projeto que definiu nosso mundo.
Durante anos, milhares de definições de palavras foram enviadas para análise do professor James Murray , mas um envio em específico despertou sua atenção, o do Doutor W.C. Minor que submeteu mais de dez mil definições.
Quando o comitê decide honrá-lo, a verdade choca a todos:
Doutor Minor encontra-se preso em um hospício para criminosos.
Detalhe do roteiro do filme, através da descrição do seu trailer:
Entrando no cinema, nos deparamos com um poster onde aparece a imagem de dois monstros do cinema mundial :
Mel Gibson como o genial professor e
Seu colaborador (preso dentro de si mesmo num hospital psquiátrico) Sean Penn, no papel do louco inteligentíssimo, incapaz de distinguir entre o real e o imaginário, mas capaz de façanhas intelectuais incomparáveis.
A tela acende e a imagem de um homem armado, correndo atrás de outro, indefeso, pelos becos da Londres de dois séculos atrás.
Um crime ocorre e o matador é o genial Minor, que mata por engano, um pai de família inocente.
E ele é levado preso pelos policiais, enquanto presencia o choro inconsolável da víuva e dos muitos filhos, do homem cuja vida ele tinha acabado de tirar.
Nasce dentro de Minor uma culpa gigantesca e sem fim, que o leva à loucura, à julgamento e prisão numa clínica para doentes mentais perigosos.
Em outro cenário, dentro da conceituada e ilustre Universidade de Oxford, os maiores intelectuais do planeta, tentam sem sucesso, reunir o maior número de palavras para produzir o maior de todos os dicionários de todos os tempos, na língua inglesa.
O Professor Murray, em 1872, numa espécie de antevisão de uma Wikipedia totalmente manual, pede a colaboração para todos os cidadãos londrinos para que enviem relevantes e quantitativas contribuições para que ele e sua equipe pudessem realizar a compilação em uma grande obra literária.
A meta : reunir o maior número de palavras da língua inglesa numa única obra, tarefa gigante e quase impossível na opinião dos mais ilustres intelectuais acadêmicos de Oxford, que se opunham técnica e politicamente ao professor Murray, numa disputa de egos e vaidades típica das grandes corporações.
As contribuições dos leitores pingavam em forma de “conta-gotas” até que uma surpreendente e inesperada contribuição, acaba vindo de um lugar improvável, um hospital pisquiátrico onde estava internado o gênio e louco Sr. Minor.
Preso dentro de sua própria mente numa cela do hospital psiquiátrico, Minor se libertava quando entrava em contato com os livros.
Os livros e a leitura o salvavam de sua imensa loucura, enquanto ele mergulhava de cabeça em suas letras para tentar fugir da enorme culpa que sentia por ter matado um inocente pai de família.
Minor tentava ajudar financeiramente a família de sua vítima como forma de compensar de algum jeito, a dor da perda e amenizar a sua culpa.
Mas o perdão da viúva e dos filhos órfãos apresenta um custo psicológico impossível de ser pago.
E assim vive Minor, entre o sofrimento e a dor por ter matado um inocente e a felicidade de se encontrar e se realizar dentro das letras de livros impressionantes.
Após a visita de Murray ao hospício, uma improvável e boa dupla se forma, mesmo que ainda separada pelos muros da instituição.
Murray o desenvolvimento do drama vivido pelo seu pupilo e tenta ajudá-lo de alguma forma (entre altos e baixos) de maneira que possam concluir a interminável obra, até com a ajuda do grande e ilustre líder Inglês da época, Sir Churchill.
Um filme que vale muito a pena, pela história, pelo roteiro, pela imagem, trilha sonora e atuação de monstros sagrados do palco, ainda que revele algumas falhas na direção, na montagem e na maneira ansiosa e confusa de contar a história.
Para sua pré-avaliação, informo a nota recebida pelo filme nos maiores sites de cinema do mundo:
- 7,5 na opinião de mais de 4000 pessoas no site IMDB
- 6,5 em minha opinião, devido algumas fraquezas de montagem e produção, que porém não tiram o brilho do conjunto da obra.
- 7 na média das avaliações acima.
Veja o trailer, tente ver o filme, ainda que sua montagem não tenha sido tão perfeita como parecia e merecia:
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